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Mostrando postagens de junho, 2015

Horácio (parte 3)

Apesar de toda a evolução Em sonhos, em aprendizados O Agora sem apresentação É o maior presente lhe dado O que vai ter, transforma o agora Em ansiedade ou angústia O que já teve, transforma o agora Em saudades ou loucuras

Horácio (parte 2)

Explosões, terremotos Gritos no silêncio, palavras jogadas ao vento Exclusões, territórios Seus complexos terços, metades e por centos Onde o tudo e o nada Se tornam o mesmo horizonte Caminho, caminhada Ao que aparece ou se esconde   Passam estrelas cadentes E alguns desejos não são realizados Dos que olharam para frente Não perceberam o que tinham do lado

Horácio (parte 1)

Aos caminhos, você para Ou separa os grãos Ao que se retrata e repara Prepara para oração A evolução de dois mundos O corpo e a alma Na restauração do ser único Liberdade, jaula No cliché de Sem sacrifício, sem glória O que não doeu antes, dói agora No cliché de O milagre vem ao que ora O que era interno, põe pra fora

Prefácio de Coexistência (Rascunho)

As nuvens nos provam Que vemos Apenas aquilo que nós Queremos A criança foge da realidade Criando um outra ou rabiscando E os jovem pintam a cidade De cinza, degradê, degradando E é no ópio do ser pensante Em sapiência, loucura e ceticismo Colisões diárias e ofegantes Entre as curiosidades e o cinismo Que está a obra de arte surrealista Vinda de um poeta já desapaixonado Em cores vivas que nos dão pistas Que nós deixamos e somos deixados Tudo tem fim e um círculo não tem sentido Apesar das suas voltas, nada volta Tudo há de vir em vinculo à mais um ciclo Reciclo de notas, valor que se nota Do preço ou da canção E o valor de quem não tem Do receio ou da reação E o sabor do que não vem

Plutônio

O que é fácil na vida de um homem? Às vezes nem o seu respirar é E estão nas lembranças que somem O preço de pensar, pulsar, ter fé O expediente do pedinte Nas entranhas do suor, vapor e Sol Invisível ao seu convite Sem cadarços, sem nós, morrer só Pode me esperar, que eu quero estar na chuva E pode testemunhar e assim desabafar pra Lua Olha, não vou mentir Que muito eu senti, por muito passei Que o tanto que sorri Foram minhas lágrimas que mascarei E não é de se esperar Quando algo te acertar pelas costas Nem tudo passa pelo olhar Que sem perguntar, fica sem resposta Então começa a sangrar... O nosso sentimento é como o plutônio que ocorre Assim que se desestabiliza, estremece e explode

Metáfora do Poço (A parábola do moço)

Existia um poço bem fundo Escondido num pântano, imundo Dois jovens curiosos caíram lá Um na metade e o outro no final O que caiu na metade tinha como subir E por horas tentou esticar a mão para puxar o amigo Porém a distância era alta, não iria conseguir Então ele subiu o poço e por horas deixou-o em perigo A falta de ar, a escuridão que chegava, ele perdeu a fé O tempo se passou dentro da solidão E quando não tinha mais forças, sentiu algo em seu pé Ecoou um grito de "-MEU IRMÃO" Ele trazia uma corda Que teve que buscar bem longe E isso nos dá a resposta Os meios, os fins e a sua fonte É preciso sair do poço para salvar quem está no fundo Não adianta falar de Deus, se não fala com Ele Não adianta falar de paz, se sente ódio Não adianta falar de liberdade estando preso Do que adianta falar de seguir em frente Se você mesmo Está parado no Tempo?

A Lei da Paz

Mostre compaixão ao mundo E então ganhe estigmas Ou mostre seu ódio, repúdio E assim, instigue mais É bem mais fácil criar conflito Despedaçar a fé dos convictos A Lei da Paz Foi escrita por um mero Barrabás Simples rapaz Que por hora, há tempos, aqui jaz E é bem mais fácil falar Do que se calar, escutar A Lei da Paz consiste no simples respeito Pois todos seremos jugados em nosso leito Em um resumo das várias frases de efeito Ter consciência de que nós temos defeitos Mas em verdade vos digo, a todo firmamento A Lei da Paz vai além do nosso conhecimento

Estátuas de Sal (parte 2)

Nós ansiamos pelo passado Por saudosismo puro Somos anciães amargurados Com medo do futuro Nossa ânsia está no óbito E nas passagens da questão Decesso em desejo óbvio De continuar aos que estão A Luz vem e o que farei?

Capítulo 27, Últimas Páginas

Com o passar dos anos os ateus ficam mais crentes Assim como os crentes vão ficando mais ateus Numa insensata busca pelas verdades de sua mente Acreditando no inicio em Ciência ou em Deus Mas vos digo; Entre tantas Ceras e tantos Serás Há um ciclo e um reciclo Uma Primavera, um Verão e naquilo que Verás Haverão vários versículos Capítulos narrados em livros para dormir Para botar medo ou fazer a criança sorrir

Do Cético ao Insético (Em questão de alguns segundos de dor)

A dor que eu sinto no peito, é muscular No impulso de pensar e no ato de desatar A dor que sinto no peito é de massacrar Nas máscaras a enfeitar e depois desabar Me encontro em uma vala, o vento se cala E o Silencio fala que o Tempo nunca falha Eu observo a Lua, que não precisa ser muito Ou mais do que já é, para nos surpreender É apenas um horizonte inalcançável ao surto Que está dentro de um sonho a se render Mas horizontes não são nada além de lugares Vagos, longes, a espera de milagres sem lares Andar, caminhar, respirar e de algum modo, chegar Assim então, entender Que dentro de horizontes há tantos outros horizontes Caminhos a percorrer Nós somos insetos na floresta desse Planeta Universo Em busca de um rumo que não sabemos se é regresso Mas nós, nós seguimos O que, eu ainda nem sei E chamamos de instinto O passado que eu trilhei A dor que eu sinto no peito de meu pé, foi de algo que chutei De tão bruta força, não percebi que eu mesmo me machuquei