Pular para o conteúdo principal

Fora do Eixo

Tira a blusa
Não se reclusa
E não recua
Agora, ela é sua

Não vê a Lua
Não ouve as ruas
Não é a mais pura
Mas é a perfeita criatura

Casa dos Invernos
Esquenta a Lareira
Não temo o Inferno
Nem a sua Fogueira

Tira a blusa
E o resto, deixa nua
O Templo que flutua
Agora, ela é sua

Não lê a cultura
Nem a comunga
Não é a mais pura
Mas é a sua cura

Casa dos Invernos
Esquenta a Lareira
Não temo o Inferno
Nem a sua Fogueira

O sono dela, apaga minha vela
Os sonhos dela, são a cela
Os monstros dela, na capela
Os olhos dela, da donzela

Ainda que fechados, ela me leva
Ao universo da mais bela
Mansão das estrelas, pela janela
Escuro e Luz, sem Cautela

Casa dos Invernos
Esquenta a Lareira
Não temo o Inferno
Nem a sua Fogueira

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias

Último Vagão

As pessoas, não só mudam Elas também se moldam Em seus sonhos se seguram E as folhas, elas podam Seus galhos, elas apresentam Suas raízes, elas fincam E tempestades que enfrentam São bonanças que ficam As cores se vão, mas sempre voltam E a saúde do nosso corpo, é Elemental As dores não são em vão, eles notam É também preciso que seja ela, mental Para que seu foco, força e fé vençam E que seus sonhos e crenças cresçam Das nuvens, fazemos imagens Dos horizontes, paisagens De qualquer destino, viagens E das histórias, bagagens A vida é só um rito de passagem Contos de fadas ou selvagens É onde adrenalinas são coragens E toda abordagem, mensagem No último Vagão entram e saem olhares vazios Raros, são os que te sugam e de repente, partiu

Adeus Setembro

Adeus Setembro Nem deu tempo de pedir uma música É, passou rápido Passos de um tropeço cheio de culpas E eu que estava vendo Mas que estava com medo da verdade Outubro e Novembro O fim, o começo, o ciclo e as saudades Que bate, mas faz parte de mais um crescimento Adeus Setembro, ano que vem, talvez nos vemos