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Minha Poesia de Ontem

Sem consequências ao meu ato, eu atei
Em transbordante frequência ao relato, lacei
E eu lá sei, ao concreto me desconcertei
De lápides e pilares, pirei, me desconcentrei

Fiz alguns traços finais e apaguei o esboço
Fiz reforço ao sorriso e ao olhar, seu rosto

O que não sai da minha mente e eu vou guardar
Vai que um dia chegue a sumir e assim, se olvidar
O que ontem foi minha poesia a recitar, acreditar
Não pode se tornar esquecimento de meu sonhar

A minha poesia de ontem e que eu terminei hoje
Dormi pensando em ti e queria que não se fosse

Mas se foi, junto à todo nosso valor
Sempre terei teu sorriso
Que nessa oração de um novo amor
Você se ajoelhe comigo

O que parece triste, é tão pacificador
Como todo santo, como todo pecador

Que procuram um mesmo Deus...

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias