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Cliché

Eu decidi me libertar e abrir as asas
Respirar um novo lar, mas fora de casa
Voar e sentir a brisa, sentir as brasas
Mergulhar fundo e não em águas rasas

Se até o ferro se curva ao fogo
Quem sou eu para não me derreter de novo?
Renascer entre um ciclo e outro
A gente até se permite se reiludir aos poucos

Mas quando somos ferro, tem que temperar
E fazer dessa temperança, o verbo esperar
Já pensei em voltar atrás, e, não é só superar
Hoje não mais, é só para frente o caminhar

Fantasmas são fantasmas e estão apenas mortos
Passado é passado, independente dos corpos
As lágrimas correm, secam e demarcam o rosto
Mas as águas lavam, limpa e acorda de novo

Eu tento não viver de nostalgias
Cemitérios mentais
Vivo como se fosse o ultimo dia
Cliché, mas em paz

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias