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Mostrando postagens de outubro, 2021

Aquele meu amigo

Com você em meus braços eu esqueço do tempo Às vezes, eu esqueço até de mim mesmo Com você em meus braços eu revivo nostalgias Faço planos pro futuro e componho a vida Tenho ciúmes de te emprestar, mas não sou mesquinho E ai de se você voltar com algum risquinho São os meus dedos que sempre te tocam por horas a fio É com você que surgem poesias e arrepios  Meu grande amigo, desde que eu comecei a tocar Que está comigo pra lá e pra cá Poucos vão entender a amizade do não desapegar Troco suas cordas sem pestanejar  Aquele meu amigo dos bons maus momentos Que no silêncio, tem os melhores argumentos

Cliché

Eu decidi me libertar e abrir as asas Respirar um novo lar, mas fora de casa Voar e sentir a brisa, sentir as brasas Mergulhar fundo e não em águas rasas Se até o ferro se curva ao fogo Quem sou eu para não me derreter de novo? Renascer entre um ciclo e outro A gente até se permite se reiludir aos poucos Mas quando somos ferro, tem que temperar E fazer dessa temperança, o verbo esperar Já pensei em voltar atrás, e, não é só superar Hoje não mais, é só para frente o caminhar Fantasmas são fantasmas e estão apenas mortos Passado é passado, independente dos corpos As lágrimas correm, secam e demarcam o rosto Mas as águas lavam, limpa e acorda de novo Eu tento não viver de nostalgias Cemitérios mentais Vivo como se fosse o ultimo dia Cliché, mas em paz

Meu maior abrigo

Procuro alguém que me desconstrua Mas que não me destrua Que multiplique e junto se reconstrua Parece uma eterna procura De alguém que bagunce o travesseiro E dê uma brasa leve do seu fogo Depois me ajude a arrumar o tabuleiro Em uma brisa leve do meu jogo Em polos, quero o imã Opostos, às vezes por baixo e outras por cima Em poros, minha rima Mentes, corpos, que me ensina em minha sina O que antes era apenas cisma A procura é pura, mente e cura A aura feminina em gasolina Meu combustível para loucura Nada, nem ninguém Pode acabar com os lugares pra onde fui e onde vou Nada, nem ninguém Pode desmoronar quem eu fui e quem agora eu sou Deixe ser e deixe estar Deixe ir, deixe voltar Somos gotas viajando Pelas ondas do mar Nós fazemos nossas histórias  Contamos detalhes a quem está disposto a ouvir Nós escrevemos nossas poesias  E recitamos veementes a quem se dispõe a sentir As canções tem algoritmos fora do digital Elas tocam muito mais do que notas Os refrãos são súplicas e preces ao as

Caça Palavras

Somos seres complexos demais E nossas historias são apenas fractais A areia na praia, uma gota do mar A estrela que brilha, o cometa que cai Somos a página de um capítulo Ou só uma linha do epílogo do livro A vírgula que não está no título Apenas um ponto do que está escrito Ou o que ainda não foi dito Exclusivamente um dos pontos da reticências  Apenas um lado do conflito Que insiste em pular as páginas em resistência Somos a palavra em seu momento hibrido Significamos bem mais do se tem visto Somos a caça horizontal, vertical sem sentido Onde muitos erram e não tem desistido Uma hora a gente acerta e completa o jogo Nós só procuramos a nossa rima Uma palavra que faça sentido, uma que combina E às vezes só olhamos pra cima Quando na verdade pode estar na próxima esquina Uma hora a gente acerta e completa o jogo