Pular para o conteúdo principal

Sem Latin ou Latir e sim, Destrategias sem Poses

Solitário cão de rua
Está sem sono e sem forças
Para uivar pra Lua

Solitário cão de rua
Num prato de lixos e moscas
E já passou das duas

Na companhia de frio e medo
Em contagens regressivas ao relento
E contagens agressivas onde corta o vento

Passos de um vira-lata sujo
Que nem sabe qual é o seu vulgo
Ou ao menos, o que veio fazer no mundo

Já nem clama mais por carinho
E também não sabe o porque deste caminho
Onde todos os olhares de pena o deixam mais sozinho

Indigente aos maus tratos
Não sabe o que é fazer alguns trapos
Sem cadarços ou chinelo na boca, apenas ratos

Às vezes aparece outro louco
Emprestando o seu sorriso solto
A quem possa dividir o seu tão pouco

Só se sente livre quando não está só
Não deixa os seus laços se tornarem nó
E sim nós, outrora entre altruístas e atroz

Mas o por hora é o que importa
Não quer saber do antes ou após
Mesmo que o momento seja veloz

Ele é tão rico...

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias