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Mostrando postagens de julho, 2023

Trinta e cinco, quase seis

No ano passam meses e estações Entre brisas leves e furacões De várias surpresas ou decepções Entre a inércia e as superações Mas às vezes cabe um ano em uma semana E tem vezes que a hora parece que não passa Às vezes eu culpo o frio por eu ficar na cama Ou é a chuva que inventa um cinema em casa A verdade, é que eu amo ficar só  Na companhia da minha mente, de meus guias  De fazer barulho ao me silenciar Passar o dia lavando a louça ou fazendo faxina Estou onde posso ser quem sou O meu eu, em todas as minhas versões Portanto só deixo se aproximar Aqueles que eu sinto ter boas intenções Acendo vela pra São Jorge Acendo para Santa Bárbara  Rezo e peço para ser forte E para o meu anjo da guarda A verdade, é que eu amo ficar só  Na companhia da minha mente, de meus guias  De fazer barulho ao me silenciar Passar o dia lavando a louça e fazendo faxina Portanto só deixo se aproximar boas intenções para eu admirar Apreciar como um por do sol, como uma inspiração Principalmente aqueles que me

Não é tão complicado assim

Foi preciso ter o coração ferido Para um dia conseguir abrir os olhos para tudo Foi preciso errar o meu caminho Para um dia conhecer outros atalhos do mundo O meu outro eu, um poeta que não sabia amar Ele preferia ouvir mentiras sinceras, ingênuo, você acredita? Mas o meu eu presente prefere o diálogo, falar Mesmo verdades difíceis de escutar na espera ou na despedida Pois é, geralmente o processo é feito caminhando Nem tudo vem pronto, e olha, se vem pronto, custa caro  São valores e supostos valores se ressignificando  Onde a ficção vem em demasia e o genuíno vem do raro  Dizem que sonhar grande ou pequeno dá o mesmo trabalho Assim como desfrutar e agradecer também, dos mínimos detalhes O feixe de luz que te desperta, o som do silêncio no orvalho  A Lua que te surpreende, coisas que antes pareciam bobagem, sabe?  Eu sou do tipo respeito todas as opiniões Menos as que não me respeitam, enfim  As que não me dizem respeito, são lições E o que eu teria feito, fica só para mim Posso até a

Rosa Vermelha

De onde veio essa saudade? Sei lá, de onde é que eu te conheço Não completei minha metade E já multipliquei os sentimentos O destino foi cruel ou benevolente  Severo ou clemente? Você é a escuridão e o Sol poente Ausente ou presente De onde é que veio essa nostalgia? Se não tínhamos qualquer ligação Foi um breve adeus em afasia Fiquei em silêncio, sem reação Perdido nas lembranças daquele olhar Que me tirou as palavras sorrindo Um brilho escuro para eu apreciar Cabisbaixa, apenas indo e vindo Sabe aquele perfume que fica do abraço dado? Que fica grudado na camisa em que você vai dormir? Sabe aquela sensação de sentir o peito apertado? Não sei se fui enfeitiçado, mas não paro de sorrir! Oh... Insônia boa, viu

Vela Preta

De mãos atadas eu olhei para o tempo Segui o som e a voz que vinha de dentro Era mais forte que e eu fiquei em silêncio Em algo que só eu ouço, que só eu vejo O que aconteceu com a conexão da alma? Pensamentos, criações e até meus fantasmas? Tudo sumiu como num passe de mágica  E tudo se reconectou sem as barrigas cortadas Então de uma cartola não sairam coelhos Fui olhar mais de perto e era apenas o meu espelho Aquela conversa entre eu e o eu mais velho Mas foi o eu mais novo que me deu bons conselhos  Parece papo de doido e talvez seja Talvez não, é Mas foi algo que me trouxe clareza Essência de fé  Não é tudo que Freud explica Mas sim, quem lê Jung que se complica  Trago de uma fragrância nítida E a fumaça daquilo que perdeu de vista  Quando você não tem nada Você acaba achando que não merece É prático, didático da caminhada Pois pregam que é dando que se recebe Dando o quê meu irmão? Dando o quê? É andando que se recebe É silenciando que se ouve a mente É errando que se aprende É a

De chapéu branco ele veio

Conheci uma alma que me disse na palma e na canção  Que a faca que o acertou não feriu o seu coração A dor do peito que sentiu, foi quando ele caiu no chão Pois ao olhar para trás, percebeu que era um irmão Olá pobre alma, sabe as pessoas que tanto defente São as mesmas que pregam contra pessoas como você Talvez ao se encontrar com Deus verdadeiramente A verdade te libertará dessa cequeira e te fará entender Pois entenda, você é apenas uma ovelha que produz lã Fabrica o que aquece no frio, mas não o que te esquenta Descansa pouco, dorme tarde e acorda logo pela manhã E assim o ciclo que se refaz, poucas vezes te alimenta  E aí fala mal da arte, mas não sabe que o palco não é o bastidor Usa de teorias rasas propagadas por quem faz você pensar que pensa Te fazem viver falsas nostalgias e horizontes sem qualquer valor Enquanto roubam o presente de quem no final do dia apenas lamenta Não sou conservador de mentiras Conservo apenas o que me faz caminhar na estrada que eu mesmo escolhi Não s