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Sem Latin ou Latir e sim, Destrategias sem Poses

Solitário cão de rua
Está sem sono e sem forças
Para uivar pra Lua

Solitário cão de rua
Num prato de lixos e moscas
E já passou das duas

Na companhia de frio e medo
Em contagens regressivas ao relento
E contagens agressivas onde corta o vento

Passos de um vira-lata sujo
Que nem sabe qual é o seu vulgo
Ou ao menos, o que veio fazer no mundo

Já nem clama mais por carinho
E também não sabe o porque deste caminho
Onde todos os olhares de pena o deixam mais sozinho

Indigente aos maus tratos
Não sabe o que é fazer alguns trapos
Sem cadarços ou chinelo na boca, apenas ratos

Às vezes aparece outro louco
Emprestando o seu sorriso solto
A quem possa dividir o seu tão pouco

Só se sente livre quando não está só
Não deixa os seus laços se tornarem nó
E sim nós, outrora entre altruístas e atroz

Mas o por hora é o que importa
Não quer saber do antes ou após
Mesmo que o momento seja veloz

Ele é tão rico...

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Verdadeira Oração

Uma paz de não estar aqui Uma meditação para chorar e sorrir Um motivo de ser e sentir O corpo cobrir, a alma vestir e partir Quando o arrepio não é calafrio Quando o escuro não é sombrio Quando o silêncio não é desafio Quando distância não é hospício Faz contato com o seu Deus...

O Verbo

Você nunca vai aprender o que acha que já sabe E olha, tem sempre algo novo para explorar Você nunca vai entender nem um terço da metade Porque é preciso investigar e se aprofundar A verdade que você conhece hoje, é apenas a sua verdade Mas tem muito mais coisas do outro lado da porta Dentro do seu mundo, nunca vai compreender a realidade Viverá no raso daquele do que não conheceu lá fora Então meu caro amigo... Consegue entender isso? Mas esse é o medo de quem te controla Não é e nunca deveria ser o seu Então saia dessas amarras, se desenrola  Para ser cético não precisa ser ateu A fé é composta e muito maior do que meros dogmas e rédeas  Aprenda com a sua caminhada e não com quem inventa regras O verbo se fez carne e habitou entre nós Cheio de graça, curou a sua cegueira Sussurrou aos poucos que ouviam sua voz E disse "vai, que essa vida é passageira"

Dilê

Podem falar o que quiser Eu tenho a arte da refuta Mas eu não gasto com quem não escuta Me ponho no meu lugar de fé De boa firmeza e conduta Pois é todo dia uma nova luta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta Quem anda comigo é Dilê Sarvá meus Pais, meus Ancestrais  Que me protegem do sofrer E me guiam no caminho pela paz Podem falar o que quiser Mas se me colocar na disputa Se prepare pr'uma retórica astuta Me ponho no meu lugar de fé E se essa calmaria te frustra De meditação e respiração robusta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta (...) Mar calmo não faz bons marinheiros, eu sei Pois por onde eu ando é bem turbulento É frio e sombrio, missão que raros irão escolher Mas fazer o que? Eu disse que - Aguento!