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Mostrando postagens de fevereiro, 2017

Entre o Carma e a Calma

Eu gosto do céu Não só no por do Sol, no horizonte da cidade Eu gosto do mar Do desconhecido e de suas eternas novidades Eu gosto das ruas Poucas luzes de sua complicada simplicidade Eu gosto do mato Longe de tudo, perto do mundo e curiosidades Eu gosto do platônico Em dias frustrantes de poucas inspiração E eu gosto do irônico Em meus dias claustros, pouca respiração O caos sou eu Faço disso um exorcismo poético E a paz sou eu Faço disso um exercício exotérico Pois tenho dias bons e ruins Entre o Carma e a Calma E de todas historias sem fim Encontro o preço da Alma E até entendo porque muitos a vendem...

Peixes

Não é o aquário, mas sim o que temos dentro dele Um dia importante é só uma data a mais Não somos corpos, nós somos universos e átomos Na inconstante busca por liberdade e paz O que devemos fazer, O que queremos ser, ou, a quem precisamos nos unir? O que devemos fazer, O que queremos ver ou do que precisamos nos suprir? São as questões que nos movem Mas são as respostas que nos param São correntezas que nos movem Mas são correntes que nos libertam E eu sei que isso parece ser um pouco contraditório Mas o que na vida não é? Uma autonomia solitária, as canções sem repertório Ou aquilo que nos traz fé? A fé... Pode ser um simples sorriso nas palavras que vêm de longe Qual a presença que nós sempre procuramos? Pode ser aquele feixe de luz que nasce e morre no horizonte Mas e nós, onde é que nós nos encontramos?

Semântica

O ópio pode abrir sua mente Ou te libertar de toda a realidade N'ativa, presente ou ausente Religiosidade ou espiritualidade E ninguém é o que acredita ser Somos livros e quadros a sermos interpretados Do modo que o próximo nos ler De comédia, drama, terror, romance e abstrato E por isso, não julguem o livro pela capa Experimentem e o conjuguem pela alma

O Terminal e a Simetria

Ouvimos tantas vezes A mesma musica diferente Como se um clipe acontecesse Na mesma rua, no mesmo fone escuro Lemos a mesma poesia Que escrevemos para nós mesmo Há alguns anos atrás Pra esse ser do presente, futuro O cara que eu sempre quis ser se foi Estava com pressa E viajou pra qualquer lugar Pulou do muro O quadro personificou Muito mais do que o olhar captou A fotografia eternizou Muito mais do que eu calculo Perdemos tanto tempo Ou foi tudo um aprendizado? Na verdade, será que ainda dá tempo De alcançar aquele maluco?

Bem Aventurada seja a nossa Fé

Um monte de poesia jogada na parede da alma Vandalismo pichado, fixado nos olhos Os timbres, os graves deixam o silencio entrar Buscamos o sorriso que seja um colo A saudade e o novo nos inspiram ao seu modo Em diferentes canções e pinturas Imitamos horizontes e estradas, porradas e socos Indiferente de atrações e aventuras Nós não nos limitamos muito, só que nós temos limites Mas a fé é essa força dentro de nós, que sempre insiste Se não tivesse dado tantas vezes errado Acredito que eu não fosse querer tanto que desse certo Como mais um desses quadros abstratos Tentamos, mas interpretamos diferente cada ponto cego Bem aventurada seja a nossa Fé Independente de onde ela vier...

Escoteiro

De tanto ouvir Fiquei surdo De tanto falar Me fiz mudo Mas de tanto observar Eu nunca imaginei que ficaria cego E é sério, não enxergar No quarto colorido, eu pisando em legos É assim, tudo é ópio Todos se drogando do que é óbvio Um mundo insóbrio No meio dos instrumentos, o solo O que sobressai São esses momentos solitários, de paz Escuridão eficaz Pois na multidão, todos são um a mais Não que eu ame ficar só Mas às vezes precisamos de espaço Pra explodir, desatar nós E refazer com o Universo, esse laço Mas logo eu volto Pra sorrir e chorar com vocês E logo me revolto Pra sorrir e chorar com vocês Pode até parecer regressão Mas o recomeço é a solução Pode até parecer regressão Mas é um recomeço

Dissociante

Minha energia está furiosa E faço preces de - que um mantra me acalme Minha luz não passa pela porta E peço amarras para que minha mão não te cale Esse ciclo vicioso de Marte em meu mapa Me deixa em constante declínio Na esperança de um herói, com ou sem capa Que me salve desse precipício De onde acabei de saltar...

3h35 (Fila Des-harmônica)

Tem sido mais fácil acordar em toda madrugada E acreditar que nada disso foi em vão Que o destino é uma opção Só tem sido difícil entender De quanto passos precisa para um espaço Queria continuar a tropeçar amarrando nossos cardaços Tem sido mais fácil deixar tudo em perfeita simetria Aquele transtorno obsessivo compulsivo Solidão dançante, me dê motivo Ouvindo Tim Maia, foi jogo sujo Agora é tarde, não tem mais jeito, o teu defeito Não tem perdão, eu vou a luta que a vida é curta, não vale a pena (...) Sofrer em vão

Uni-Versar

Muitos argumentam com religião E outros com teorias da relatividade Mas entre o Big Bang e o Gênesis Fico com teorias do que é gravidade Fazemos planos de ter um futuro bom Mas como está o nosso presente? Dentro do embrulho, surpresa, cupons O olhar d'um poeta ao Sol poente Só entende o brilho quem uni-versa suas estrelas Transforma suas paixões em cosmos Só entende o brilho quem uni-versa suas estrelas Transborda suas paixões em corpos Muitos argumentam com reflexão E outros com teorias de particularidades Mas entre um silencio e a canção Eu fico com o grave de onde a brisa bate E nós queremos ser melhores que os covardes Mas como está sua presença? Com medo de morrer e pressa que o dia acabe Sua mente entra em desavença Só entende o brilho quem uni-versa suas estrelas Transforma suas paixões em cosmos Só entende o brilho quem uni-versa suas estrelas Transborda suas paixões em corpos (...) Só entende o Universo

Dizimistas e Dizimados

Será que um dia entenderemos O porque de cometermos sempre os mesmos erros? Será que um dia acordaremos Desse sonho, que mais parece o pior dos pesadelos? Toda essa fragilidade exposta Um anseio de sair de leis impostas E toda pergunta sem resposta Em pesos nos ombros e nas costas Quem desistiu de viver já deve estar em paz a essas horas...

Herói do Sorriso

Uma árvore que tem as suas raízes fortes como correntes Não se defenderá de machados ou serras Mas se ainda portar essas raízes, ela crescerá novamente Dependerá de paciência e não de guerras Eis o homem bom, que amarra uma corda no galho Num balanço pras crianças que sonham Antes ele era chamado de brincalhão ou de pirralho Hoje é pai e não soldado aos que cantam Ainda assim, um herói ao sorriso...