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Mostrando postagens de julho, 2015

Primeiro Andar

No começo tudo é tão belo Ficamos maravilhados E independente do castelo No meio é complicado E por que teve que ser assim? Bem rápido, chegou seu fim Trágico sim, mas o que enfim? Sorriso que faz falta pra mim De poucas curvas Quase que reto E Sincero, na sua Apenas honesto Fortes, são as palavras A saudade não me leva, mas eu levo ela Fortes, são essas asas A oração não é vela, mas eu ascendo ela Lembrar de você não me faz sofrer Pois tu me ensinou a crescer A querer ser aquele que vai vencer Garra que vem ser, fortalecer Sonhos que você me ajuda a ter acordado Acordo comigo profetizado e concretizado No primeiro andar Bem aqui na Terra Escadas, alcançar O ciclo se encerra?

(In)Versão

Alguns pregam palavras de aceitação Outros, imposição E alguns usam a cruz como a religião Outros, inquisição Mas Deus é muito, mas muito mais do que isso Ele é a paz, Ele é a humildade em compromisso Alguns interpretam Paulo, Corintios, Pedro Decoram versículos e parábolas E eu interpreto Sun Tzu, Quintana e Coelho Observo entre liberdade e gaiolas Eu sei qual é a minha escola E o que somo em mim, valorizar Sei o que é doação ou esmola E onde se paga pra economizar Tradução ao pé da letra não faz sentido Não é só o que sou Então me explica o que estou sentindo? Não é só um som...

Veras, Feras, Meras e Quimeras

Mais do que inspiração Lição de vida Mais do que respiração Ação e saída Passos e trechos Em acontecimentos e segredos E traços e erros O racionamento cheio de receio E na última bolacha do pacote Sem o recheio No eterno jogo de azar e sorte Mais um texto Vai lendo Entre a vírgula e o personagem Vai vendo Entre as vísceras e as paisagens É muito mais do que só a imaginação Narrativa, poesia ou canção Muito mais do que cicatriz, mutilação O tato, olfato, fato ou ficção Está além das leituras Está aí, bem, nas ruas

Teatros e Cortinas

Entre pródigos e prodígios Haverá desapegos e vícios E entre os restos e resíduos Ao fim, ao meio, ao início Entre códigos e esconderijos Haverá encobertos e vestígios Entre os liceus e os hospícios Loucos e sábios sem sentido... Se sentindo? Autoridades laicas Maioridade babaca Aos deuses e vacas Uma busca opaca Sua fé é fraca? Sua lagoa é rasa? Sua chama é brasa? Sua medalha é de lata? Vão perguntar E não importa a sua resposta Vão interpretar Uma visão imposta, preconceituosa Não importa o quão conhecem de ti Será mero personagem coadjuvante Se você mesmo em si, não se refletir Será deprecionante, mero figurante

(De)Linear em meio à Insônia

Esperava a vinda do sono Que já estava atrasado há horas Que passa por aqui e se vai, sem demora Morpheu deixou poucas poeiras Já passava da meia noite a essa abobora Sem ter receio, apenas me olhou e foi embora As noites em brancos ganharam linhas E as linhas ganharam frases cheias de rimas As rimas refletiam o que eu queria e assim sentia Às vezes o branco ganhava personagens Anônimos em meus desenhos, poesias e viagens Pontes que nenhum de meus sonhos me dariam de passagem A realidade de criar, inventar em ventar Sentir o sopro de uma narrativa a soar, sussurrar Em mil vozes que chegam com mil histórias a me ditar, meditar Quando o sono chega, já sonhei bastante Dividi o que espero multiplicar aos plebes e elegantes Frases distantes, que desejo que sejam penetrantes e interessantes E por que não, até chocantes? Consoantes, constantes e ofegantes! A todo instante vibrante e radiante e não, irritante...

Sem Latin ou Latir e sim, Destrategias sem Poses

Solitário cão de rua Está sem sono e sem forças Para uivar pra Lua Solitário cão de rua Num prato de lixos e moscas E já passou das duas Na companhia de frio e medo Em contagens regressivas ao relento E contagens agressivas onde corta o vento Passos de um vira-lata sujo Que nem sabe qual é o seu vulgo Ou ao menos, o que veio fazer no mundo Já nem clama mais por carinho E também não sabe o porque deste caminho Onde todos os olhares de pena o deixam mais sozinho Indigente aos maus tratos Não sabe o que é fazer alguns trapos Sem cadarços ou chinelo na boca, apenas ratos Às vezes aparece outro louco Emprestando o seu sorriso solto A quem possa dividir o seu tão pouco Só se sente livre quando não está só Não deixa os seus laços se tornarem nó E sim nós, outrora entre altruístas e atroz Mas o por hora é o que importa Não quer saber do antes ou após Mesmo que o momento seja veloz Ele é tão rico...

O Olhar de Lata, não Dilata

Eu não reconheço mais em ti A pessoa que eu conhecia Cheia de suas vãs filosofias E encapuzada nas teorias Talvez não enxerguei Do que os seus olhos realmente se enchiam Talvez nem apreciei Pois eles nada pareciam e apenas pereciam Em um vazio que nada preenchia E nem ao menos desejava ficar, ou, estar cheio Fez de seus afazeres mera afasia E na hora de correr, pisava fundo, mas no freio Suas poesias eram sobre as tristezas e nada mais Agora se chama Saudade, deixou de ser a Nostalgia E seu recolhimento é uma eterna busca pela paz Agora reclama com a verdade - Cadê minha Utopia? Trocou seu personagem que sorria, por um de pura melancolia Seus movimentos são inércia e não mais energia Trocou o personagem cheio de empatia por um cheio de apatia Seu olhar agora tem muita indiferença e agonia Foi diamante, foi ouro, foi prata e agora é só lata Só espero que essa corda, não seja sua gravata

Magno

Basta um simples oi Para a nossa conversa durar horas Basta reviver o passado Sonhar com o futuro, fazê-los agora Basta um vago bu... Para levarmos um susto E o que parece barato Poderá ter um alto custo Penso, logo existo E os pensamentos que divido Creio que multiplico Não é só no reflexo que reflito É só começar Explodir homenagens com o brilho É só inventar Esculpir personagens com sorrisos Tento, logo resisto Vejo, logo registro

Acordei com essa música na cabeça

Estava pensando em te levar Para algum lugar perto do mar Pode chover e pode até nevar Eu vou passar aí pra te buscar E agora sorrir, é meu ato eleito Olhar em seus olhos causa esse efeito Pode tentar me deixar sem jeito Mas depois me acolha em seu peito Hoje vou lutar e ninguém vai me deter Paz, amor, carinho e você Numa liberdade que quero me prender Paz , amor, carinho e você Acordei com essa música na cabeça Te fazer do bolo minha cereja Te trazer pra roda e foda-se a cerveja E ter pra mim toda essa beleza Mulher-aranha me prenda em sua teia Ou me leve pro fundo mar, seria Luz que candeia minha cela ou cadeia És pela janela minha Lua cheia Hoje vou fazer todas as rimas clichés São sobre paz, amor, carinho e você Hoje todas as verdades vão nos dizer Que é só a paz, amor, carinho e você

Um tolo sem um ouro de tolo

A gente cresce Mas não esquece Que prevalece Aquilo que aquece Em momentos, sorrir Talvez em brigas, discutir Em espelhos, refletir Ou em explosões, destruir Somos bombas-relógio Esperando que alguém venha desarmar Somos almas nos olhos Esperando em lágrimas, vir a derramar Sabe sobre lobo em pele de cordeiro? Sou cordeiro em pele de lobo Posso ter cara de mal e ser sorrateiro, Mas por baixo da pele sou tolo Nada de ouro, somente tolo mesmo...

Casa dos Ventos

Paisagismo O turismo da mente na pausa Fascinismo  O ilusionismo da mante rasa Seus sonhos são muito grandes Para ficar em sua casa Sua liberdade é tão interessante Então abra as suas asas Seus sonhos são maiores Que sua cama, realidades e farsas Faz de sétimas ou menores Na brasa, mora, vai lá, vai, arrasa Para esculpir Retiramos o que é desnecessário E para iludir Fazemos preces em um santuário Não sabe a força de suas orações Pede e nem sabe o que está recebendo Pois só alguns, fazem aquisições Outras pessoas só aprendem perdendo Isso, quando aprendem Pois normalmente se arrependem E aqui, não permanecem A mente longe e nem se ofendem Foda-se o que vão dizer Precisam de Tempo Mova-se se queres viver Olha aí, o Tempo...

Cantando

Quando quero machucar o coração Ouço um som do sertão E quando quero me exagerar feliz Ouço um samba de raiz Independente da emoção O que me soma, é a canção Em ritmos, frases, fração O milagre da multiplicação Não é só a bossa, ouça É toda a nossa força Roupas largas ou curtas O que tu veste, custa Independente de seu axé ou sua fé De chapéu ou boné Sendo você, da nobreza ou da ralé Malandro ou mané Sobre aquilo que acontece aqui dentro ou lá fora Cliché, que cantando eu mando a tristeza embora

Atenciosamente, Coerência

Minha prioridade Num curto período tempo-dia Onde bate saudade D'eu me revigorar em poesias E independente De Sol, chuva, garoa fina Eu não abro mão De todas as minhas rimas Foi uma identidade Que aos poucos foi criada E de ser tão cidade Como uma filha, adotada Sorrir  Sinto falta de só rir Sem ti Sinto falta de sentir