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Mostrando postagens de maio, 2013

Memória Curta

Memória curta, Às vezes surta, Não nos escuta E apenas insulta. Olhe para os seus passos, Veja seus fracassos, Não pense no que eu faço, Observe todo espaço. Memória curta, Às vezes surta, Merece a cura, Mas só leva surra. Nem tudo está em compasso, Conclua seus colapsos. E em cada pedaço de seus abraços, Saiba quem são seus raros. Memória curta, A alma não usa, Tem várias buscas E assume o nunca. O Peito de aço não teme os laços, Nem se entrega ao cansaço, Mas há muitos vasos em pedaços, Precisando de vários cuidados. Mas memória curta, Todos temos e é mais de Uma!

Curva Turvada

Ponto inicial Nunca o mesmo, o Céu sempre está diferente Olhar matinal Nunca o mesmo, o Sol é reluzente e penitente Horizontes de meses e estações Vertical em nossos anos e versões Inclinado na paz e nos furacões No subterrâneo de minhas implosões As orações são confusas E as concepções, Medusas Minhas intenções, a musa E as permissões, nenhuma Passem dias, passem horas Quero vê-la, agora!

Petardo

Explosão... O seu foco e a sua concentração se vão E em vão, para qualquer direção A fração é correria sem alguma reação Explosão... A ação de estar parado na estação Passa a intenção e a infecção Passa a exclamação sem explicação O que realmente aconteceu aqui?

4º dos Livros

Desmoronam-se sonos E trovões destronam os sonhos Desmontam-se planos Mas não os que eu te proponho Estou lendo E está lindo Está frio e eu estou quase dormindo Mas as frases fazem todo sentido As imagens simplesmente veem vindo Fluindo em sons e tons renascidos Imagens, que se quer estão em quadros, Retratos, álbuns ou fotografias no meu quarto. Estou lendo O que é lindo Não é um livro, mas me livro do que parece extinto Não é instinto, nem o raro sorriso, é o bom vinho Um vinho, cigarro e o meu velho bloco de notas Sem rotas ou cotas, apenas infames poesias idiotas Minhas lembranças Nostalgias e velhas esperanças Estou apenas lendo O que um dia, talvez já foi lindo

Canivete e Piquenique

Há cartas nas mangas, Há pontas nessas lanças, Há falta, que alcança, E exclama quem reclama. Há infames na fama, Há insonia em sua cama, Há o drama da dama, E horas que não me chama. Há horas em que você apenas se vê na lama E em outras, olhando pra lua deitada na grama

Pela Metade

A hora que não vem E o sono que não chega a fazer efeito Pensamentos ao além E a mente inquieta enquanto me deito Não é qualquer insonia É solidão, falta da outra metade distante É seu perfume e sua colonia Mesmo de longe, sendo ofegante o bastante Para não sair de minha mente Essa semente no espirito nascente Já me sinto, alma pela metade Tendo a todo tempo, essa saudade

Espectrofobia

Noite fria de um dia seco Medo nos escuros e nos becos Coisas que pra trás eu deixo Medo das sombras que não vejo Noite fria e na via me perco Medo do eco sem algum elenco Sons de chuva nesse enredo Medo de trovões e fortes ventos Há passos e eles são rápidos Por isso, eu ando muito acelerado Olhando para todos os lados Medo desses vultos, aqui narrados

O que eu Quero...

Quem corre atrás, é para alcançar os seus objetivos E ultrapassar, são outros motivos mais esportivos Talvez mais expressivos, que faça nos sentirmos vivos Não precisa ser mais expressivo para ser definitivo O que eu quero apenas é o seu sorriso De sempre "seja bem vindo" O que eu quero apenas é o seu sorriso E ser o seu menino hiperativo...

Um Ciclo de Crenças no Ciclo

Sem medo nenhum de partir, Ele nos disse adeus, antes que viesse sua hora. Sem medo de algum sorrir, Sabia que estava perto de rever a sua senhora. Sem medo de aqui, se eximir, Preparava sua mala da alma para ir embora. Sem medo daqui, se abstrair, Usava palavras de metáfora sobre o aurora. Contos de Fadas com todos os seus finais felizes Sonhos de Cada, esperanças que curam cicatrizes

Bom Dia Neblina

Muito desfocado, Estou dormindo ainda. Muito cansado, Andando pela avenida. Embora armado, Do peito que se blinda. Embora pesado, Em busca de minha linda. Bom dia Neblina, Sol que cega e não esquenta. Olho pra campina, Dou adeus, enquanto venta. Desse lado da janela não faz frio...

Metrô

Diferente interpretação A cada ponto de interrogação Independente de sua ação A cada estação, a cada redenção Sonha, se imponha, Proponha e componha Deponha seu sintoma, Diploma de seu Coma. O aroma e a soma Como se doma o idioma A infama e a redoma Quem chama, quem reclama Violão, dinheiro no chapéu Preces, olhando para o céu

O Que Te Falta Sobrar

Sou o reflexo de minhas palavras Então, só espere meu retorno, se eu te disser que eu volto Sou um anexo de minha sala Sentado, olhando pro nada, enquanto eu apenas me revolto Sou o complexo que aqui se instala Apenas o que é turvo, eu alinho e o que é linear, eu entorto Sou o amplexo que em silencio te cala Te vício com meu perfume, deseja mais, enquanto eu te solto Sou... O Que Te Falta Sobrar...

Fora do Eixo

Tira a blusa Não se reclusa E não recua Agora, ela é sua Não vê a Lua Não ouve as ruas Não é a mais pura Mas é a perfeita criatura Casa dos Invernos Esquenta a Lareira Não temo o Inferno Nem a sua Fogueira Tira a blusa E o resto, deixa nua O Templo que flutua Agora, ela é sua Não lê a cultura Nem a comunga Não é a mais pura Mas é a sua cura Casa dos Invernos Esquenta a Lareira Não temo o Inferno Nem a sua Fogueira O sono dela, apaga minha vela Os sonhos dela, são a cela Os monstros dela, na capela Os olhos dela, da donzela Ainda que fechados, ela me leva Ao universo da mais bela Mansão das estrelas, pela janela Escuro e Luz, sem Cautela Casa dos Invernos Esquenta a Lareira Não temo o Inferno Nem a sua Fogueira

Visões e Devaneios

As vozes não se calam Sem o que falar, falam Sem olhar, eles negam Com luzes, eles cegam Seres malditos, que rogam Seres finitos, que oram Seres de dom, talvez tocam Seres vulpinos, enganam Precisamos de uma verdadeira luz Não precisam daquela que vem e nos cega Mas vemos nas imagens e na cruz Esperança na hora em que o tempo nos leva

Tarde Fria

Uma Tarde fria, Uma parte minha Que você tinha E eu ainda sorria Tarde de neblina, O cinza que eu via, Do olhar que sofria À lagrima que brilha Diga adeus à minha Sinfonia E dê boas vindas à Teoria De que tudo agora é agonia E o resto que é falsa alegria

Sociofobia

Somos seres pensantes Porém somos seres errantes Meros nômades vagantes Porém ao que é nosso, vigilantes Ainda que somos tão galantes Sem as mãos no volante Ainda que somos esses gigantes Perante aos não-amantes Antes que ele se levante Observa o seu instante Se dia está de certo, radiante, Ou, bastante relutante Abraça-se em seu constante E torna-se o ser mais irritante Por se achar tão importante Mas será sempre, o estudante Não sabe de nada, é muito arrogante Não pede pra nascer, esse que é visitante Não pede pra morrer, nosso navegante Confusão sempre vista em seu semblante Há vezes em que eu sinto fúria de pessoas... Por simplesmente terem nascido, como pessoas!

Morfina de Endrômina

Um desinteresse que se faz após o interesse Pessoas com muito pra mostrar e muito pouco para falar Como se eu quisesse ou alguma mente houvesse Pessoas com muito no olhar e muito pouco em que pensar Durmam tranquilos Isto não mudará nada nas nossas vidas Tirem seus cochilos Essas são almas que já nascem vencidas

Conto dos Coitados

Escravos associados Reclusos e enfeitados Servos e orientados Seus rostos inclinados As mãos no peito, assustados Com esse mundo, estragado E a narrativa deles, contados Historias disso tudo, misturado O Conto, se estende...

Dê Adeus, Drama!

Quando aquela rotina te faz falta Quando a sua retina fala Quando na neblina você deságua Quando a menina se cala A chuva te diz: para E sua mente dispara, Espera, pela sua rara, Que hoje, não te ampara Quando não há mais a companhia de gala Quando sua disciplina se abala Quando não vira a página e lê a sua carta Quando vê pela cortina da sala A chuva simplesmente para E o seu peito apenas dispara Dá adeus para quem era rara Que leve com ela, a máscara E você... Por favor, Viva!

Não Encosta...

Um silencio como resposta Uma compreensão de sua aposta Uma visão da minha costa Uma conclusão para ser reposta Uma tradição imposta Uma verdade que apenas se mostra Não ouço o que ela gosta Normalmente eu não aceito proposta

Castelo de Espelhos

O punho é a guerra das feras E o universo é a mansão das estrelas. O sorriso é o escudo das belas E o meu peito, é apenas a casa dela. A poesia É a redenção da composição. E a musica, Uma redação de sua canção. O Sol é quem nos traz o dia E a Lua é quem nos traz a noite. A imagem nos traz a fotografia E as lembranças, vêm de monte. Para onde eu olho, É tudo, em que eu me vejo. Como se eu estivesse Em um Castelo de Espelhos.

Algemas nos Olhos

Tive confiança Entreguei um pedaço de minha pouca esperança Tive elegância Não há segurança e também não haverá vingança Há apenas lembrança De ter em minhas costas a cicatriz de alguma lança Fiz parte da dança Mas não há mais aliança, uma vez o erro, há mudança Meus olhos não te sorrirão mais E neles sim, não verá a sua paz...

Luz pra Todos

Luz distante que ilumina o dia Luzes da noite a quem dedico minhas teorias Luzes da cidade em sifônia Luzes dos carros em sua constante correria Luzes distantes da profecia Luzes que nos cegam de toda essa miséria Luzes sonoras da policia Luzes de ambulâncias e de estranhas euforias Luzes do dia e da noite Luzes da Plebe e da Corte

Teórico do Nada

É parado que eu começo a ficar pirado, Não sei se eu faria a mesma euforia. Mas andar e caminhar pra qualquer lugar, Sem direção e deslinear à orientação. Talvez me faça esquecer das confusões...

Castanhas, Olhar de...

Sobra mais espaço pra nada, Olhar serio, de fachada. Por dentro está dando risada, Em mesmice, ser calada. Está pensando como será a temporada, Quando irá pra alguma enseada, Quando começará a sua nova jornada, Ou, quando voltará pra pousada. Ventos de areia e barulho do mar, Me fazem imaginar o que está a pensar. E devagar você me lança o olhar, Que é de vagar em espaço, em seu ar...

4º dos Vícios

Onde pego meu caderno Escrevo sobre paraísos e infernos Onde pego meu violão E componho uma nova canção Onde assisto meus filmes Terror, amor, alegres e alguns tristes Onde leio meus livros Livre de todos aqueles falsos sorrisos Onde paro pra pensar Onde paro pra sonhar

Casa na Árvore

O medo é o nosso escudo e o afronte é a nossa espada Uma visão de pouco estudo, é muito mau guiada A hipocrisia é um manto que esconde os nossos defeitos Imagens que tentamos mostrar do ser imperfeito Nosso maior inimigo é a nossa mente Quando ela insiste em parar e não seguir em frente Frases de enfrente e imagens do poente Não encara a covardia, temor para ser transcendente  A criança, não era assim, Não tinha tempo ruim E o mundo, não tinha fim, Enxergava mais de si... Nobre, sublime e superior aos seus pânicos Nas escolhas do caminho, o ser flexível e dinâmico

Ciclo Solar, o Crico

Olhe na face ao dizer pra parar E não empurre para que eles possam andar Todos seguem seu próprio ritmo Próprio caminho e tempos certos pro sorriso Sozinhos quando se vão Mas nunca, quando chegam

Estrondo e Ruído

Todos os sons que ouvimos Batidas, compassos e contra-tempos Todos os tons que sentimos Nos leva com o vento que não vemos Todas as vozes, externas e internas Todas velozes, modernas e alternas Todas ferozes, maternas e paternas Todas algozes, fraternas e governas Berros, impasses em passes e repasses Como se chegasse a ter alguma classe...

Troca Discos

Tenho mudado minhas influencias E decodificado minhas referencias Abrangido todas essas existências Acreditando com mais frequência Não em pessoas ou em penitencias Em mim e minha incalculada essência

Bateria Recarregada

Uma de minhas alegrias É sentar pra ouvir algumas histórias Ao recital de poesias De vitórias, quedas e escapatórias Risadas, muitas risadas A criança calada é a mesma criança levada Em corredores e escadas Paredes rabiscadas e cuspis vindos da sacada Risadas, muitas risadas A parede ensaboada, é mesma a ser escalada Em corredores e escada Escorrega, cai sentada e leva algumas palmadas Ainda assim, de noite... Para pra ouvir histórias até dormir Ainda assim, de noite... De olhos fechados a sonhar e a sorrir

Castelo de Vidro

Estou melhorando, E às vezes estou oscilando Estou sangrando E rapidamente, cicatrizando A terra que me pariu, parou A pessoa que partiu, levou parte de mim A Eva que me sorriu, chorou O ser que me é essência, espera pelo fim Ainda não consigo contar estrelas do teu céu Nem vê-las, todas no firmamento, ao léu, ao réu Podem me jogar todas as suas pedras de pecadores Não vão conseguir me quebrar O brilho do sol, vai dos portões aos meus corredores O meu reflexo apenas irá te cegar Meu Castelo de Vidro... É bem protegido!

Prece em Lotus

Peço sabedoria na hora de enfrentar De enfrentar inimigos e até amigos Peço sabedoria na hora de me postar Como falar contigo e até comigo Peço sabedoria e mais do que isso, peço muita força Ao meditar, que é rezar pro meu Deus Peço alegrias e mais do que isso, alguém que me ouça Ao poder contar com um dos meus

Esfinge, já sem Enigmas

Os olhos, não enxergam tudo o que vemos E o peito, só se aproxima do que queremos Maldições, doenças e almas infeccionadas Diz estar alucinada, que vê a luz e a escada para ser levada As tradições, traições e suas ações caladas Diz estar entre a cruz e a espada, mas com as mãos atadas Mas não é nada, nada disso que você fala São suas várias surpeficies e camadas Mas não é nada, nada disso que você fala E compreendo o porque és mascarada

Medalhões

A amargura, não dura perante a brandura E amar cura, como se fosse uma armadura Mesmo com visão de trezentos e sessenta graus, Não se enxerga cem por cento do que está a sua volta. Mesmo sentindo-se seguro para enfrentar o mal, Precisa-se de defesas, ataques e principalmente escolta.

O Interno, Externa-se

O efeito da luz, é te dar o brilho E o do sorriso, é refletir isso O efeito da escuridão, é o apagão Um abismo, sem sua direção De que lado da Lua você prefere andar? E as faces, qual das tuas, prefere mostrar?

Lástima Boreal

Algumas conversas que não valem à pena Com a mera mente pequena Pessoas que nem deveriam estar na cena Uma novena ou uma centena Momentos que eu não queria ter parado Tempo que deixei ser levado Esses minutos que não serão recuperados Que eu apenas ouvi, calado Às vezes prefiro seguir o vento Do que andar com a perca de tempo

Adeus Vulcão

Mesmo regados de sapiência, ainda há o instinto Nunca extinto de seus impulsos sem sentidos Que não pensa ou lamenta, em penúria e injúria   Ser racional que é tomado, domado pela fúria O silencio que nunca se faz Na busca interior e irracional por sua paz Caiu a máscara da Quimera Transformando a atmosfera da Primavera

Calembur Turvo

Uma decoração, feita de coração A armadura, que sempre te arma e dura A solução, a imagem e a resolução A cura na loucura e a criatura que atura As novidades não são apenas as novas idades São pinturas puras e uma lista de músicas aleatórias Ver a cidade, em veracidade de minha imobilidade São sussurras surras giratórias, da mente nada notória Refazer frases em desordem Refazer faces dessa subordem

Sonhos de Hidra

Quem espera nunca alcança Mas quem acredita e anda Ou corre com muita esperança Cai e não apenas se levanta Siga com convicção, os seus sonhos As crenças serão como as cabeças da Hidra Cheias de cortes, cicatrizes e algumas feridas Não importarão os golpes em vastas medidas Assim que despedaçadas, elas serão renascidas Siga com convicção, os seus sonhos

Não há Teatro sem Cortinas

Às vezes faço-me de desentendido Pra gerar sorrisos E às vezes, faço-me desentendido Pra gerar o brilho Abrem-se as cortinas Sem aplausos e com muita atenção Fecham-se as cortinas Talvez aplausos ou talvez apreensão Não há teatro sem cortinas Elas ditam nossas opiniões e cismas

Canal 3

O espelho reflete a luz do sol O navio recebe a direção pro farol O corpo se aquece no lençol O intelecto inverte tudo ao seu prol As nuvens sem formato, não são observáveis Como nem todos os animais, são lindos e adoráveis As guias, vias e nossas ironias A galeria de suas agonias A autonomia sem a anarquia A profecia ou a analogia A tv chia e repudia em todos seus canais Três Me irritam e em sua maioria, há máscaras de cortês

Vocábulo

Prepare-se para perder ao vencer E prepare-se para vencer ao perder O simples fato, é, prepare-se... sempre Porque o ausente pode estar presente E o presente estar ausente na sua frente Tente ser coerente e depois será contente Tudo irá partir, até o que tu mais teme perder Pois um dia quem entrará nessa partida, será você A ti, deu adeus e à Deus, oi...

Bambas (as pernas)

Eu até tento não fazer o silencio, Mas as palavras que saem, saem vagas e gagas ao vento. É uma guerra solitária e interna, Escrever é fácil e é na hora de falar que a frase se congela.

Somnium

Tempos bons ficarão guardados por muito Tempo E o que é ruim, dura no máximo uma semana Guardo tudo no baú e resto espalhado no Templo Sinto-me lá de novo e depois eu caio da cama Só a nossa mente é capaz disso De tocar o peito e desfazer o sentido Só a nossa mente é capaz disso De tocar o peito e refazer o sentido

Old is Cool, Old School and not Skull yet

A beleza está no segredo Na surpresa com o que vai acontecer A beleza é um brinquedo Dentro de uma caixa colorida pra você As fazes da Lua e até o ultimo chefe do Castelo Em partes só tuas de um mundo singelo e paralelo Acordar cedo pra ver desenhos ainda de pijama E demorar pra voltar da rua quando tua mãe te chama Pés descalços e futebol de calçada... Saudades da infância, que não é tão velha assim Esconde-esconde, teum, tedois, teteis... Lá vou eu, esperem por mim e não vale o jardim A beleza mesmo, vem da pureza!

Opiniões à Bonaparte

A carne é a armadura da alma, E o espírito é nossa arma. O sorriso, nosso maior escudo Aos vagos olhares mudos É você quem escolhe sua espada, Todo dia é essa batalha. Onde pássaros colhem migalhas, Ou são presos na fornalha. Raros são os livres E livres são sempre caçados. Ágeis dão os dribles E não dependem dos dados.

Página de Lacunas

É compreensível Que nada seja compreensível Que o ser possa ser invisível E que nem todo senso é sensível É compreensível Que tudo me pareça estranho De seus diferente tamanhos, Formatos, aparências e ângulos É compreensível Em cada ponto de nível visível Só não é admissível ou plausível A crença de que tudo é terrível Está certo, há compreensão, Assimilação ou uma mera percepção Nada que venha do coração De tudo aquilo que ouvimos em vão Abaixo, amarro o cadarço E volto a vagar no Espaço

Militar sem Tropa

Não dá pra mentir ao espelho Pois a consciência se faz de conselho Nada é escondido de si mesmo E por medo, apenas ficará de joelhos Hipocrisia de demasiadas crenças Dos que só pedem bençãos Hipocrisia perante as semelhanças Aos vermes sem esperanças Na força interna que precisa vir de fora Mas a compreensão de que cada um tem sua aurora Em horizontes, vistas, visitas ou sonoras Embora em outrora, precisa-se de alguma metáfora Aqueles Aquiles cheios de calcanhares Aquele e aquilo de longes e longos lugares Haverá em verdade, muitas saudades Ah, verá vir a idade e ir a força de vontade Só os eleitos por Deus morrem jovens Ou Guerreiros com suas escolhas fortes

Cão Domesticado

Reposicionando as visões Assumindo as alucinações Redigindo minhas versões E assistindo nossas ilusões O efeito causado pela distancia é a saudade E o da aproximação, é aquele tédio que invade O que era monotonia, agora é espaço vazio E o que era novidade, virou vicio e depois o frio Minha cama não é uma simples calçada Minhas esperanças não são meras moedas Meu espirito não é pobre na caminhada E minhas forças não vêm apenas de quedas Sou um cão domesticado e eu não sou das Ruas Sou determinado, mas meu instinto ainda uiva pra Lua

Meia Noite e Quinze (eu acho)

Faça-se a repressão, Regada de desatenção. Faça-se em nossa face E que não seja disfarce. Notícias de um rádio chiado Um café para me deixar acordado Espero pela estrela cadente, Não precisa ser sorridente. Pois só quero o meu presente, Não o de agora, o ausente! Horas de um relógio atrasado Acabou o café e já estou cansado

Teatro de Paralelepípedos e Caixa de Ferramentas

O mundo evoluiu e vivemos no  hoje Não esquecendo de nossas bases e auges Aprender com o passado, Em fatos ou mitos. Com tudo que nos foi contado, Em silencio e gritos. Livros e histórias para dormir, Foram feitos para nos cegar ou nos ensinar. A como nos vestir e como sorrir, Até o ponto, em que nós paramos de acreditar. Nossa... aí tudo começa a ficar confuso, Perdemos boa parte de nossos parafusos!

Mimo

Quero, e eu quero com urgência A mudança em veemência Dormindo, eu sonho bem pouco Mimado sem passar sufoco Quero, e eu quero com urgência Mas nada que use violência Nada que use pontapés e socos Porque eu não quero o troco Só quero sumir Só quero entender Só quero sorrir E só quero vencer Será que seria pedir muito, O que muitos pedem sem intuito? Será que seria pedir muito, Que tudo no mundo fosse gratuito?