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Mostrando postagens de março, 2021

Abra os olhos

O quanto nós perdemos nesses dias sangrentos sem ar O quanto nós sofremos observando a insônia chegar Amigos partindo sem podermos dizer adeus Abraços vazios e um sonho que se perdeu Verdades manipuladas sem se responsabilizar Vaidades acumuladas e o medo a se acostumar Verdades crucificadas por quem só sabe julgar A onisciência inventada, que nos faz acomodar  Que mundo é esse que vocês acham que vivemos? Quem pode julgar está calado esperando tudo acabar Que mundo é esse que vocês acham que vivemos? O bom não é quem pensa igual, mas quem sabe amar Ame o próximo com a si mesmo Mas antes, aprenda o amor próprio Abra os os braços e sinta o vento A beleza está em tudo, abra os olhos

Tabuleiros

Os olhares e os gestos dizem mais do que as palavras E você não percebe o quanto mente para si mesmo  Os lugares e seus afetos ouvem enquanto você se cala Pinta apenas o que deseja mostrar, não o sentimento Nas performances de si do seu dia a dia O dramático em um bom dia automático Disse - Está tudo bem - enquanto sorria E a sua zona de conforto torna-se teatro Às vezes sem plateia, apenas o aplauso do vazio A empatia vinda do silencio, como mais uma lacuna Às vezes sem cortina, apenas os olhares mais frios Que se desviam da realidade das paredes e das runas Por mais que um novo personagem, maquiagem ou roupagem  Tudo isso já aconteceu, tudo isso é da história Por mais que uma nova paisagem, miragem, uma nova margem  Tudo se repete como se não houvesse memória As realidades diferentes são as mesmas - Como assim? Pois escolhas diferentes também levam ao mesmo fim!

Zilhões de Raridades

Temos zilhões de momentos diferentes em nossas vidas E a pergunta do agora é -  Você vai tentar de novo ou vai tentar algo novo? É sempre o novo, nunca se esqueça disso Pois até a repetição tem a sua singularidade  A sua escolha pode ser o desapego ou o vício De aparecer ou desaparecer em intensidade Vivemos dias raros que não voltarão mais Não deixe que as energias toxicas atrapalhem Sorria, chore, pule, descanse, busque a paz Erre, aprenda, erre sem aprender e assim, falhe Nem tudo é perfeito e não precisa ser Mas quando é perfeito... Ah, sorria, brilhe o seu estado Olhe, fotografe na mente o seu viver Guarde no álbum da sua alma e leve para o outro lado

O Amor acabou

Não deixe que os demais palpitem na sua vida Deixe apenas o seu coração palpitar Entre o que se significa e o que se ressignifica Muita coisa vem e pouca coisa vai ficar Aquilo que nos conecta é um néctar Que como abelha, tiramos um do outro E o que nos afeta é veneno que infecta Vinda de outros corpos, de outros rostos As suas paranoias criam estórias inexistentes Isso me entristece e é o que mais me abate Logo eu que amo te fazer sorrir intensamente Odeio guerras e não entro nesses embates Contudo, a distância foi se tornando mais real Os dias se passavam e o néctar foi perdendo todo o seu poder O muito foi se tornando pouco, então, habitual E não nos habitávamos mais enquanto parecíamos nos perder Foi quando percebi que nunca nos pertencemos Não éramos um do outro, nunca fomos O luto foi chegando, apertando e se fortalecendo Deixei o afeto, fui núcleo, cromossomo Só assim eu pude renascer, engatinhar e crescer de novo Abri minha gaiola, mas fui eu o pássaro que voou A recuperação ve