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Mostrando postagens de novembro, 2015

Adios Mizinnha

Faço aquela cara com o estralo Misturo o decepcionado com o espantado Lá se vão meus solos arranjados E ficam pestanas de improvisos manjados Mas quem disse que eu vou parar? Toco Raul pra quem quiser cantar!

O Alpinista

Há uma essência Onde alguns mudam Outros evoluem E poucos, moldam Mas há uma experiência Cada um com a sua Sintonias em frequências Norte, Marte e Lua E não falo de voar Falo sobre escalar Alguns destinos que se cruzam Outros, meramente desparecem, se ofuscam O topo, é o que todos buscam Mas só os que têm força pra encarar, lucram E a queda lá de cima pode até ser longa É uma montanha cheia de riscos, armadilhas e perigos Mas não desanima àqueles que sonham Por isso não olhar para baixo, é ter bom senso e juízo E me diziam que ter juízo, era não tentar vir a subir Pode falar o que for, é o meu coração que vou ouvir

Chega logo Sexta-feira

Em sono é o sonho que vem e me guia Mas acordado ele se faz de companhia Apesar de eu controlar tão bem o pensamento Sou réu da realidade que crio Sentenciado e sem ter qualquer um argumento Culpado por meu calor ou frio E os calafrios, são as mensagens do instinto Apesar do medo, eu vou me jogar ao destino O peso nas costas, eu que impus O que alguns chamam de cruz Creio que seja mais que uma luz Pois não me cega, me conduz O farol só mostra o ponto de encontro no escuro Mas sou eu quem ilumino de verdade meu rumo Não ligo se for uma reprise Um novo final igual de novela Não me importo com crises Dessa mente indagante de cela E eu nem disse a ela enquanto estava cantando Mas e se for ela, por eu que estou perdendo tempo pensando? Pois pode ser ela, a parcela do que está faltando Quero agir pra poder em minha realidade continuar sonhando Só fico meio ansioso de esperar uma semana inteira Chega logo Sexta-feira Pode parecer besteira, parece que corro numa

Quem esculpiu as Nuvens?

Nossos sonhos são como nuvens Em que os ventos podem levar Ou podem cair agora como chuva Com algumas almas para lavar Mas também podem vir a ser uma forte tempestade Um tanto covarde Mas mostrar na bonança que foi preciso ter coragem Aquela que invade Que nos faz, a esse presente, fieis ao nosso futuro Mas enfim, só não deixem que os ventos levem tudo

Enredar

Ela tem um Arco-Ires de peles Tocadas pelo sol sem protetor Seus pés simbolizam sua plebe Seu olhar de diamante, o valor Como se fossem vindos da lama Superando os toques da grama E até o nosso aconchego de cama Os lugarem que levam a fama Ela sorri de olhos fechados E eu apenas respiro calado Seus femorais ficam laçados A mão se apoia, eu sentado Entorta pro lado, emaranhado Encosta a cabeça no meu peito, depois meu ombro E eu apenas sou dado, jogado Ao ver nosso horizonte de alicerces em escombros Não é o lugar, nem o céu ou o assunto É uma companhia Que eu escolhi pra viver nesse mundo De minha calmaria As ondas do mar que eu esperei sessarem Folhas que não deixarei os ventos levarem

Rudimentar

Não sou tão de ferro quanto pensei Mas continuo a forjar-me em brasas todo dia Enquanto o corpo está a fortalecer Ganho o equilíbrio para a lâmina que se afia Não sou tão de rocha quanto pensei Tenho que me unir do alicerce ao topo Ser muro seguro pra poder proteger Os que abrigo e fazer parte de um todo Não sou tão correnteza quanto pensei As águas que tenho precisam de uma direção Um norte para ser forte e poder vencer Com o brilho e a clareza como a fé e a oração Não sou tão incêndio quanto pensei A chama que queima em mim devasta pouco Precisa do vento que ainda busco ter Terra, raiz, luz, elementos para entrar no jogo Sou de pele, sangue, alma e espírito Mas sou de guerra, apesar de buscar pela paz Sou de crenças em espera pelo rito Da confiança que a passagem seja algo a mais Sonho e por isso batalho por conquistas Em prólogos de quedas e esperanças Sofro e suporto, mas eu continuo otimista Capítulos de tempestades e bonanças E se vitória vier só no

Abnegar e Dessaber em Empatia, sem Simpatia

Pedem calma E eles têm uma certa pressa com isso Quebram asas E destroem a própria casa em prejuízo Uma cara à tapa Seus muros são lixos, uma farsa, eu os picho Acabam na vala Ou em confortáveis poltronas de sala, bichos Já vai dar a hora de dormir A novela está chegando no fim E amanhã vem fingir sorrir Acredita que ainda estarei aqui Mas nem eu sei nada sobre mim Ou sobre o dia que estará porvir

Ases

Muita coisa aconteceu depois do primeiro beijo Depois da primeira transa Muita coisa rolou depois dos primeiros segredos Depois da primeira aliança Gente que até passou rápido, mas ensinou devagar E pessoas de mais de um ano que não chegaram valer um mês Banco de trás, aquelas no horizonte do quase falar Não volto atrás nas palavras, mas teve quem mereceu outra vez E apesar do desapego, eu tenho fotos na memória Há vozes em gravações sonoras e muitas histórias Essas poesias saudosistas Eu escrevo ouvindo Amy Não preciso ser detalhista Desenhistas, talvez semi Realista... Surrealista!

Cecíliano

Fitos em conflito Entre os ritos e os gritos Restritos, infinitos Reativos, porém relativos E estamos vivos Na sobrevivência dos primitivos Contra opressivos Sensitivos e nada compreensivos Mas quem realmente está do nosso lado? Ou quem realmente está à nossa frente? E quem realmente nos trata como gado? Quem realmente nos trata como gente? Se quer menos preso Primeiro pare de menosprezar, aí sim, menos irá prender Pare com o desdenho Ao seu filho, mulher, família enquanto está preso à T.v. Se quer menos preso Primeiro pare de menosprezar, aí sim, mais tu irá se prender Imponha seu empenho À seu filho, um desenho e à sua mulher que espera por você Carregue seu terço, patuá Ou um nome que irá tatuar Santa Cecília dos músicos Vinte e dois do onze Sorrisos d'ouros, rústicos E um olhar de bronze Abençoe os meus passos Meus traços e meus laços Por favor, leve essa oração pro céu Vou de hotel à hotel E até é cruel a caminhada desse réu Mas eu cont

Blecaute

Era o máximo instante E agora, só mais uma foto na estante Diamantes de amantes E os amigos dizem - Avante, levante Lembrança errante, sussurrante Poeiras em cima de poesias penetrantes Quixote, um Dom de Cervantes Prévia, leitura incessante, agora cessante Inerte e irritante Fúria silenciosa com Deus, diante Parece distante Mas tão em peito e mente vibrante Sem sono ao dissonante A mesma vela de antes Crenças sem consoantes A mesma bela de antes Minhas orações por sua alma importante Na carona ou caminhante Tão palpitantes, redundantes e suplicante Flamejante ao praticante Da Saudade triunfante Perante esse figurante

Boa Esperança

Tem coisa que não se compra Assim, como tem coisa que não se vende É o que muitos não entendem Quem não olha pros lado, olha pra frente É por isso que um rico não entra no paraíso Eles não entendem tudo isso O que pra muitos é mais que compromisso E nas ruas, não fica omisso É sarau para sarar os infectados pela escravidão É diversão como lição e poesias como coligação Matando a fome da mente Saciando a miséria que há na alma e no espírito Tornando-se elo da corrente Plantando sementes entre as harmonias e ruídos A batida e o groove Do samba e da bossa, ouça Não ser mais do sub Ao subir toda a nossa força Influenciado na poesia marginal Bonanças ao temporal e ao vendaval Memorial, não mais um serviçal Vencendo o desigual, sendo especial Um material mais que original Colossal na horizontal e vertical Fazendo o integral, o habitual Minha catedral corporal, castiçal Fé muito mais que regional, ao ser nacional E assim, então, enfim É muito mais que seleci

Primeira Parada

Fritando as idéias O som nas panelas da mente Crianças, plateias E pedidos pra estrela cadente Não precisamos ser videntes Apenas persistentes E à veemência, ser reverente Vontade do prudente E pros dentes, sorriso Retornando em brilhos nos olhares É pra isso que eu vivo Fazer de vários lugares, meus lares A primeira parada é só para me alimentar Mesmo assim ela vem e inspira Vira pintura a desenhar, canção a equalizar Ato a se ensaiar sem as mentiras A verdade libertará Assim como a calma, a fúria A verdade libertará Assim como a paz, a loucura Andarilho de minhas perguntas Sapiente de que para obter respostas é preciso ouvir Há quem julga e quem conjuga Ciente de que nós estamos sempre a chegar e a partir Vir e evoluir Pedir e impedir Rir e resumir Dirigir e digerir

Raiares

Involuntária atração gravitacional Enquanto o espírito anseia pelo céu, pelo ar Apesar das razões ao operacional No sonhar encontra-se o seu desejo de voar Quando há uma queda brusca e tu precisa acordar Entre o terminal e a central Os olhos vão para várias direções no escuro do lar Era pesadelo e agora é real O preconceito está no olhar E é horrível ver esse forte ódio pelos que nem te conhecem O respeito está só no falar Não no fazer, pregam o que em suas almas não preenchem Vão nos julgar E assim nos jogar aos leões Mas podem falar E até a inventar mil refrões Eles vão apenas falar de nós Mesmo sem saber porque estamos aqui E se não ouvirem nossa voz Nunca irão entender porque somos assim Idealistas tradicionalistas Escolhem seus artistas e exorcistas Entre a vista e a revista Programam otimistas e pessimistas Suas conquistas são totalmente parasitas Entorpecem a quem não mais acredita Que toda verdade seja dita, não só escrita Eles querem viajar e n

Astre

Sem o tornear inferior das capas Definindo apenas o caráter Sem o rosnar superior das aspas Ancoragem para a coragem Drenando a adrenalina Dá as letras e dá as notas, mas arruma pra cabeça Chama ela de menina E não sabe se há um blefe em suas cartas à mesa Mesmo assim joga o seu jogo E quem está há algumas jogadas na frente, não é visível É uma selva para elfos e ogros Não mostra quem é forte ou quem é bom, só o perecível Os sorrisos se separam por tantas horas num só dia Que esse ciclo de fotografias te fazem minha poesia Não me importo que a hora se arraste Eu sempre te espero Tu és o meu ao contrário de desastre E não me desespero

Dois do Onze

Foi dia de finados E eu, fiz nada Foi um dia todo cinza Chuva até a madrugada Blues, petiscos de geladeira E a cerveja já no fim Tirando um descanso pro corpo, Alma e mente, sim Até o violão teve seu repouso Dia em vão? não!