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Meu maior abrigo

Procuro alguém que me desconstrua
Mas que não me destrua
Que multiplique e junto se reconstrua
Parece uma eterna procura

De alguém que bagunce o travesseiro
E dê uma brasa leve do seu fogo
Depois me ajude a arrumar o tabuleiro
Em uma brisa leve do meu jogo

Em polos, quero o imã
Opostos, às vezes por baixo e outras por cima
Em poros, minha rima
Mentes, corpos, que me ensina em minha sina

O que antes era apenas cisma
A procura é pura, mente e cura
A aura feminina em gasolina
Meu combustível para loucura

Nada, nem ninguém
Pode acabar com os lugares pra onde fui e onde vou
Nada, nem ninguém
Pode desmoronar quem eu fui e quem agora eu sou

Deixe ser e deixe estar
Deixe ir, deixe voltar
Somos gotas viajando
Pelas ondas do mar

Nós fazemos nossas histórias 
Contamos detalhes a quem está disposto a ouvir
Nós escrevemos nossas poesias 
E recitamos veementes a quem se dispõe a sentir

As canções tem algoritmos fora do digital
Elas tocam muito mais do que notas
Os refrãos são súplicas e preces ao astral
Caminhos que se cruzam sem rotas

E hoje eu canto a busca
Não a de um outro ser, mas apenas a minha
Quem para, senta e escuta
Percebe o rito de passagem de quem caminha

Percebi que o meu oposto sou eu
E minha conexão precisa ser comigo
Que do destino, sou o meu deus
E meu abraço, é o meu maior abrigo

Não ando sozinho
Mas quando ando, estou bem acompanhado
Não ando sozinho
Mas quando ando, eu me sinto abençoado

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