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Mostrando postagens de abril, 2013

Eu não paro na próxima Estação

Expectativas geram decepção Olhares paralisam articulação Nada vale mais que uma ação Nem tudo terá uma explicação Nesse campo você não pede substituição Independente de qual seja a tradição Independente de qual tenha sido a infecção Independente do pulsar de seu coração Eu não paro na próxima Estação Nem na de trem e nem na de verão Nem Outono, Inverno Ou um eterno Inferno Nem na tal Primavera Ou qualquer atmosfera Eu não paro na próxima Estação Nem de ônibus, navio ou a minha intenção

Arena de Areia

Simplesmente não miro admirar Me refiro só ao que prefiro Deixo esse mundo girar e gerar Pretérito de mérito, me viro Me viro de um lado pro outro No mesmo travesseiro e na mesma cama O pesadelo é menor que o monstro Faça silencio e nunca diga ou finja que ama A não ser que odeie muito Sem sentido ao bater continência A não ser que odeie muito Sem sentido ao temer consciência As batalhas acontecem aqui Onde água não pode chegar Se chegar, chega a destruir Então no mar eu irei morar

Pseudo-Cowboy

Os olhos meio abertos As mãos que me protegem dos raios solares É assim que eu desperto Logo mais, lugares, colares e opiniões polares Faço esse caminho deserto Onde posso respirar junto aos mais populares Acredito que aqui me liberto Mas tenho a preferencia por mares e pomares É no interior que se encontra a paz interior...

Reencontros

Nostalgia, aquela musica na rádio Aquele filme passando na televisão Nostalgia, voltar para aquele estádio Aquele estágio de respirar a visão Nostalgia, aquela rua em que já passei Rever pessoas em um lugar comum Olhar nos olhos de quem sempre contei Ou apenas reencontrar algum álbum Quando o passado se torna presente Parece que alma deseja sair da gente

Cubo de Fronteiras

Vemos nas reações Nossas verdadeiras emoções. Vamos da paz interior Para a fúria com o exterior Vemos na consciência Tudo aquilo que se torna consequência. Vamos da nossa ilusão, Nossa visão e versão, ao nosso bordão. Vemos algumas verdades, Algumas mentiras, êxtases e piedades. Vamos odiando aos poucos O que nos fazia bem e nos tornou loucos. Vemos e vamos, vamos e vemos... Sem ao menos sermos mais que pequenos!

Plebe Museu

Certas esperanças já residiram, Mas aconteceram várias mudanças. Muitas decisões se concluíram E hoje se renovam as esperanças. O mundo gira, gira e gira, Sem qualquer direção ou mira. Modificando rubis e safiras, Trocando verdades e mentiras. Mas o que acontece, É que tanta coisa aconteceu. Para não acontecer nada Na coleção desse velho Museu. Mas o que parece, É que esse coração já sofreu. Sem nenhuma nobreza E por isso sempre foi um Plebeu. Nós crescemos e ao crescer tudo muda Se não fosse assim, nós ficaríamos para trás Caímos e às vezes levantamos sem ajuda Precisamos parar, pensar e assim ficar em paz

A Desculpa para não dar Adeus

Já acertei errando Mas nunca errei acertando De certa forma Se reforma minha plataforma Aprender e reaprender é sempre bom E lembrar é confortante Se estamos ligados pelo dom ou o som É o menos importante Estamos ligados de certa forma Sem formato, igual esse universo Estamos ligados sem uma norma Sem as mãos, versos ou adversos Pelo coração, alma ou mente Em uma estranha e muito confusa corrente Ainda nos veremos um dia Então levante a cabeça, abrace-me e sorria Até mais...

Zero ponto Zero

Ponto de partida E partidas sofridas Almas repartidas Disparos e corridas A mente perdida Mas não vencida Passos na avenida A face de homicida Não sabem nada sobre a sua vida Que não teve despedida Pessoas de cegas visões cometidas De uma historia não lida Julgue, decida na descida A criança nascida Ame em sua súbita subida A fera renascida Zero ponto Zero Zero, o ponto Zero

Tocar, Compor

Antes campainha Hoje, é o meu violão Antes só correria Hoje sento-me no chão Gosto de bateria Mas sempre faço destruição Gosto de companhia E às vezes, prefiro a solidão Finjo fazer poesias Mas eu adoro fazer várias canções Eu tenho minhas teorias Costumo colocá-las em meus refrões Já ouvi que azul  É a cor da parede da casa de Deus Já ouvi que azul É a cor de nosso teto e do manto de Zeus Musica fundida com poesia A arte que é cheia de alegorias

Olhando reto, mesmo assim tropeçando

Quando começa a não valer a pena É que tu descobre que a pessoa nunca valeu nada Quando não se muda mais a cena É que tu vê a perca de tempo e a vida paralisada Tento ser educado, mas muitas vezes sou bruto Nem todos são merecedores do meu verdadeiro sorriso Tente não chegar de fininho pra me dar um susto Que seja uma surpresa boa, pra ver em meus olhos o brilho Não sou legal e não sou chato Sou reflexo de minha visão Não sou distancia e não sou tato Nem sou sua luz na escuridão Sou um Totem com a cara feia Que apenas os loucos acreditam que trará sorte Sou uma carranca de caravela Não quero impor medo e sim o repeito ao forte Putz... acho que já fui abduzido!

Analogias

Sou aquele herói na tela Com mais vidas do que o necessário Às vezes sinto-me numa cela Olho pro glossário e perco meu horário Filmes, livros e músicas Que marcaram nossa infância Clássicos, são da lógica Do melhor de nossa elegância Ligação que se faz da arte Nos leva de Plutão à Marte Uma descrição feita aparte Glorificando nosso estandarte Conexão mental de gostos Composto e não oposto Visão completa de seu rosto Sem um suposto imposto O que nós achamos legal É o mesmo que nos torna igual

Caixa de Papelão

Chegar e enxergar O que estava do lado de lá E agora é do de cá Onde posso encontrar meu lar A visão ampla Foi feia para julgar o belo ou o feio A visão próxima Foi feita para perder o nosso receio As pontes, para atravessar Os caminhos, para trilhar As esperanças, para sonhar E as alianças, para realizar

O Lúdico contra o Mentiroso

A bandeira branca era um pedido de trégua Hoje, os punhos e gritos mudaram essa regra Fazem dos direitos uma mascarada entrega E na íntegra, mentiras que pregam com novelas A palavra Ditadura foi simplesmente trocada Pela palavra Preconceito Certos de que a Liberdade de Expressão É uma falta de Respeito Cansado de piadas para crianças Eu quero é muito palavrão Algemada gargalhada sem fiança Mas sem esperança... Não!

Passageiro

Posicionadamente torto Porém bem confortável Desço a janela de trás E tudo torna-se notável Daqui observo melhor que pelo retrovisor Não me preocupo com a distração em rigor Parte do braço direito pra fora Em verdade, só o meu cotovelo No pulso esquerdo, vejo a hora E o vento que balança o cabelo Estamos quase chegando ao nosso destino Me ajeito e me preparo para levantar o vidro

Guerra de Olhares

Consideramos inteligente O que pra nós, é muito interessante Consideramos que laços São traços do afeto que se faz cativante Se gostamos das mesmas coisas Então fazemos parte da mesma sociedade Olhamos pra fora com depreciação Tratamos o respeito com a nossa falsidade Não somos obrigados a gostar de tudo Mas nem por isso, temos de odiar o mundo!

Três ponto Zero

Conversando, nós podemos entender muito E também podemos entender quase nada Observando, ficarmos bravos com o gratuito E também podemos responder com risadas Hoje, há muita coisa que esqueci de dizer Fosse o que fosse, eu não me esqueci de ler Auge de muita coisa que esqueci de fazer Ruge sem pose, mas com um olhar de avidez Abro a janela e vejo uma Luz diferente a cada dia Ironia que irradia na maioria da vezes, com a melhoria Olho pro céu e vejo uma Lua diferente a cada dia Ironia que irradia na maioria da vezes, com minha alegria Três ponto Zero Três tontos Velhos Fez contos Cegos Mês nono, meu Ego Eis o porto Clero A ex que não Quero Não ter o Mero Vez e vez que Celebro A Deusa e o Nero Quatro pontos, o Afeto Os Avós e o Neto Céu azul, o nosso Teto

Teatro Burlesco

De tempos em tempos, mudamos Independente se é rápido ou se é devagar De ventos em ventos, nós voamos Sem medo de observar ou apenas vagar Do sempre e sempre, lutamos De vez em quando, nós até lucramos Não é raro quando superamos A vida é sempre essa, que nós levamos O único receio que eu tenho,  É de não conseguir me despedir Dizer o quanto foi importante Dar um forte abraço e depois sorrir A superação vem do quanto você suporta E a condenação do quanto você se importa Estamos sempre dentro desse Teatro Incessantemente esperando atos imediatos Onde há sempre esses aplausos ingratos E esperam contato do que é só um contrato Fecham-se as cortinas outra vez Até a próxima, senhor fregues

Doa

Brinquedo velho na caixa amassada Muitas historias a serem relembradas Álbum de fotos de cada aniversario O ser que se perde em vocabulários Há cartas que perdeu Há fotos que já nem existem mais Há plantas que colheu E fez coisas que você disse; jamais Fecha a caixa e doa Antes que o passado, doa

Aos Prezados

Parece que a idade volta Mas são só sorrisos de criança Não existe mais a escolta Mas ainda existe a antiga aliança Amigos, sempre são raros Poucos tem o nosso bom faro Reparos custam bem caro E aos verdadeiros, me declaro De muitos, eu sinto saudade Mesmo sendo poucos, os de verdade

Potestade

Alguns irão te seguir Alguns irão apenas sumir Alguns irão te punir Alguns te farão ressurgir Poucos irão te ouvir Muitos irão te medir Poucos irão só latir Muitos... irão partir Palavras, podem te ferir Livros, podem te induzir Canções, te fazer refletir Olhares, podem te reprimir Só você sabe o que irá sentir Tente sempre encarar e nunca fugir

Fuga para a Mente

Tetos de madeira, sem uma lareira Uma camisa de caveira Na beira da lagoa com uma cadeira Depois de descer a ladeira Depois da multidão Escolheu alguns dias de solidão Vara de pesca na mão Do seu lado, à direita, seu violão Uma janela sem vidro Onde entra frio e alguns mosquitos Observa melhor o brilho Fecha cortina, ascende vela e lê um livro

Ultimo Abraço

Hora de dizer adeus Embora possamos nos rever Hora de pedir a Deus Que isso ainda possa acontecer O que a distancia separa A ligação mascara O peito finge que repara E o pulso dispara Hora de deixar saudade antes da hora Antes de você ir embora

Zero (parte final)

Muitas coisas para construir E as mesmas pra te destruir Muitas coisas a te confundir E as mesma à vir te instruir Muitas coisas pra se corrigir E as mesmas a fazer refletir Muitas coisas que vão persistir E as mesmas você vai desistir O tudo, é o nada que você observa Teu tudo é aquilo que você preserva Os seus olhos vão apenas sangrar E em lágrimas vão se derramar Os seus corpos vão se desencontrar E talvez em alma vão se perdoar O tudo, é o nada que você observa Teu tudo é aquilo que você preserva

Seleto dentre Insetos

As mudanças são difíceis Porém, são inevitáveis As escolhas não são simples E conselhos, abaláveis Pessoas irão te jurar amores Pessoas irão te jurar o ódio Haverá os abraços e os rancores Nem toda visão será o obvio Nem toda palavra será a verdade Nem toda face séria terá maturidade Nem toda musica te trará saudade Nem todo sorriso se fará da verdade As mudanças são imprevisíveis E quase ninguém vai te entender As forças internas são infalíveis É sempre bom saber se defender Mas tente, nunca estar ou ficar sozinho Sei que haverá falta de carinho do seu ninho Também tente, nunca ser um mesquinho Sei que haverá muitos espinhos no seu caminho Há uma força maior que todas Ela é interna e sempre se externa Há uma força maior que todas Ela governa e às vezes desgoverna É espirito e é alma É resídio de sua calma Às vezes de trauma E às vezes de muita raiva Há vários tipos de mudanças e de transformação Há vários tipos de buscas por perfeição e evolução

Minha Liturgia

Alguns dias, eu paro mil vezes pra pensar Em outros, me deparo sem conseguir se quer falar Algumas horas, eu necessito parar e meditar E os outros não entendem esse modo de expressar Ah... o silencio, em meio à todas as vozes da minha cabeça Ah... me remendo, em musicas e livros, em intervalos e terças

Partido

Somos em vida aliciados ou aniquilados Escolhemos quais serão nossos fardos e lados Não vivemos num jogo de cartas ou dados Precisamos de mira, antes de jogar os dardos Somos a vontade de ser mais e até maior que tudo Foi implantada na nossa mente inconsciente, bem lá no fundo Mostram o bem sendo o mal, cegos agentes duplos Mostram um meio se bordas, sem histórias e sem escrúpulos No que ou em quem acreditar?

Guilhotina

Há potencial parado Há sábios que ficam calados Há vontade nos sonhos E todos com o mesmo sono Sabemos o que está errado Sabemos quem deve ser derrubado Sabemos sonhar e acreditar Podemos saber falar, mas e realizar?

Montanhas Imóveis

Atrás das linhas inimigas Você poderá ter um aliado Assim como também pode Ter um inimigo do seu lado Poder confiar em alguém Em realidade é tão bom E saber que confiam em você É bem melhor que um dom A Guerra, ela é só uma para sobreviver Mas as batalhas, são muitas para crescer

Não há Espelho Blindado

O ser solitário que anda em má companhia É o ser que mascara toda a sua agonia com a autonomia O ser que busca pelo que parece absurdo É o mesmo que pode encontrar e ser chamado de astuto  Há visões que julgam ações E trajetórias que tornam-se histórias Há ilusões de vulgos corações Nas trajetórias de derrotas e vitórias Nossos amigos e inimigos são meros mortais No começo e no final, somos todos meros iguais

Observando Táticas

É bem mais tarde do que pensamos É bem mais pulsante enquanto nós pulamos É bem mais simples do que julgamos É bem mais ávido que o modo que falamos O dono pode encontrar o cão que perdeu Mas o cão, esse nunca encontrará o dono que o abandonar O campeão mostra as honras que venceu Mas o perdedor, para que possa vencer, precisa se levantar Todas nossas escolhas se resumem No que fazer com o tempo que nos foi dado Todas nossas encolhas se presumem No outro ser, que à tanto tempo fica calado Qual será o próximo passo?

No Mundo da Lua

Estava apenas andando em órbita lunar Com meu passo devagar, em outro lugar Estava tentando observar daqui, a Terra E a guerra que se encerra atras da serra Estava deitado em uma bela cratera Sem Primavera, em outra atmosfera

Freio Verbal

Lentidão no processo ou no progresso Pode ser mental o recesso em excesso Faço de mim o silencio Quando não sei o que dizer Da visão eu me ausento Quando não sei o que fazer Posso até saber, mas às vezes impaca Qualquer frase desse ser tão babaca...

A Batida

Eu poderia falar Sobre primeiros encontros Eu poderia falar Sobre estarmos prontos Eu poderia falar Sobre o verdadeiro amor Eu poderia falar Sobre tudo que dou valor Mas às vezes fico relembrando sozinho Vejo todas minhas escolhas e todos meus caminhos Mas às vezes fico relembrando da batida Do peito, do som, do corpo e de todas as recaídas Eu poderia estar falando com a minha mente Mas nem ela sabe de verdade o que meu peito sente Eu poderia falar que a batida está abatida O que seria uma saída ao dizer que a mente foi vencida Não, não foi, ela continua funcionando Pensando e por enquanto, não falando...

Um dia terá Efeito

Ser humano, o ser imperfeito Sempre reclamando dos seus defeitos Seguem andando em despeito Pois eles sabem que tudo que têm feito Um dia terá Efeito São eleitos tirando proveito Presidentes e prefeitos que nada têm feito Todos suspeitos, ficando em leito Mas aqui se faz, aqui se paga e ficará estreito Um dia terá Efeito

Falso Ciclo de Piedade

Se vê diferente ao tonar-se indiferente E é nitidamente conveniente Sobrepor sua mente tão consistente Está a frente de muita gente Sabe falar tudo sobre antigamente E solenemente sobre atualmente A frase mentalmente é persistente Consistente que intimida a mente Totalmente, completamente e inteiramente Interiormente, o ser consistente e consciente Às vezes ausente em meu silencio sobriamente Sobre a mente inexperiente de entorpecentes Geralmente mentem e confundem os incoerentes Depois fazem correntes que gerem e se sedimentem

Acústica

Uma frase sem uma explicação Um verso do violão Abre aspas para a introdução Parte unica da canção Onde prosegue em evolução Contra-baixos e gaitas em perfeição Junto à essa bela composição E talvez a bateria que faça a destruição Ouça o violino ou o piano de fundo Sua audição parada por um segundo Para entender o que parecia confuso Para te explicar tudo em teu mundo Ah... a bela canção que te faz pensar Acompanhar, cantar e te faz relembrar

Testemunha Ocular do Universo

Olhando a chuva que cai Dando adeus a quem vai Sentindo o frio que se faz Com o vento que me traz Lembranças, esperanças Tempestades e bonanças Olhando pro céu escuro Criando algo atras dos muros Onde ainda me sinto seguro O maduro, imaturo e prematuro Parece confuso, mas eu penso muito Se não pensasse, aí me sentira maluco Pelo telescópio, espero por visita De gente bonita ou esquisita Para saber onde outro povo hábita Como se anda, orbita ou levita Observo meu sonho ou minhas loucuras Mas esse é o momento de ter minha cura

Devaneio em Arte

Nem tudo na mente torna-se imagem São raros os que recriam a paisagem Há alguns que apenas criam a miragem Rápida visão em seu rito de passagem Dá pra ouvir o som da queda da folhagem Dá pra sentir o tremor que faz a engrenagem  Dá pra ouvir o barulho do animal selvagem Dá pra fingir de cima do penhasco, a coragem É abstrata a abordagem Que se retrata em vantagem

Ao Sonhar

De baixo das cobertas Não tem frio e não tem monstros Mas também fora delas Há vida, luz, o ar e os encontros Ao Sonhar deitado, está apenas sonhando Ao Sonhar acordado, estará os realizando Ao Sonhar parado, está apenas planejando Ao Sonhar andando, está os concretizando Ao sonhar, basta saber em que mundo está Para saber o que falar e o quanto pode voar Ao sonhar, basta acreditar em que plano está Pra saber que ritmo dançar e qual tom cantar Com os pés no chão ou com os pés nas nuvens Há lápis nas mãos que fazem escritas e desenhos Com papéis na mesa há valores que equivalem E sem a ilustração, vejo um esboço do empenho Todos nós sonhamos Mas nem todos, os realizamos Vai do tamanho da fé Do sabor do café e do pontapé

Ah, a Fúria...

Ah, a Fúria, como eu queria não tê-la Eu queria que um cigarro não precisasse amenizá-la Ah, cega visão, como eu queria não vê-la Como uma suave musica que pudesse acalmá-la Ah, a Fúria, em que o tempo para Ainda assim gira, acontece e me atrapalha Por que insiste em me visitar?

Indiciado sem um Crime

Eles cortaram as suas asas E deixaram o pássaro fora da gaiola, não era mais um réu Por um momento se sentiu livre Mas por outro; ouviu sons, sentiu a briza e olhou pro céu O pássaro ainda não sabia o era a liberdade O pássaro que viu um sábia cantando de verdade Sentiu-se inferior ao abrir suas asas e não voar Sentiu-se mais inferior ao estar lá em baixo e cantar Indiciado sem um crime Por um ser que o oprime Vivendo em um regime Que mima, superior espécime Afinal, de que adiantou abrirem a gaiola?

Zero

O dia que passou e não aconteceu O dia que você respirou e não viveu O dia que se cortou e não sofreu O dia que brilhou e apenas anoiteceu

Sala Subterrânea

Há sempre mais que um segundo plano Apenas parece que eu faço o cotidiano Há sempre boas promessas ao novo ano Um novo toque do piano que vai soando Há sempre mais do que cicatrizes e danos É o  Silencio e não Soberanos no comando Há aprendizados que nós sempre passamos E é o sorriso que vence, qual seja o engano... Aspecto do ser infecto... que dorme Espectro em prospecto... que some!

Fones de Ouvido, os dela

Acorde que te desperta e harmonia que te liberta Ela passou por aqui e nem deixou o seu perfume Dissonante e assimétrico em meu momento bélico É tão confuso, sem som, mas bem alto o volume Ela não olha pros lados E eu já estou acostumado São seus passos apressados Que me deixam paralisado Fones de Ouvido, os dela A bela que sempre tem pressa Os passos corridos, é ela A musa a quem ensaio uma indireta Não sei que tipo de músicas ela ouve E quando ela passou aqui, não sei o que houve Mas passou a ser um tanto Platônico Acelerado a ser fato crônico, um tanto irônico Fones de Ouvido, os dela A bela que sempre tem pressa

Sua Trilha

Criamos nossos caminhos, Mas não controlamos nossos devios Planejamos nossos paraísos E não somos donos de nossos destinos A estrada só é esburacada Pra quem entrou na pista errada, Pra quem não viu a lombada Ou foi obrigado à impedir a jornada Sua Trilha sendo escolha ou obrigação É aquilo que teu espirito irá sofrer Sua Trilha vinda da mente ou do coração É aquela que só você poderá fazer

Eu moro no Tempo

Eu moro aqui, na rua das Estações Onde o tempo passa e passa Eu moro ali, em várias Versões Varição que diz faça e disfarça Eu moro no Tempo, meu templo Em cada foto ou vídeo que eu apareci Eu moro no Tempo, meu senso Em cada canção ou poesia que escrevi Apenas sinto-me em casa,  Onde meu coração está Mas apenas moro no coração De quem me deixa entrar Eu moro no Tempo e no Contratempo Às vezes me ausento, mas eu sempre volto Eu moro no Tempo e no Cata-vento Às vezes me perco, mas sempre me encontro

Livro que apoia a Mesa

Cadáver ao aquecer o couro Caráter de esquecer os outros Parte interna que se externa Enquanto hiberna em novela Torna-se um vulto e é tudo diferente Faz-se o novo mundo em sua mente Você está a criar e recriar sua crença Em presença de varias indiferenças Teórico de um novo passado Ateólogo de um santo feriado

Cavaco

Vem da prática a evolução E é automática a perfeição Ter a esperança é um dom Em meio a muito tom e som O céu, imensidão na calada Vai do azul ao cinza e depois o escuro Uma nobre arte emoldurada E a pobre, que é gravada em um muro Vai andando E podemos até falar de politica Vai acabando E veremos a religião apocalíptica Nossa mente perturbada Analogia presente e entediada Valor ausente em armada Sabiamente alterada em salada Cara, to ficando louco!

Outro lugar

Vazio no peito e lacuna da alma O vácuo e falha de minha calma O sorriso não se faz em declínio Gravidade da face que eu inclino Sentado em qualquer lugar Em meditação involuntária Olhando pra qualquer lugar Em minha reflexão otária... Eu, não estou aqui!

Ciclo

Há dias bons e dias ruins, O tempo que sentimos As paralisações, os motins E o luto que refletimos Há corte e a há cicatrizes, Os internos e os externos Há mestre e há aprendizes, Em ensinamentos eternos Há também a hora que o aluno ensina o professor Sobre a essência do inventor, escultor ou criador Sobre esse ciclo sem fim de perguntas e respostas De jogos e apostas, de crescimentos e propostas Onde tudo começa e termina... E sucessivamente, começa e termina!

Imagens que estão na mente

Imagens que estão na mente Regadas como se fossem semente Invisíveis raios ultravioletas Luz do Sol que apenas esquenta Imagens que estão na mente Desenhos que saem bem diferentes Fazer e refazer seus tópicos Visão do simples e do microscópico Imagens que estão na mente Mesmo num cenário que está ausente Leitura vinda de outra imaginação A recriação da ação feita com precisão

Laços, Traços e Passos

A ambição é um sonho com os pés no chão A indagação sempre se faz presente na visão A criação, a redação, a canção e a emoção A benção, a ligação, a estação e a direção O Universo, apenas ele, é a perfeição No céu vemos signos em demasiada Constelação Ele é a união, a ligação e nossa devoção E também a denominação da verdadeira dominação Laços, Traços e Passos Passo à passo rumo ao Espaço O que faço é andar descalço Passo à passo em cada pedaço A civilização torna-se aniquilação A aproximação torna-se interversão A confusão torna-se translação A intuição torna-se uma antecipação A instituição precisa de uma purificação Como a coordenação, de uma confirmação De tantas, há especulação e arrecadação Saber fazer a aglomeração para a evolução Laços, Traços e Passos Passo à passo rumo ao Espaço O que faço é andar descalço Passo à passo em cada abraço

O Dom

Em Castelos de areia Ou em Castelos de gelo Criança que vê sereia Ou artista de vasto zelo As criações de criaturas recriadas Nas ações ou assinaturas arriscadas O Tempo e a Arte, o Antes e o Agora Em toda a parte da nossa Metáfora O Dom que temos é Prática O gosto de Matemática ou Gramática As Invenções ou suas Táticas O Dom que temos é uma figura Apática O Dom que temos, são nossas Escolhas

Sua Fé

Promessas de melhoras Vitórias e não de penhoras Promessas de evolução Raras como a bela canção O sorriso que tarda A crença que se acaba O peito que se abala Uma luz que se apaga Mas lá em cima ainda tem estrelas, e, veja... Haverá uma cadente à cumprir o que deseja!

De Olhos Fechados

Feche seus olhos, quando quiser dormir Feche seus olhos, quando desejar sumir Feche seus olhos, quando for impaciente Feche seus olhos e encontre a sua mente Feche seus olhos, quando quiser criar seu mundo Feche seus olhos, ouça o som e torne-se mudo Feche seus olhos, quando quiser ter lembranças Feche seus olhos e poderá voltar a ser criança De olhos fechados você pode enxergar um mundo lindo Por isso muitos preferem ser cegos e fingirem seus sorrisos

São...

São os ventos que passam fortes e gélidos São rugidos, silenciosos, não aos meus ouvidos São os sons de batido e de longe, os latidos São móveis sendo movidos e não sendo polidos São insonias que tem me punido São escuridões do que é nítido São sintonias com os zumbidos São golpes que tem me ferido São as escadas que não tenho subido São todas as vezes que tenho sumido São pesadelos que não tenho temido São todas as vezes deveria ter partido