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Mostrando postagens de fevereiro, 2015

Cover de Ninguém

Atualmente, escurece E a minha causa efeito É simplesmente a insônia Atualmente, amanhece E são só mais uns longos Cinco minutos na cama Atualmente, se repete Como série de anos 90 E as leituras de ciganas Atualmente, prazo expirado Estou um tanto inspirado A de joelhos, fazer algum drama Peguntar se me ama Não me virar quando me chama Deitar e rolar na grama E de sexta à noite Esse é meu programa Fazer nada do que é bacana Apenas livros e violão Cantando pras paredes Nada que faça ou tenha fama

Nosso Canto

Sinopse de música romântica Literalmente, acorde em meus braços Em reprise de uma série antiga Dois saudosistas e a nostalgia em laço E meus heróis nas paredes Eles são bem diferentes dos seus Não morreram de overdose Mas são imortais e iguais a Zeus A matemática do instante E a má temática de minha estante Soma que nos faz amantes É dividir para multiplicar o antes Você dá nota na minha poesia Lá, Sol em Si, a sua magia Lápis, sombra de uma fantasia No olhar, o olhar se refazia Canta comigo Que esse é nosso canto Cala comigo Em meu colo e acalanto

Entre Miragens e Paisagens

É menos E é mais, Não é questão de número. Não é questão, Nem sabedoria, É o silencio em sussurro. A Lua, As estrelas Em detalhes no escuro. As luzes, As certezas Em cima de um muro. Enigmático, Dogmático, Exemplificam o futuro. Ao chorar, Acalentar, Concluo ao confuso. Instinto, Extinto, Este que vai ao túmulo... Enterro aqui, trajando o que é terno, Talvez, eterno. Foi apenas o tanto que eu uni versos A esse Universo. Não espero a salvação em Liberdade, Fomos gerados dentro de gaiolas. Então, procuro além dessas Verdades, Que fazem das escolas, esmolas. Entregam em migalhas o que se espalha, Em batalhas, anexos de fornalha. Enfeitam de medalhas uma educação falha, Navalhas entregues por canalhas. Às vezes fico me perguntando, E outras, no quarto, não quero saber de nada Às vezes fico só, me recriando, E outras, apenas avoado sentado numa escada Encarcere Às vezes compondo In-Prócer Às vezes acampando

Nosso Vampiro-Tempo, Diz...

A velha politica de guerra Em ética para destruir E a série invicta se encerra Nossa natureza a ruir O homem volta à Terra Em seu pó, sem vir a ressurgir Essa vida não é Eterna No mesmo risco e ciclo a fluir Depois daqui, para onde vamos? Quem veremos? Depois daqui, onde nós estamos? O que seremos? O peito queima de medo A mente embaralha e deseja tirar uma carta O futuro vai acontecendo Acabou de ser presente, já é passado, infarta Nosso Vampiro-Tempo Diz que eu repriso segredos Nosso Vampiro-Tempo Diz que eu respiro venenos

Clareou - Primeira Final

A esperança se desfazia em meio aos escombros E a única voz se fazia de meu monstro Pesava como se fosse uma cruz em meus ombros Paralisado ao acordar de meus assombros A tempestade caiu e levou a escuridão A abonança surgiu em outra direção A saudade surtiu dentro da imensidão A felicidade sutil, se tornou canção Ao acordar só, eu ouvi um pássaro cantarolar Num efeito dominó que me fez levantar Contraditório ao insono, me coloquei a sonhar Satisfatório em prantos do que plantar A tempestade caiu e regou o jardim Me fez ver mais, muito além do fim A verdade se abriu entre nãos e sins Me fez acreditar muito mais em mim

Pipocas Saudosistas

O cômico Fausto Trágico ato E as mãos ao alto Sem assalto Talvez o roubo da atenção E em recreação, a recriação Crônico de fato Um eterno e um peralto Olhar tão exato Que é de gato para rato Talvez o sopro da canção Em toda benção, sua menção Calçadas e asfalto Em árvores, em matos O caro e o barato Mais um velho novato Chaplin e Chapolin, em geração Shakespeare, Chespirito da nação De todo estado Nervos a flor, o afortunado Da pele, rastros Em marés, ventos e mastros Talvez astros em constelação Faz-se a fascinação e fica a ficção O teatro Saudosista Do que já esteve na pista Os imortais artistas Juntam a fábula e o realista Meus filmes antigos saem das gavetas Cofres das mais raras estrelas e planetas

Excêntrico(s)

Tinta a óleo Cinta ao ódio Sinta o pódio Risca o obvio Minta sóbrio Vista o ópio Viva o ótimo E Giroscópio Na inércia do eixo Bússola de bolso A dialética do beijo Rustica ao solto Batom e perfume na barba Descobre não estar preparado Salton, espume e se acaba Desenvolve o vício de alienado Agora, torna-se um ateu E pergunta; quem é Deus? Lunático de peito Ártico Fanático sem o dogmático Democrático ao estático Simpático ao que é apático Faz-se didático ao falso silencio E ao mesmo tempo tem meu repudio e atenção Face de sistemático ao momento E ao mesmo tempo eu reluto para a pacificação

(Re)Desequilibra

Refletem libras Entre o desapego e a atração Redesequilibra O desatento em concentração Há de ser e será? Há de ver e verá! A partir do Caos Nasce a noite e a escuridão De veras, o mito Lógico, o rito da imensidão A nossa mente fantasia O que a palavra poesia

Gêmeos

Editorial Fábrica de costumes Celestial Máquina de volumes Perfume principal Reúne o essencial Pequenos frascos Segredos vastos Ao menos, claros Venenos de fato Nas máscaras de um novo ciclo Atômico, trágico e cômico Circo

Cervantes e Serventes

Botas cimentadas Rotas em pegadas Não há efeito sem causa Nem pensamentos sem pausa Não há assunto sem pauta Nem suas saudades sem falta E em mãos ao alto São os atos de fato O valor não recebe o seu devido Não sabe se ele tem somado ou se tem subtraído Se tem multiplicado ou dividido E com seus próprios punhos, a fera tem se ferido Os socos na parede de seu estômago Verão, de tempestades e relâmpagos

(Ser)Tão da Alma

Em pontos modernos Contextualizar as rasuras Em rubrica de caderno Rascunho sem gravuras Crases sem frases Em linhas sem direção E bases sem fases Nas sinas sem solidão Ser tão da alma No deserto há luz e nações  Sertão da alma E de certo, há alucinações Em branco, alguns traços apagados Os restos de borracha no apoio da mão esquerda No canto, alguns papeis amassados Gestos de arremesso, a maioria pra fora da cesta Busca imperfeições aos seus ciclos Ainda que a simetria, seja um vício

Licença, põem ética

Mundo de missões Daquele que não sabe pra que veio Mundo de razões De sentimentos ao que ainda creio Com licença, põem ética Com vivencia, faz poética Mundo de canções Refrãos, de poucas notas e ritmos Mundo de paixões Caminhos, sonhos, rotas e declínios Com ciência, põem ética Com eficiência da poética

(Des)Libra

Ausente em olhar Presente em lugar Lacuna a congelar O vazio vem vazar Tão cheio de nada Nos sonhos e nos horizontes Longe de estar perto Escravizando fontes, pontes Trazendo pra alma, as Cruzes Carnes e Terras Procurando na calma, as Luzes Mares e Trevas Tentar fechar os olhos para dormir Quando a insônia vem invadir Tentar deixar o seu pesadelo sorrir Quando a sua ansiedade sumir Suprir-se do que alimenta seu espírito Fazer de sua coragem matinal, um rito Em seu olhar forte E seu peito fraco Esconde que sofre E entra no barco Então rema Em meio a problemas Em poemas E seus vastos dilemas É apenas a saudade  De viver as poesias que escreveu Sentimento e vontade Juntos à jazias que em ti, cresceu Suas ideias vão fundindo  E te confundindo As reflexões vão reagindo Sem equilíbrio Em perfeito declínio Suas horas em fuso Num instinto extinto E é tudo tão confuso