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Quarto do Vampiro (parte 3)

Meus pensamentos são astronautas indo rápido até a lua
Minhas palavras são andarilhos pedindo carona nas ruas
Meu coração é um pequeno ser aconchegante ao que interessa
Minha alma espera por meus sonhos sem ter alguma pressa

No fim do dia existe o cansaço, que por algumas noites foi esquecido
Um agradecimento de arrependimento de um grande velho aborrecido
Escapo para o espaço e entro num buraco negro, quando vejo meu castelo
Me faço o palhaço de minha fortaleza e apelo pra tudo aquilo que é belo

Um singelo flagelo do martelo
Rei e bobo da corte em paralelo
Esse meu show eu não cancelo
Sorriam negros, branquelos e amarelos.
Não os quero triste igual a um Otelo
Sou a felicidade do credo em que velo

Mas muitas vezes esse sorriso esta só do lado de fora da mascara
Não que seja a simples falsidade, mas um disfarce, uma fachada

A criança dita e o homem apenas escreve...
A tartaruga que é lenta e a lebre que perde...


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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias