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Mostrando postagens de abril, 2012

Quarto do Vampiro (parte 3)

Meus pensamentos são astronautas indo rápido até a lua Minhas palavras são andarilhos pedindo carona nas ruas Meu coração é um pequeno ser aconchegante ao que interessa Minha alma espera por meus sonhos sem ter alguma pressa No fim do dia existe o cansaço, que por algumas noites foi esquecido Um agradecimento de arrependimento de um grande velho aborrecido Escapo para o espaço e entro num buraco negro, quando vejo meu castelo Me faço o palhaço de minha fortaleza e apelo pra tudo aquilo que é belo Um singelo flagelo do martelo Rei e bobo da corte em paralelo Esse meu show eu não cancelo Sorriam negros, branquelos e amarelos. Não os quero triste igual a um Otelo Sou a felicidade do credo em que velo Mas muitas vezes esse sorriso esta só do lado de fora da mascara Não que seja a simples falsidade, mas um disfarce, uma fachada A criança dita e o homem apenas escreve... A tartaruga que é lenta e a lebre que perde...

Outono...

É quando fazemos por fazer Que amassamos o papel É quando falamos sem querer Que nós caímos do céu Que você peça um pequeno milagre a seu deus Ou junte-se a esses deuses julgando um dos seus Empurre algum anjo para o inferno Faça nele algum machucado interno Deixe-o sozinho sem blusa no inverno Diga pra ele mentiras de algo eterno Que você peça um pequeno milagre a seu deus Ou ouça a chuva da manhã pensando em quem morreu Tentando imaginar onde ela possa estar Ou ainda imaginando que ela possa te escutar Sonhando que você ainda possa ouvi-la falar Acreditando que algum dia vão se encontrar Que você peça um pequeno milagre a seu deus Ou o faça perguntas sobre o porquê tudo aconteceu O porquê não nasceu em berço de ouro Ou se elas usam roupas de legitimo couro O que eles acham graça ao maltratar o touro Por que não fez solos quando era do coro Que você peça um pequeno milagre a seu deus E não fique aqui lamentado sobre tudo que perdeu Prefiro a musica que

Cinza

Estou na proteção de um guarda-chuva Estou acelerando em todas as curvas Estou esperando numa esquina escura Estou por aí, fazendo alguma loucura Sou a voz que não te pede nada Sou as frases a serem editadas Sou o som em vão da caixa selada Sou a obstrução de sua estrada Vou assistir a algum filme mudo No minuto de querer mudar tudo No segundo explosivo do mundo No futuro de quem será o sortudo É estranho gostar de algumas pessoas Por simplesmente elas existirem... O que elas fizeram? Te hipnotizaram?

Ainda Latente

O resto de protesto inconsciente Veemente em ainda estar carente O gesto de um incrédulo amante E um instante sem fotos na estante O tempo que complica E a distancia que arruína De longe está tão perto E o certo que é tão incerto A sabedoria, o vicio, a peça da coleção... E...  Se... Será? Que foi tudo em vão... Escuro tão oculto... E escudo tão duro... Cujo o fruto espera no mundo seu futuro

Um Descanso no Descaso do Acaso...

De certo modo um longo prólogo De tal jeito meio que... suspeito Numa rua escura em noite de chuva E a lua que continua vazia e muda A fumaça que apenas se espalha Não sou mais dono do meu sono Não consigo mais dormir, nem sorrir Dou adeus a paz que o silencio me trás Um violão me salva nesses raros tempos vagos! Um Descanso no Descaso do Acaso...

Angústia

Anotações são lembranças estendidas Nas frases arrependidas junto às feridas Lá está você nos pensamentos mais vagos E aqui estou eu, me sentindo um fraco Ainda não sei o que faço Ainda que eu sinta esse laço Talvez, agora, eu vá te odiar Por, ainda, talvez, te amar É estranho existir e ter essas cicatrizes Lembrando de momentos que foram felizes Nada alivia...

Imersão

Uma confusão em berros paralelos Que só atrapalham meu cérebro e credo Um dragão que aparece no inverno Pode não ser o quero, mas o que espero A chuva bela pela janela e seus ventos A visão do sol quando está nascendo Como os meus momentos em segredo E o que tenho feito nos meus pensamentos Desenho um caminho com uma tinta que não se apaga Mas consigo pintar por cima de algumas paisagens vagas

Desforra

Eu ainda temo sua teimosia em demasia Que sempre refazia a minha exagerada azia Desculpe minha sinceridade em maldade Mas é a verdade, não sinto qualquer saudade De suas frases covardes Você ainda assim se sente a malévola serpente Mas aquela luz irreluzente esta em ti ausente És a sobra da cobra que ainda assim se cobra E aqui se desdobra, faz que não se importa Com tudo a sua volta Onde esta o silencio que preciso? Sai daqui, preciso dormir!

Casulo

O corpo cansado e uma mente que não quer parar Um monstro amado e o espírito forte que aqui desaba Os pilares de uma ação em sua simples contradição E como num grande apagão, esperamos a ressurreição Pela manhã com o nascer do sol que sempre nos fascina Não olhos e sim vacina, somos de pele-osso e não maquinas Mas há tantos corações enlatados que nos desiludem Não desejo que mudem, se afundem ou até se fundem Quero andar em paz nas ruas ouvindo minhas musicas Sem uma única suplica, apenas minha incessante busca De paz interior

Terra de Capítulos

Síntese sintética em inércia com as mil vozes Constelação sem ação de Órion e os deuses Simples, secreta e modesta com poucas poses Cores, flores, odores e as histórias de seus amores Em um hipócrita sorriso Mascarado como amigo Velas apagadas antes do sétimos dia Na correria de sua pequena guerra fria Espaço e universo paralelo, infesto de restos Vários gestos em códigos secretos de protesto Perderam a fala e o tempo pra pensar Não sabem como agir ou se expressar Vão falar tudo aquilo que já está escrito E fazer como já foi dito em forma pedido Em um hipócrita sorriso Mascarado como amigo Vão bater na janela como o sol da manhã E amanhã com a chuva sem razão... Eu vou passar para a próxima pagina

Oração da Superação

A importância está no valor individual Cultivada em seu sabor desigual Quebrando barreiras da mente fechada Com muita crença na força regada Precisamos ouvir e sermos ouvidos Precisamos cair e sermos erguidos Precisamos de interesse e de paciência Precisamos do prazer e da consciência Eis aqui um servo da evolução Que apenas vos pede superação Metamorfose...

O Mártir e o Calabouço

Confuso momento eterno Que me faz pensar no que não merece ser pensado Fiz de tudo pra ser secreto Porem em meu inconsciente ele foi reencontrado Agora esse fantasma não me deixa dormir em paz O pior é que para esse carma, tanto faz! É tarde demais para imaginar qual seria a melhor ação Talvez ter me calado ou dito um simples “não” Em cárcere privado, acorrentado no escuro Um mártir sedado e julgado como maluco E por favor me socorra dessa masmorra Mesmo ausente "ela" frustra minha mente Quero que me levantem pra eu seguir adiante Peço mil perdões e de que valem minhas orações? A vela se apaga...

Um traço de aflição

A sensação mais estranha das palavras Suor frio em ânsia e fúria em elegância A sensação mais confusa nesse silencio Muitas perguntas e o medo dizer “nunca” Sou as traças da minha mente E a alma presa nas correntes Um fantasma nada contente Confuso com esse presente A sensação mais estranha das palavras O peito dispara e parece que não passa A sensação mais confusa nesse silencio E não faço questão dessa sensação Sem cálculos para esse obstáculo Maldito estado relembrando o passado E como se faz quando é tão voraz? Espero que pare, preciso de paz! Traço, paragrafo, epigrafo, um mantra Que cresce do lado esquerdo da garganta

Bateria Viciada

É o azar de algumas palavras que gera meu desinteresse E meu desabafo é como um silencioso som de rabiscos Desenhos e poesias embaralhadas como se algo se mexesse E meu desencargo é apenas a desculpa de alguns ciscos Não olhe para mim, olhe para o nada... Sou uma bateria viciada que precisa ser carregada

Quarto do Vampiro (parte 2)

É só parar para pensar e saberá o que falar É só saber a hora de se expressar ou escutar Tão simples como armar um plano E mesmo assim sair sangrando... Nem mesmo respirar é tão fácil As horas passam e os dias passam E das coisas que se vão ou ficam Uma coisa insisto em guardar... Minha vontade! Uma coleção de poesias amassadas No lixo jogadas e na mente enterradas Não é um cemitério e sim um cérebro Não é um credo e sim um inverno Quando vão entender, não me importo As horas passam e os dias passam E das coisas que se vão ou ficam Uma coisa insisto em guardar... Minha vontade!

Em Xeque

Existem verdades, mentiras e as coisas em que acreditamos Coexistente com personagens secundários que não sonhamos Aqui e ali... Ali e aqui... Existem maldades, bondades e as coisas que nós fazemos Coexistente com personagens otários que não conhecemos Aqui e ali... Ali e aqui... Seja pra onde você vá ou o que virá Até mesmo o que vai pensar ou fará Destino é a escolha de olhar pra frente ou pra trás Aqui ou ali... Não importa, é você quem faz! Xeque Mate...

Ciao

Frases perfeitas do sujeito imperfeito Pretérito simples que vem da alma e do peito Composto que é imposto ao injusto e afoito Suposto louco, sobreposto como um encosto Poesias da meia noite atravessando o mundo Relembrando por um segundo de quase tudo Todos os amigos e os amores do passado E uma antiga carta de um papel amassado Surrado numa caixa antiga Adeus de uma velha amiga A distancia mata algumas amizades Despedaça a felicidade com a saudade Mas fica na mente o que foi de verdade Só que infelizmente hoje é outra realidade Mas o mundo ainda gira E teremos muito “Ciao” nessa vida

Desejo

Realidade do nada sem os paladares Implacáveis e sedutores olhares Perfume que vicia antes de tocar É apenas curiosidade de deslumbrar Insaciável voracidade que não cabe em minha face Estraçalhar com muita vontade todas as suas partes