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Mostrando postagens de setembro, 2014

Segundo Andar

Ao meu lado só guerreiro Batalhando o dia inteiro Trabalhando por dinheiro E ralando pelo devaneio Sem desistir no primeiro desespero Com a força que vem do terreiro Sem desanimar de frente ao espelho Com a fé que está dentro do peito

Eu, Um Tímido Babaca

O novo e confuso relógio sonar Com novas poesias a colecionar (...) Pisei forte até endurecer meu calcanhar Aqui não mais Aquiles a fraquejar e sim, a duelar Inflei o meu peito e inflamei o meu olhar Era só tentar, era só falar, mas conseguiu me calar Com um sorriso doce, a minha alma você veio sugar Eu, apenas me paralisei ao congelar E como o Ceifador e a sua foice, fostes sem me levar De novo, mãos na cabeça a gesticular Eu, um tímido babaca Silenciei minha matraca

Esboço

Meu horário de sono foi simplesmente mudado Minhas leituras e musicas são outras Meu calendário todo, foi completamente burlado E as minhas malas agora, são trouxas Meu casaco comprado, que eu nunca quis usar Minha musica de três notas, que eu nunca quis mostrar Meu caderno de poesias, cheio de folhas a amassar Minha gaveta de bilhetes, do que eu não quis relembrar E tudo que eu fiz, foi deitar com os braços atrás da cabeça Olhar para o vazio que há no teto e só esperar E tudo que eu fiz, foi colocar na estação da Rádio Esqueça Esperando que qualquer música fosse me tocar Desenhei três riscos e parei

Em uma Praça aí...

É fácil falar, julgar Difícil é fazer entender que é mutuo, o insulto É fácil odiar, chutar Difícil é suportar as dores do punho e do pulso Eu já cansei de explodir Gastar minha saliva, olhares e tímpanos com céticos Eu já mansei ao exprimir E o meu manifesto não foi o suficientemente poético Eu não quis tocar nas almas e nem quis tocar nos corações Não vendi minha calma, nem me rendi em orações O meu laço é essa praça quase vazia, mas cheia de canções O meu palco é em um gramado, revezando violões Interpretes dos sorrisos Interpretes do saudosismo Interpretes do fascismo Interpretes do ostracismo Do Samba ao Rap Do Punk ao Reggae Eu, a minha Plebe E outros Interpretes

Corde et Viribus

Nas escolhas Você ganha algo em total porcentagem Na mesma proporção Em que perde a outra Nas forças Há batalhas e testes em todas as viagens Na eterna reconstrução Dos que se desmonta E não desmorona...

Teatro da Jornada

Partir do lar Ao mundo particular Sempre solar E junto à Lua, sonhar As malas nas costas Que um dia, acharão as suas respostas Aos olhares e apostas Que só abraçarão propostas compostas Só eu e as pegadas apagadas pelo vento Eu e as cruzadas, encruzilhadas do tempo

Histórias de Rádio Clandestina

Ondas e ventos Apagam todas as pegadas na areia Pontes e tempos E segundos, são anos sem a sereia Pirata a observar Apenas transformando tudo o que é cinza em ouro E de tanto roubar Ele foi arrastado pela correnteza na poesia do olho Sugado com alma e tudo Reescrevendo seu mundo

Marchas e Manchas, as Lágrimas de Dimas

Aparência não faz competência Aos raros de consciência e de convivência Sente a presença, essa é crença Só quem sabe julgar é o ser de onisciência Haja o que houver Sem perder sua fé Seja como quiser E para ver como é Até Deus andou a pé As portas vão se abrir Se em seus sonhos, você investir As pessoas vão sorrir É só andando pra poder progredir

Rimas

Nossa regra gramatical implora que tenha vírgula E frases corridas são mal compreendidas Embora, muitas vezes sejam burladas pela poesia E por suas filhas, suas crias, as suas rimas

Amigos

Sorrir com amigos novos Sorrir com amigos velhos Sorrir... com amigos! Amigos Apenas o motivo do nosso sorriso Independente de qual seja o momento Bom ou ruim, sempre a sorrir

Tudo isso pra dizer que...

Eu, sou apenas mais um mero aspirante Inspirado pelos grandes Um dia deixarei um livro em sua estante Do nada, num instante Entre deuses e mutantes Não mais um figurante Não mais um coadjuvante Mas ainda, um amante Do seu olhar contagiante Que é mais viciante que o brilho de um colar de diamante Que todo dia me garante E que estará sempre aqui, junto a toda poesia dos distantes Verbos, versos, vogais e consoantes Todo o meu estoque de rima restante E, se pá, talvez, não seria o bastante Algo contagiante, radiante e elegante Por muitas vezes, irritante Eu e meu elefante Por tantas outras, viajante Eu e meu possante Tudo isso pra dizer que Vai e vem eu me apaixono Tudo isso pra dizer que Tu não sofrerá o abandono Mas é sério vai, o que tu viu em mim?

Li, eu li

Ficar ao se sacrificar Pulsar, não expulsar Saber do luto e lutar De acordos, acordar Nunca mais voltei ao Jardim Primavera Mas também, eu não sinto saudade de como tudo era O presente e o futuro em mim, impera Deixo o tempo guiar esse ciclo, que não mais acelera Li, eu li E eu escrevi muita coisa a ti Sobre ti Comecei algumas notas em si Outras em lá, Li

Sorrir é o melhor Bom Dia, pra ti e pra quem está ao Redor

Fortaleça braços, pernas, peito e costas Ou toda a fortaleza imposta Só vejo palavras mortas, atitudes tortas E a escritura não se importa Vidro e pedra A hora incerta Está tudo atrasado, transito parado Só o engarrafamento na frente e ao lado O calor cansa, mata e sobe o asfalto Só mais um trabalhador sujeito a assalto Mas na moral, pare de reclamar O tempo passa e voa Olhe ao seu redor e tente silenciar Tem gente rindo a toa Com menos motivos pra sorrir Nada vai te ferir se tu interferir É só sorrir!

Quem realmente te abre os braços?

Saiba que a queda só vem aos que estão no alto Nariz empinado, que acha que não vai descer do salto Quanto mais alto, mais machucado, isso é fato Mas o pobre que já está em baixo, continua no buraco A humildade é o ato mais raro, ele é quase vago Sorrir custa caro nesse mundo cheio de coice de cavalo A humanidade é mito, como no cinza ver o mato Verão o ano inteiro, sistema de orfanato, dilemas fracos No seu dia, quem realmente te abre os braços?

Trilha Insonora

Ah, seu ato separado Que me fez persistir Assistir aqui, parado Ouvir e nunca desistir Mano e cê nem tá ligado Como eu comecei a existir Sonhei o que tem sonhado E sabe, não deu pra resistir Recomecei... Uma nova tela em branco E de tantas as folhas amaçadas  Uma nova ideia eu alcanço  Que foi pelos deuses, lançada O balanço dos galhos na árvore intacta  Me dão traços e mais traços e nada falta

Em Velho, Sendo

O dia passa, vai ficando mais adulto E mais astuto De menos impulsos e de mais pulsos Menos confuso Troca o violão pelo piano Continua sangrando Cicatrizando e cantando Ainda nesse plano De não seguir plano algum...

Teatro dos Vermes

Um verme arrasta o Rasta De agressividade vasta Toda a sua arte se espalha Lá se vão chutes e tapas De argumentações fracas Eu e mais ninguém pudemos fazer nada Abre aspas, próxima etapa Só por portar farda, se acha parte da nata Mas vai coalhar igual a todos, seu babaca Assim, virar raiz no jardim do adeus Em qualquer canto de uma dessas praças Nunca é tarde para buscar um Deus Abuso de poder Está confuso e maluco a apodrecer E pode até ser Que um dia venha a se arrepender Tente pedir seu perdão Pois usa farda do herói de crianças nobres Reflita, faça a reflexão E mude o olhar das outras crianças pobres Deixe de ser verme para ser tratado com respeito e não com medo Fecham-se as cortinas e sabe quem vai te aplaudir? Não é segredo!

Um Coral ao lado do Mar, observando as Ondas

Poucos entendem a razão da explosão das rimas Da abertura das portas mentais, astrais e tudo o que venha a ser mais Poucos observam o horizonte ou olham pra cima Sentem o que o respirar nos faz, o que nos traz paz e nos deixa capaz Poucos respeitam o jeito diferente dos outros E esses são taxados de loucos por muitos monstros Que usam o nome de Deus pra fazer confronto Colocam a paz no bolso, mas é apenas ouro de tolo Peguei o violão e toquei reggae, rock e samba Tentei bossa, arranhei, deixei pra quem canta e encanta Os males espanta, de toda sua beleza tamanha Foram hinos, raps, pais e santas, axés de coral umbanda Acústico pro mar ouvir Mas foi ele que nos fez sentir E fez a gente se reunir Abraçarmo-nos e assim sorrir Assim, sim... Sorrir de verdade!

Opá, tô bem e você?

Em mero espasmo Liberamos de nós, a nossa realidade Tempero de sarcasmo Orgasmo de acreditar que é verdade Lemos, ouvimos e assistimos Nossa mente quer, deseja e até prefere estar lá Temos, sentimos e sorrimos Mas a voz não diz o que seu peito gostaria falar Não, eu não estou bem!

Prepare-se

Mais um dia de céu cinza Fingindo que vai chover Esboçando a vinda de um temporal O relógio de pulso avisa Roupas no varal, correr Estabelecendo a vida em tempo real Todos esses impulsos São totalmente malucos O olhar instigado pro lado

Aquário (pós final)

Eu jurava que te amava Há até alguns dias atrás Era só de ti que eu falava Não deixava um em paz Rasguei o verbo Amassei o verso Não esbocei, se quer um sorriso O desenho de meu olhar era totalmente abstrato Não misturei as cores dos vinhos Mesmo assim, eu até assinei no canto do quadro Ouvi Hendrix para controlar a minha fera Desejei que fosse real toda essa Primavera Mas não era...

Consciência ou Com Ciência

É, o cansaço faz parte E ainda dizem que tem muito mais De onde esse veio Mas o conquistar, é a arte Que nos deixa  forte, que nos dá gás Entre fins e meios E as teorias, de nada valem Mas as poesias Essas sim, nos invadem Odiaria não poder controlar o meu caminho Pois odeio acreditar que há destino Não quero crer, quero saber Apenas isso...

Me perdi nas Palavras, Morena

Nem sei se ela dança Mas a chamo pro meu samba Nem sei se adianta Mas eu não perco a esperança Nem sei se ela canta Mas sei que brilha e me encanta Nem sei se ela é santa Mas pode me levar pra qualquer lugar Porque eu até perdi minha rima Minha linha elegante E minha simetria viciante

O...

Foco e coragem Lotos e triagem Mortos e viagem Olhos e imagem Preces e arruda A semente, que muda Deuses e ajudas E dos blefes, me aluga Ouço de minha boa criação Mas não dou nenhuma atenção Só eu somo a minha fração Mas dou ao papagaio, sua ração Agora, me deixe sair daqui!

Leão de (A)Judá

Há fé para quem acredita E há pés pra quem faz De que adianta a profecia Se você não vai atrás? Ao Alfa, apareça Sem o Ômega, cresça O Ciclo engrena É tudo reciclo, apenas O Céu é não mais o limite Pois outros seres existem

Só Mais Um Teatro Abandonado

Enfatizei e mesmo sem fé, busquei Entreguei a ti uma esperança No beco fez-se um ramo, um buquê Corações no cartaz da criança Num Jardim Primavera Na longa Avenida da Saudade Num Teatro sem plateia Aberto ao publico, sem grades Pela manhã o horizonte toca o primeiro orvalho E é só de noite que alguns pichadores invadem Muros em degrade e um gramado mau acabado Eles recriam telas de suas irreconhecíveis artes Alguém sozinho a recitar em voz alta Frases de seu poeta preferido Expulsa demônios e prende fantasmas Assim fortalece o seu espirito Na rua dos bobos, número zero Só mais um, ficando mais velho 

Teatro do Adeus

A guerra é feita em contra opiniões Quando não há respeito E independente de raças ou religiões Olhares de leito após leito Sujeitos a essas correntezas O inimigo é de graça Efeito cheio dessas riquezas Um intimo em farsas De longe vão falar E próximo, se calar Esses são os vermes Em peles de paquidermes Enfeites de epiderme Em vida de inércia, inertes Então ele vai pra grupo E diz que não é do mundo Sua mente sofre estupro É imundo bem lá no fundo Da alma Na falsa calma Da alma Nada na palma Não sabe das coisas e só fala Acha que carrega a cruz, aquilo que é uma mera mala Levanta o olhar e sai da sala Os olhos se fecham devagar e a respiração não se bala O Adeus, é só uma parte de seu drama Apenas some no horizonte, no panorama 

Outro Francisco, outra Garrafa

O crescer e o ceder Servir, se ver Eu já te tive e te ver Me faz sofrer A experiência não é a resistência Estamos sempre aprendendo A existência não é ter residência E seja ganhando ou perdendo As esquinas perderam o valor As bebidas estragaram o sabor Bebo aquilo que não mata minha sede Mas que me mata São frases na vala que me vêm a mente Mas ela me cala...

Não Há Deuses

Perdão não é aquilo que dói E sim, aquilo que se doa Como a canção que não sai A nós vem e assim, soa Nem toda a asa imponente É de uma ave que voa Como nem toda tempestade Começa com uma garoa Um amordaçar e um amortecer Aquilo que o amor aceitar Todo o disfarçar, o diz e o faça Todos a errar e a acertar Há explosão Anjos com suas máscaras no chão Há destruição  E demônios que estendem as mãos A Lua é a única que continua lá Longe do solo a me consolar Vem me dar conselhos sem falar Sem falhar e assim, sem faltar

Eu não sou contra a Contradição, ela existe até na Respiração

Espaço limite, lados As Moedas, as escolhas A favor, contrariado E em páginas, em folhas Não se recolha Fumaças de cigarro sobem e somem iguais à bolhas Não se encolha Que a nós, venham os vinhos, sorrisos e saca-rolhas Que os gritos de braços abertos expulsem nossos demônios Que os brilhos de nossos olhos sejam a realização de sonhos Sou mais um desses poetas nacionais Que odeiam rimar o amor com a dor E sou mais um desses meros, sem paz Que se perdem entre o valor e o calor Mas estamos sempre em evolução Seguindo sempre a canção Qual seja o poder da multiplicação Qual seja a frase ou fração De fases, level e nível Faz-se o impossível Em compra compatível Plausível, insensível Às vezes eu só prefiro estar, ficar ou ser invisível E outras vezes, me mostrar impassível, invencível

Não vim para ser Rei, nem Reinar, mas eu vim...

Em outro cômodo A incomodar Assim, secretamente A sacramentar Todo o sangue sagrado Todo tanque trancado Enquanto olha pra frente ou pra trás Perde o que está do lado Enquanto entrega-se à fúria ou à paz Não se enxerga acomodado Todo sangue a suar E todo sino a soar Eu me peguei em momentos de fraqueza E quis desistir Eu me joguei aos momentos de tristeza E estou aqui Ainda estou, vivo Observo à Nata a qual eu não sou nativo Ao sorriso, cativo O que não me afeta e me mantém afetivo O que não me mata, me mantém E quem não me ama, meu amém

Final de Inverno

Garoa forte, lá vem a chuva Gotas na testa e na nuca Escorre o corpo, toda curva Ventos e reflexos nas ruas A Lua que apenas flutua Loucura, nem passou das duas Preciso de mais uma ducha E tentar fazer a minha pré-cura

Gotas de Herança

O suor é o auge da calma O som que foi preciso soar pra chegar até lá O calor do corpo e da alma O lugar que não é nosso e chamamos de Lar Na cadeira de balanço Um velho soldado que nunca se sentiu herói À beira de um descanso Vem a confusão de um passado que o corrói O que eu fiz? Até o Luar não me deixa mais feliz como antes O que eu quis? Muito eu consegui e apenas fui mero figurante De repente, uma pequena mão de 3 anos vem e puxa a barra de sua calça Olha pra toda sua riqueza, então vê que nada é mais valioso e tão de graça Fecham-se as cortinas E assim dá adeus a toda essa pobre rotina Olhares fixos da retina De quem pouco sabe e ainda assim, ensina

Abaixo ao Sistema

Pode não aparentar que tenha sujeira Mas de toda limpeza, sobra alguma poeira E na escuridão, onde temos a cegueira Antes a fumaça e a tosse, depois a fogueira Já ouvimos todas as suas besteiras e não estamos aqui pra brincadeira Já enxergamos que tapam o Sol com a peneira Já dissemos que nossa liberdade será mais verdadeira, intensa e inteira Vocês irão sentir a ira dessa multidão guerreira Abaixo ao Sistema e todos os seus esquemas!

Só mais uma canção

De repente tudo vira canção O que vem da mente ou o que vem do coração Todo o tédio ou preocupação Aquilo que possamos chamar de ação e reação Toda conta em fração Toda raça em nação Todo ódio em paixão E cidade em cidadão O carro em alta velocidade na curva A criança se equilibrando na calçada em dia de chuva O frio, a noite, as suas mãos e as luvas Todo contraste de um vinho, seu teor de álcool e uva Toda sapiência e loucura Toda a doença e a cura Toda castidade e luxúria Toda paciência e fúria E tem mais Guerra e paz A moça e o rapaz O faminto e o voraz O impossibilitado e o capaz E tem muito mais No horizonte que se faz E que todo dia se refaz Seus valores reais O que deixou pra trás E que o tempo não traz Onde a veemência se desfaz E tem muito, mas muito mais Até perdi assimetria perspicaz Raro momento de não ser sagaz Onde a razão se vai Onde o orgulho cai E quem se levanta, observa o cais Em busca de algo