Tenho vários rascunhos eternos
De frases não ditas e desenhos que não terminei
Tenho sonhos e planos fora do caderno
Folhas que não amassei, lembretes que não anotei
Lembre-se de que você é mortal antes de ir para batalha
De que não é invencível e que precisa voltar vivo para casa
E leve uma blusa que o tempo pode mudar, nunca falha
O faça o que digo e não o que faço, só mostra quem é a farsa
No silêncio dos que se foram, o verdadeiro sabor da vitória
Ainda é o de saber lidar com a espera
Temos chances ilimitadas de dar errado em atos e oratórias
E é por isso que domamos nossas feras
Quando algúem importante se vai a gente chora
Mas quando tivemos por perto, sorrimos?
Mas quando tivemos por perto, sorrimos?
Quando estamos na pior a gente pede, a gente ora
Mas quando nós temos, o que nós sentimos?
É aí que você sai da zona de conforto
E descobre que ela não é e nunca foi confortável
Daí então, entra para zona de confronto
No conflito se redescobre fora dos trilhos, mutável
Paga pra não entrar numa briga
Mas quando entra, não há quem te tira
Mas quando entra, não há quem te tira
A não ser a própria consciência
Que respira, se concentra e absolve a ira
Há tanto tempo venho plantando e regando as sementes
E os fruto vão surgindo de Primavera à Primavera
Eu me contento demais de ver tanta gente tão divergente
Entre a surpresa e a espera, deixo estar, atmosfera
Parece loucura encontrar alguém que possa entender a nossa loucura
Talvez seja a cura que procuramos nesse mundo repetido, em figuras
Qual é a verdadeira função de um laço?
Até onde ele suporta?
Onde ele deixa de ser nós e vira fracasso?
Quando vira nó e sufoca?
Parece utopia encontrar alguém que possa entender a nossa utopia
Sentimentos perecíveis de tristeza e alegria, horizontes e nostalgias
Qual é a verdadeira função de um laço?
Ou quem não te permite ser a sua melhor versão?
Somos tetos de vidro ou somos vasos?
Esse é o ponto final ou o de partida dessa estação?
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