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Seu Alcides

Antes era mais fácil acordar cedo
Sem ter medo ou incertezas
Antes o pôr do Sol era mais bonito
Um rito na soma de belezas

Mas é só parar pra observar melhor
E ver que está cada vez pior
O descaso e a indiferença ao menor
Depreciado na gota do suor

Grandes escalas ou grandes patamares
Mansões em lares
Perto do esgoto, em madeirite ou lajes
Inabitáveis lugares

Construções que desafiam a arquitetura
Poesias que superam a literatura
A subsistência gerando uma nova cultura
Visões que vão parecer loucuras

Para quem não vê esse lado do muro, mundo tão imundo
Para aquele que não saberia o que fazer se perdesse tudo

Às vezes faço certo
E parece que fiz algo extremamente errado
Às vezes faço errado
E aí me parece que estou certo por um lado

Mas vejo também muita mente fraca
Que acredita mudar isso com o poder de navalhas
Seres sem salvação, ao olhar a farsa
Quem rouba da própria espécie é um mero canalha

Enfim, triste realidade Deus
Vivemos para aprender o que exatamente?
Sério, triste realidade Deus
O mundo está mesmo girando para frente?

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias