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Mostrando postagens de 2023

Ori

Eu vi a minha fé se fortalecer na ausência E o que impulsionou foi a sensação de impotência Ao ter a mente inquieta, entendi a paciência E ao abraçar a solidão, me desapeguei da carência  Pois foi o Sol, a Lua e as velas acesas O choro e a gargalhada na rua das friezas Na Avenida da Saudade, a profundeza  Mas na Avenida da Amizade, toda a pureza Eu vi as estrelas em um céu distante E distante da cidade, estrelas no chão Na beleza de um horizonte intrigante Como se fosse o reflexo e a reflexão Onde a vida também imita a arte ao se recriar Se reinventar, ressuscitar e assim, se libertar A minha fé e oração estão mais intensas E isso não tem haver com as crenças Vai além do que tenho ciência e consciência Não sei explicar e essa é a recompensa Saber que nada sei é absorver E nunca perder é compreender Que poucas vezes eu irei vencer Mas muitas vezes, irei aprender  O trono da fé é o meu ori É onde eu aprendi a sorrir Nas adversidades reluzir E na bonança, apenas sentir

Coach do novo Milênio

O que é a fé sem a atitude? É ter competência e não ter virtude É fazer o mesmo esperando que tudo mude É entrar num barco furado esperando que não afunde A fé tem que andar lado a lado com o fazer Assim como o ganhar, ao lado do sofrer Se não é em vão, não tem valor sem aprender De ver legitimidade nas derrotas ao vencer Então... Não é preço, é apreço E por isso que levanto e agradeço Porque vem do suor que eu ofereço Ter a visão do topo e lembrar do começo  Sei que muitas vezes estamos esgotados E parece que está tudo acabado Sei que muitas vezes nos sentimos fracassados Mesmo quando vencemos o cansaço Mas a gente vive querendo dar final feliz para as histórias  Porque a gente ainda acredita na vitória Mesmo que por um segundo ou menos de glória Mesmo que apenas faça parte de nossa memória "O mundo é mais do que fé e atitude Tem gente que vai mais longe sem ter virtude É coisa de berço, é estrutural, não creio que isso mude E nós entramos em barco furado sim, na esperança de que

Afirma

Acendo a vela para meu anjo e meus guias Faço preces e agradeço por mais um dia Me ponho a pensar e peço a Nanã sabedoria Direção à Yansã, equilíbrio em ventania Me renova Oxumaré, me purifica Egunitá Obaluaê, Atoto da evolução não me deixa recuar Me ensina pai Oxóssi, me abençoa Yemanjá Pai Omulu que consolida, vem para me estabilizar Me dá força pai Ogum, pra enfrentar e encarar Pé no chão, respiração, concentração de Mãe Obá Na justiça de Xangô e o no tempo de mãe Oyá Com o amor de Mãe Oxum, a minha fé em Oxalá Eu não sei nada e vim aqui para aprender E no fogo dessa vela me ajudem a crescer Questiono muito todas as minhas certezas Pois as nossas lentes enxergam mais o raso do que há profundezas É precizo de pano e álcool para fazer a limpeza E pra limpar você precisa saber quando vai força ou vai delicadeza Apenas saberemos agindo, sentindo, tendo o contato Na velocidade que tem que ter e não no imediato O quanto nós temos conversado com este simples ato É meu interno e meu externo

Mas às vezes a gente fala de amor...

Aquilo que eu sentia, que um dia senti Eram cachoeiras, eram ondas do mar Era tudo aquilo que me fazia sorrir Era o pôr do Sol e o mais belo Luar Aquilo que eu sentia e deixei de sentir Logo eu, o desapegado, o mais avoado Parei para apreciar, para me dividir E o pedaço que deixei em ti foi desligado Mas às vezes a gente fala de amor Como se já soubesse de algo novo Às vezes a gente só quer o calor Sentir um abraço, sentir ou ser um colo Aquilo que eu sentia e um dia senti É algo que quero de novo e não vou desistir  Mas hoje estou sem pressa ao dirigir Aproveito a paisagem enquanto tento refletir Coloco o meu som preferido e ando por aí Fazendo mil clipes mentais em uma avenida Sonho um pouco e me reconecto com o que perdi Fazendo mil filmes mentais sobre a minha vida Mas às vezes a gente fala de amor...

Dilê

Podem falar o que quiser Eu tenho a arte da refuta Mas eu não gasto com quem não escuta Me ponho no meu lugar de fé De boa firmeza e conduta Pois é todo dia uma nova luta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta Quem anda comigo é Dilê Sarvá meus Pais, meus Ancestrais  Que me protegem do sofrer E me guiam no caminho pela paz Podem falar o que quiser Mas se me colocar na disputa Se prepare pr'uma retórica astuta Me ponho no meu lugar de fé E se essa calmaria te frustra De meditação e respiração robusta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta (...) Mar calmo não faz bons marinheiros, eu sei Pois por onde eu ando é bem turbulento É frio e sombrio, missão que raros irão escolher Mas fazer o que? Eu disse que - Aguento!

Caboclo da Selva de Pedra

Geralamente sou um esperançoso realista E às vezes, um pessimista sonhador Meu comportamento é catastrófico e sofista E de retórica em retórica, o bom humor Uso do sarcasmo com o meu próprio tropeço Dou risadas daquilo que me machuca E não que isso mascare a dor ou me faça cego Mas aprendo quando alguém empurra Principalmente quando vem e me derruba Porque sei que o mundo não para E já aprendi a me levantar, a vida continua Falem pelas costas ou na sua cara Fazer o mal, não te torna melhor que o outro Até para ser sincero, é preciso de alguns filtros Não será herói fazendo do adversário, monstro Afinal, é você quem cria seus próprios inimigos E de traumas amigo, o mundo tá cheio Vai se tratar, se você ainda não sabe para o que veio Isso se quiser entender os seus receios Saiba que até para acelerar é preciso ter bons freios Então para, respira, senta e observa Isso tudo ao seu redor é uma floresta É preciso se adaptar, sobreviver a ela Concentre-se e ouça o som da flecha 

O Verbo

Você nunca vai aprender o que acha que já sabe E olha, tem sempre algo novo para explorar Você nunca vai entender nem um terço da metade Porque é preciso investigar e se aprofundar A verdade que você conhece hoje, é apenas a sua verdade Mas tem muito mais coisas do outro lado da porta Dentro do seu mundo, nunca vai compreender a realidade Viverá no raso daquele do que não conheceu lá fora Então meu caro amigo... Consegue entender isso? Mas esse é o medo de quem te controla Não é e nunca deveria ser o seu Então saia dessas amarras, se desenrola  Para ser cético não precisa ser ateu A fé é composta e muito maior do que meros dogmas e rédeas  Aprenda com a sua caminhada e não com quem inventa regras O verbo se fez carne e habitou entre nós Cheio de graça, curou a sua cegueira Sussurrou aos poucos que ouviam sua voz E disse "vai, que essa vida é passageira"

Desenhando diferente

As pessoas têm medo do que não podem ver Daquilo que elas não podem controlar O futuro é só o desejo que querem conceber Bem muito antes da hora dele chegar  E por isso nem todo pagode acaba bem Nem todo romance tem final feliz Por isso nem tudo que vai, um dia vem  Precisa deixar ir se não criou raiz  São folhas secas nos ventos de outono  São princesas nas janelas esperando  São reis e rainhas sem castelo ou trono São príncipes sem cavalo cavalgando Nem nos livros ou nos filmes de heróis Ninguém pode fazer por nós Nem num sonho lindo ou pesadelo feroz Ninguém pode cantar por nós  Somos a soma dos nossos traumas e curas De ciclos e reciclos, de muitas aventuras  Mas às vezes somos só a postura da bravura Doces e amargos, na mistura das leituras Muito mais do que se pode ver Sem limites para o que pode acontecer E eternas crianças ao absorver Desenhando diferente ao amadurecer  Para entender o seu erê, tem que voltar um pouco E deixar o medo de ser julgado por parecer louco 

Entre cafés e vinhos

Não deixe em mim marcas de posse Me deixe marcas que só nós dois veremos Não deixe em mim mágoas precoces Não me deixe só, nem a noite ou no sereno Você é minha playlist aleatória da madrugada  Deixo acontecer toda vez de um jeito diferente Você conduz e por isso compus esta serenata De janelas fechadas, apenas silhuetas ao feixe Te faço um blues, um folk ou um funk E o que quiser para apimentar esse romance Te acendo uma vela de mesa ou skank Aos olhos e sorrisos, quem fizer o maior lance Sem você tudo fica mais frio Quero a sua escuridão e a leitura em braile  É como um neo clichê do Rico Mais um single de amor para tocar no baile Nossa luz já é mais do que nescessário Nossa respiração, poesia em música perfeita Seu calor é minha prisão, o meu aquário Sabe me saciar e de sal a gosto, tu é a receita Te faço um blues, um folk ou um funk E o que quiser para apimentar esse romance Te acendo uma vela de mesa ou skank Aos olhos e sorrisos, quem fizer o maior lance Entre cafés e vinhos, deg

O Mar, o Maná e o Emanar

Todo recomeço tem um preço caro a pagar E às vezes é mais fácil apagar e sumir Não assumir a fraqueza e não se concertar Ou não se concentrar nos cacos, se ferir É no suspiro onde pode escutar seu próprio pranto Ondas na concha em ventos de um eterno outono Onde consegue o breve silêncio mental do banho E as vozes desaparecem quando visita o seu sono Pois os ruídos te impedem de se ouvir As inúmeras paisagens te impedem de se enxergar Os vários toques o impedem de te sentir Como vários caminhos, te impedem de se encontrar  Quando pensa em decidir também pensa em desistir E tenta ser mais forte que a própria fraqueza  Quando pensa que resistir é fortalecer o ato de existir E tenta agradecer mesmo em meio a tristeza Às vezes enxerga a formula de como querem nos cegar Ao ver as injustiças causadas pela falsa liberdade Falam em nome do deus do amor tentando nos machucar  São donos da razão abraçados na individualidade Numa casa sem paredes, sem janelas e sem nada Um homem que nos observa l

Lazaro

Com o tempo a gente perde a sensação O prazer de apreciar cada lição Cada ligação ou fração Cada sonho ou superação Peço luz aos que estão na escuridão  E aos que já estão na luz, peço proteção Pra que eles permaneçam No caminho da evolução  Tem lugares que queremos voltar Mas que é preciso se desapegar Mentiras de um passado não linear Escuso e oculto no imaginar A nostalgia é um lugar perigoso E a terra dos sonhos é um lugar misterioso Esconde o que é real e doloroso Ao descobrir que o amor pode ser rancoroso Subia no último andar para te esperar Ver as luzes da cidade ao te enfeitar  Chegava antes pr'um momento a sós Um silêncio, um instante, eu e sua voz Tivemos nosso canto, nunca fomos donos Onde nos abraçamos e dividimos sonhos Quantas vezes eu repeti que não sou perfeito Sou o que posso te dar, sorrisos e defeitos  Essa não é uma canção de amor Nunca foi, foi só um passado que infeccionou Eu tentei largar e ainda tento Onde traguei meus vícios e soltei aos ventos A nostalgia

Trinta e cinco, quase seis

No ano passam meses e estações Entre brisas leves e furacões De várias surpresas ou decepções Entre a inércia e as superações Mas às vezes cabe um ano em uma semana E tem vezes que a hora parece que não passa Às vezes eu culpo o frio por eu ficar na cama Ou é a chuva que inventa um cinema em casa A verdade, é que eu amo ficar só  Na companhia da minha mente, de meus guias  De fazer barulho ao me silenciar Passar o dia lavando a louça ou fazendo faxina Estou onde posso ser quem sou O meu eu, em todas as minhas versões Portanto só deixo se aproximar Aqueles que eu sinto ter boas intenções Acendo vela pra São Jorge Acendo para Santa Bárbara  Rezo e peço para ser forte E para o meu anjo da guarda A verdade, é que eu amo ficar só  Na companhia da minha mente, de meus guias  De fazer barulho ao me silenciar Passar o dia lavando a louça e fazendo faxina Portanto só deixo se aproximar boas intenções para eu admirar Apreciar como um por do sol, como uma inspiração Principalmente aqueles que me

Não é tão complicado assim

Foi preciso ter o coração ferido Para um dia conseguir abrir os olhos para tudo Foi preciso errar o meu caminho Para um dia conhecer outros atalhos do mundo O meu outro eu, um poeta que não sabia amar Ele preferia ouvir mentiras sinceras, ingênuo, você acredita? Mas o meu eu presente prefere o diálogo, falar Mesmo verdades difíceis de escutar na espera ou na despedida Pois é, geralmente o processo é feito caminhando Nem tudo vem pronto, e olha, se vem pronto, custa caro  São valores e supostos valores se ressignificando  Onde a ficção vem em demasia e o genuíno vem do raro  Dizem que sonhar grande ou pequeno dá o mesmo trabalho Assim como desfrutar e agradecer também, dos mínimos detalhes O feixe de luz que te desperta, o som do silêncio no orvalho  A Lua que te surpreende, coisas que antes pareciam bobagem, sabe?  Eu sou do tipo respeito todas as opiniões Menos as que não me respeitam, enfim  As que não me dizem respeito, são lições E o que eu teria feito, fica só para mim Posso até a

Rosa Vermelha

De onde veio essa saudade? Sei lá, de onde é que eu te conheço Não completei minha metade E já multipliquei os sentimentos O destino foi cruel ou benevolente  Severo ou clemente? Você é a escuridão e o Sol poente Ausente ou presente De onde é que veio essa nostalgia? Se não tínhamos qualquer ligação Foi um breve adeus em afasia Fiquei em silêncio, sem reação Perdido nas lembranças daquele olhar Que me tirou as palavras sorrindo Um brilho escuro para eu apreciar Cabisbaixa, apenas indo e vindo Sabe aquele perfume que fica do abraço dado? Que fica grudado na camisa em que você vai dormir? Sabe aquela sensação de sentir o peito apertado? Não sei se fui enfeitiçado, mas não paro de sorrir! Oh... Insônia boa, viu

Vela Preta

De mãos atadas eu olhei para o tempo Segui o som e a voz que vinha de dentro Era mais forte que e eu fiquei em silêncio Em algo que só eu ouço, que só eu vejo O que aconteceu com a conexão da alma? Pensamentos, criações e até meus fantasmas? Tudo sumiu como num passe de mágica  E tudo se reconectou sem as barrigas cortadas Então de uma cartola não sairam coelhos Fui olhar mais de perto e era apenas o meu espelho Aquela conversa entre eu e o eu mais velho Mas foi o eu mais novo que me deu bons conselhos  Parece papo de doido e talvez seja Talvez não, é Mas foi algo que me trouxe clareza Essência de fé  Não é tudo que Freud explica Mas sim, quem lê Jung que se complica  Trago de uma fragrância nítida E a fumaça daquilo que perdeu de vista  Quando você não tem nada Você acaba achando que não merece É prático, didático da caminhada Pois pregam que é dando que se recebe Dando o quê meu irmão? Dando o quê? É andando que se recebe É silenciando que se ouve a mente É errando que se aprende É a

De chapéu branco ele veio

Conheci uma alma que me disse na palma e na canção  Que a faca que o acertou não feriu o seu coração A dor do peito que sentiu, foi quando ele caiu no chão Pois ao olhar para trás, percebeu que era um irmão Olá pobre alma, sabe as pessoas que tanto defente São as mesmas que pregam contra pessoas como você Talvez ao se encontrar com Deus verdadeiramente A verdade te libertará dessa cequeira e te fará entender Pois entenda, você é apenas uma ovelha que produz lã Fabrica o que aquece no frio, mas não o que te esquenta Descansa pouco, dorme tarde e acorda logo pela manhã E assim o ciclo que se refaz, poucas vezes te alimenta  E aí fala mal da arte, mas não sabe que o palco não é o bastidor Usa de teorias rasas propagadas por quem faz você pensar que pensa Te fazem viver falsas nostalgias e horizontes sem qualquer valor Enquanto roubam o presente de quem no final do dia apenas lamenta Não sou conservador de mentiras Conservo apenas o que me faz caminhar na estrada que eu mesmo escolhi Não s

Minha competição

Quando foi que aprendemos a não perder? Quando foi que tudo virou competição? Quem foi que disse que temos que ceder? Quem foi que tentou tirar do dicionário, aceitação? Espaço para prosperar e crescer tem muito Mas com quem é que fica esse espaço todo, se poucos crescem? A resposta está na própria pergunta, fica com poucos Eu fico feliz quando alguém que eu gosto muito tem uma vitória Sobe de cargo, volta a fazer atividades fisicas, compra algo que queria Eu amo isso e me sinto realizado só de ver o brilho nos olhos dos que amo O nosso ego geralmente nos cega para isso, sabe? Você começa a pensar em si e querer tudo para si E aí não olha para o lado, não percebe os momentos Bom, e na vida não temos muitos momentos extremamente felizes São raros, mas a nossa felicidade aumenta quando compartilhamos Sabe qual é o verdadeiro milagre da multiplicação? Dividir! É tão complexo que no ato de falar, a matemática se transforme, não é? Porque é no dividir que conseguimos multiplicar É numa garg

Bom dia tristeza

Bom dia tristeza Vê se não me olha com essa cara Como se tivesse saído das profundezas Não me vire as costas, não saia Muitos te julgam como se fossem juízes Mas saiba que os que julgam, nunca tiveram juízo É a hipocrisia estrutural em suas raízes Numa mistura de falsos princípios e o precipício  Quem de verdade quer te ajudar Também precisa de ajuda  Mas tem quem queira te ver afundar  Portanto, não se iluda Então, de novo, bom dia tristeza Não precisa me responder de volta Só te desejo o bem, não quero que me agradeça Bom, também espero que não volte pra casa de escolta Se precisar, eu serei o que te escuta Vê se não esquece de levar a blusa Geralmente até a noite, o tempo muda E as coisas andam muito confusas Bom dia tristeza Agora pode ir e vê se não se atrasa A noite nos vemos de novo Pra ver uma das séries que você gosta

Hologramas

Tenho vários rascunhos eternos De frases não ditas e desenhos que não terminei Tenho sonhos e planos fora do caderno Folhas que não amassei, lembretes que não anotei Lembre-se de que você é mortal antes de ir para batalha De que não é invencível e que precisa voltar vivo para casa E leve uma blusa que o tempo pode mudar, nunca falha O faça o que digo e não o que faço, só mostra quem é a farsa No silêncio dos que se foram, o verdadeiro sabor da vitória Ainda é o de saber lidar com a espera Temos chances ilimitadas de dar errado em atos e oratórias E é por isso que domamos nossas feras Quando algúem importante se vai a gente chora Mas quando tivemos por perto, sorrimos? Quando estamos na pior a gente pede, a gente ora Mas quando nós temos, o que nós sentimos? É aí que você sai da zona de conforto E descobre que ela não é e nunca foi confortável Daí então, entra para zona de confronto No conflito se redescobre fora dos trilhos, mutável Paga pra não entrar numa briga Mas quando entra, não

Protegido

Procuro trilhar um caminho Sem rumo ou linhas retas Novos ciclos sem fim ou início Sem sombras, sem cavernas Sigo olhando as estrelas E sorrindo pra Lua Encruzilhadas tão belas Gargalhadas na rua Me sinto protegido Por meus guias, meus orixás Me sinto mais que vivo Nas batalhas, no observar Sou as linhas tortas Que alguém reescreveu Sou as minhas apostas Alguém que sobreviveu Procuro trilhar um caminho Aos meus aprendizados Seja dos novos aos antigos Da entidade ao cavalo Deixem falar o que quiser Pois eu estou em paz Peço forças e tenho fé Que de onde vem tem bem mais Me sinto protegido (...)

Uma conversa com São Jorge

Como é que se batalha pela paz? A princípio parece contraditório e sim, é Pois corremos em meio a questionamentos São renuncias, silencios e é preciso ter fé Pois caminhamos envoltos de preconceitos O que queremos mostrar nunca é o que somos É natural, estamos em desesnvolvimento e estamos crescendo O que queremos mostrar é o que ainda não somos É natural, somos a mistura de cimentos concretos de lamentos Na ansiedade queremos mostrar uma essência ainda não evoluída Porque sabemos sim, quem e o quê nós queremos ser Então estamos em direção ao nosso âmago em uma discreta corrida Pisamos em falso, caímos, levantamos, voltamos a correr Mas com o tempo colocamos a paciência em nosso temperamento Até porque é extremamente necessário Pois o tempo passa mais rápido e nós vamos ficando mais lentos Nós esquecemos dos dias, dos horários Enfim, como é que se batalha pela paz? Bom, essa é uma batalha interna meu caro É o seu coração e a sua alma tentando entrar em equilíbrio Onde só nós entendemos