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(Des)Libra

Ausente em olhar
Presente em lugar
Lacuna a congelar
O vazio vem vazar

Tão cheio de nada
Nos sonhos e nos horizontes
Longe de estar perto
Escravizando fontes, pontes

Trazendo pra alma, as Cruzes
Carnes e Terras
Procurando na calma, as Luzes
Mares e Trevas

Tentar fechar os olhos para dormir
Quando a insônia vem invadir
Tentar deixar o seu pesadelo sorrir
Quando a sua ansiedade sumir

Suprir-se do que alimenta seu espírito
Fazer de sua coragem matinal, um rito

Em seu olhar forte
E seu peito fraco
Esconde que sofre
E entra no barco

Então rema
Em meio a problemas
Em poemas
E seus vastos dilemas

É apenas a saudade 
De viver as poesias que escreveu
Sentimento e vontade
Juntos à jazias que em ti, cresceu

Suas ideias vão fundindo 
E te confundindo
As reflexões vão reagindo
Sem equilíbrio

Em perfeito declínio
Suas horas em fuso
Num instinto extinto
E é tudo tão confuso

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Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias

Nosso Canto

Sinopse de música romântica Literalmente, acorde em meus braços Em reprise de uma série antiga Dois saudosistas e a nostalgia em laço E meus heróis nas paredes Eles são bem diferentes dos seus Não morreram de overdose Mas são imortais e iguais a Zeus A matemática do instante E a má temática de minha estante Soma que nos faz amantes É dividir para multiplicar o antes Você dá nota na minha poesia Lá, Sol em Si, a sua magia Lápis, sombra de uma fantasia No olhar, o olhar se refazia Canta comigo Que esse é nosso canto Cala comigo Em meu colo e acalanto

Último Vagão

As pessoas, não só mudam Elas também se moldam Em seus sonhos se seguram E as folhas, elas podam Seus galhos, elas apresentam Suas raízes, elas fincam E tempestades que enfrentam São bonanças que ficam As cores se vão, mas sempre voltam E a saúde do nosso corpo, é Elemental As dores não são em vão, eles notam É também preciso que seja ela, mental Para que seu foco, força e fé vençam E que seus sonhos e crenças cresçam Das nuvens, fazemos imagens Dos horizontes, paisagens De qualquer destino, viagens E das histórias, bagagens A vida é só um rito de passagem Contos de fadas ou selvagens É onde adrenalinas são coragens E toda abordagem, mensagem No último Vagão entram e saem olhares vazios Raros, são os que te sugam e de repente, partiu