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Outono...


É quando fazemos por fazer
Que amassamos o papel
É quando falamos sem querer
Que nós caímos do céu

Que você peça um pequeno milagre a seu deus
Ou junte-se a esses deuses julgando um dos seus

Empurre algum anjo para o inferno
Faça nele algum machucado interno
Deixe-o sozinho sem blusa no inverno
Diga pra ele mentiras de algo eterno

Que você peça um pequeno milagre a seu deus
Ou ouça a chuva da manhã pensando em quem morreu

Tentando imaginar onde ela possa estar
Ou ainda imaginando que ela possa te escutar
Sonhando que você ainda possa ouvi-la falar
Acreditando que algum dia vão se encontrar

Que você peça um pequeno milagre a seu deus
Ou o faça perguntas sobre o porquê tudo aconteceu

O porquê não nasceu em berço de ouro
Ou se elas usam roupas de legitimo couro
O que eles acham graça ao maltratar o touro
Por que não fez solos quando era do coro

Que você peça um pequeno milagre a seu deus
E não fique aqui lamentado sobre tudo que perdeu

Prefiro a musica que estou ouvindo
Enquanto leio a um simples livro

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Podem falar o que quiser Eu tenho a arte da refuta Mas eu não gasto com quem não escuta Me ponho no meu lugar de fé De boa firmeza e conduta Pois é todo dia uma nova luta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta Quem anda comigo é Dilê Sarvá meus Pais, meus Ancestrais  Que me protegem do sofrer E me guiam no caminho pela paz Podem falar o que quiser Mas se me colocar na disputa Se prepare pr'uma retórica astuta Me ponho no meu lugar de fé E se essa calmaria te frustra De meditação e respiração robusta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta (...) Mar calmo não faz bons marinheiros, eu sei Pois por onde eu ando é bem turbulento É frio e sombrio, missão que raros irão escolher Mas fazer o que? Eu disse que - Aguento!