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Mostrando postagens de setembro, 2016

Adeus Setembro

Adeus Setembro Nem deu tempo de pedir uma música É, passou rápido Passos de um tropeço cheio de culpas E eu que estava vendo Mas que estava com medo da verdade Outubro e Novembro O fim, o começo, o ciclo e as saudades Que bate, mas faz parte de mais um crescimento Adeus Setembro, ano que vem, talvez nos vemos

Cinco de Ouros

A gente se perdeu Um do outro Mas resta o perdão Como um soco No meio do peito Deixando lacunas d'um olhar Parte do meu verso Separar, escolhas à enfrentar O quanto eu deixei De lado ou no passado O quanto conquistei Que foi o fardo levado Dos ombros Mas também da alma Dos sonhos Mas também da casa E o que me faz falta Não é só de fazer falta É que algo foi pauta Parte de minha calma E essa é uma inútil reação Poesia sem canção Que não atinge o coração A tola lamentação E seguir é a única opção Levantar em qualquer direção Ao sair dessa escuridão Contemplar toda a imensidão Você já pode virar essa página E logo mais, retirar outra carta

Com Sequências

São tantas coisas Que quando você tenta relaxar, fica mais tenso São tantas bolhas Que não sai, pra não perder a direção do senso Universos tão pequenos lá fora E essa explosão de várias supernovas no seu peito O que mudou do antes ao agora É essa vontade extrema, de deixar vela aos ventos Não escolher mais um Norte Deixar tudo à mercê da sorte Acreditar um pouco mais num horizonte Pois a cada dia o nosso fim está mais próximo É nessa fé onde a fraqueza se esconde Pois a cada dia o nosso fim está mais próximo E não dá para acreditar Que todo aprendizado ficará com o espaço Somos egoístas à recitar Pois acreditamos, que é nosso cada pedaço

Pontes e Pontos de Vista

O Poeta da Lua e o Poeta da Rua Um na ilusão e o outro na verdade nua e crua Às vezes há um choque espacial Pois todos sonhamos e todos caímos na real Parece acidental, mas o Universo conspira Une os versos onde toda loucura se inspira

Docentes e Discentes num Bar

Estranho é a sensatez parecer insana Embaralho as cartas e tiro a sorte quase no mesmo lugar Repito em azares de quem se engana E se auto esgana, respiro como um trago do que é fumar Me sinto mais vivo ao me matar aos poucos E agir com a razão me parece coisa de louco Se estamos nesse mundo para sermos felizes Por que transformamos os melhores momentos em cicatrizes? E por que os sonhos tomam outras diretrizes? Esquecemos de ensinar e nos fazemos de eternos aprendizes... Mestres de mestres Basta parar um pouco para tentar ouvir, entender e refletir Ou alunos de alunos Basta parar um pouco pra desabar, desabafar e tentar sorrir

Jardim Necrópole

Mais uma vida se vai Por um bêbado no volante Inconsequente, inconstante Hoje o cão errante, amanhã o viajante Diante desse caos sufocante Irritantes e dissonantes arrogantes Dizendo-se seres pensantes E nada redundante, nada interessante Mais um segundo se vai E o amanhã já é presente Quantos anos já se passaram? O que ficou tão diferente? Demora menos pra dizer que ama Do que tentar esquecer E como é que isso se chama? Tristeza do amanhecer Do amanhecer sozinho...

Seu Alcides

Antes era mais fácil acordar cedo Sem ter medo ou incertezas Antes o pôr do Sol era mais bonito Um rito na soma de belezas Mas é só parar pra observar melhor E ver que está cada vez pior O descaso e a indiferença ao menor Depreciado na gota do suor Grandes escalas ou grandes patamares Mansões em lares Perto do esgoto, em madeirite ou lajes Inabitáveis lugares Construções que desafiam a arquitetura Poesias que superam a literatura A subsistência gerando uma nova cultura Visões que vão parecer loucuras Para quem não vê esse lado do muro, mundo tão imundo Para aquele que não saberia o que fazer se perdesse tudo Às vezes faço certo E parece que fiz algo extremamente errado Às vezes faço errado E aí me parece que estou certo por um lado Mas vejo também muita mente fraca Que acredita mudar isso com o poder de navalhas Seres sem salvação, ao olhar a farsa Quem rouba da própria espécie é um mero canalha Enfim, triste realidade Deus Vivemos para aprender o que

Em Sônico

Tudo parece perder o sentido Ou você acredita nas verdades que lhe convém? Explica a insanidade e o juízo Como seres únicos sem justificativas de porém? Tropeça em suas palavras Se confunde nos próprios argumentos Late aos cômodos da casa Intercede ao vazio de seu firmamento Os heróis perderão as suas capas E aquelas estrelas no céu, não cairão nunca mais O X será só uma marca no mapa Mas ainda não pisará nos pisos diferentes, rapaz Tentará esconder A criança que ainda há dentro de você Irá se arrepender E do sistema, tu apenas ficará a mercê De que valem os seus ideais... (fala demais) Se eles não te deixam em paz? (mala demais)

Costa

E eu que gritei pro vento Irrelevantemente Os sons m'eram tormento Inconsequentemente As frases eram verdadeiras Os medos, surreais E as partes eram sorrateiras Ladeira desiguais Caí e quem vai me tirar daqui?

Torrencial

Apertada, a alma se revira Cheia de rimas Concreto alicerce sem viga Lacunas vazias Uns parafusos à menos Das loucuras, o mesmo Falaria mais Eu tentaria sorrir Mas por paz Eu prefiro sumir E talvez dessa vez Eu diga estar bem E talvez, só talvez Eu finja estar bem As correntes seguem alguns caminhos Pra frente, mas sem saberem o destino

Serena

Mil palavras silenciadas De saturando ou se aturando Mil razões sintetizadas Acumulando ou cumulando As velhas frases - por doer, perdoar Mas se eu soubesse voar "au revoir"

Em Sensatez

Garimpando caráter Responsável pelas minhas verdades Calculando as frases De teorias, de práticas ou empasses Onde uma obra diz muito mais que o autor E a canção se torna mais racional do que cultural O poeta guarda suas rimas no bolso do amor E a harmonia multiplica o elemental no espiritual Pois nossas escolhas são controladas Falamos diferente e eles fingem que não entendem Desde horizontes à estáticas apáticas Andamos em outro pra frente, presentes e ausentes Tudo tem um preço Tudo tem um terço Tudo tem um berço E é tudo do avesso É... eles nunca vão entender mesmo!

Em Finito

Voltamos à estaca zero Adeus vampiro Mais um olhar sincero Me sinto vivo E renascido, eu respiro À sua versatilidade Reflexivo, eu me retiro Ao ver a insanidade Língua maldita e mal dita, aqui não Obscuro, em ascensão Críticas de quem nem sei quem são Ofusco, representação Apenas acena E aquele meu olhar blasé, não foi por querer Mas que pena Porque não há outro modo de observar você E não é ódio É meu pódio Fale o que tu acha Ouça o que não se encaixa Uma guarda baixa Um nocaute e a luta acaba Esgotando as possibilidades Sem entender o propósito de sua insônia Limitando-se ao que já sabe O veterano é aprendiz em cima da onda A maré leva quem ela quiser e quem quiser ela...

Extinguir

Após tantas mentiras Já nem espero mais Paisagens, pesquisas O fantasma se retrai Se retira, sem se quer aparecer nos retratos Deixa de existir o que nunca existiu de fato...

Poltrona do fundo

Ao aceitar a cruz Simbolizando algum peso O caminho da luz Junto aos hinos e enredos Entregues ao seu tradicionalismo Ficção que percorre gerações Um presente dentro dos abismos Onde a história faz ligações E traz lições de moral ou ética Livros sobre o inicio e o fim A comédia e a tragédia poética Uma Primavera sem jardim O Verão de minha fúria O Outono seco de mais um olhar O Inverno que sussurra Um frio vento a soprar e expulsar Pra bem longe de minhas estações Um Terminal para's minhas viagens No silencio, nas turbulentas ações Observando todas essas paisagens Passageiras como um rito na janela Orações, sorrisos Canções sem símbolos e sem velas Fones no ouvido