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Mostrando postagens de fevereiro, 2022

Morpheus e Metamorfoses

O que está por trás dos portais Não é nada mais do que a insegurança  É a nossa falta de fé, nossa falta de esperança  O que temos em nosso passado  É a nostálgica saudade do que não se vive Mas que em fotografias insiste, ainda sobrevive O que temos de nosso futuro, eu temo E não é nada menos do que a insegurança É mais do que o medo, é a incerteza nas mudanças  Pois de metamorfose em metamorfose  Trilhamos um caminho de volta a nossa essência  Queremos ser quem já somos em reticências  Infinitas possibilidades de revoltar, se revoltar E ressignificar tudo aquilo que parece fúria  É o incômodo para sair desse cômodo de loucuras  Muitas vezes introspectivo ao que reativo Observo antes, para não ser o intrometido  Então me aproximo, faço contato com os nativos E aí sim visto a máscara social do extrovertido  Desinibido, acessível, amigável e comunicativo Ainda assim com um dos pés para fora desses ciclos Eu ainda não confio muito humanidade Mas é que sonhar sozinho é continuar a dormir

Vamos fazer uma nova?

No silencio dos olhares, uma frase que faltou Se se arrepende ou não, não me importo com o que restou E o que restou são cacos incoláveis para alma É como um quebra cabeça de mil peças, cascas e traumas  Me reconstruí bem torto, espalhado ao chão Ainda tento me ajeitar, mas me parece em vão Se levantar, se reerguer e sem ter onde pisar Sem ter onde se encostar, ou, apenas se apoiar Vamos fazer uma nova história Uma nova trilha Sem oferecimentos, dedicatórias Uma nova armadilha Vamos tomar uma nova direção Cada um pro seu lado Ritos de passagens ao coração O passado é aprendizado Como um pássaro livre, eu pousei em seus galhos Cantei para as suas raízes e voltei ao céu vasto Como um peixe de água salgada, não sei ir ao raso Conheci os sete mares e não entro em aquários Se aprendeu algo aqui ou não, eu não me importo Pois eu aprendi a ser livre e para jaulas, não volto

Folclórica

A mente cria, o corpo atua E a plateia observa esperando o desfecho O mito da Verdade nua e crua  Entre a realidade dos trechos e dos becos Alguns esperam pelas fases da Lua Não se arriscam aos sonhos e dormem em berços Outros se revoltam em frases da rua Caem e se levantam em um looping de tropeços São realidades diferentes na mesma realidade Em contos de fadas ou utopias Se dizem de bem e agem apenas com maldade Encontros de fardas e euforias  A Mentira levou as roupas da Verdade Que por vergonha demorou muito a sair As vestiu e saiu pelas ruas da cidade No quem é quem desse poço sem refletir E até hoje a Mentira vem vestida de Verdade Enquanto a Verdade, ela já nem se veste mais Pois os conservadores se conservam covardes Preferem a guerra vestida e não a despida paz São felicidades e são vitórias folclóricas Em uma vitrine cheia de troféus e glórias