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Mostrando postagens de 2022

Ufanista

Quem enxerga apenas o que quer exergar Acaba entrando na bolha mais cômoda possível Idealiza e cria as suas sombras da caverna O pequeno torna-se mito e a realidade, invisível Essa é a raíz de todo o reacionarismo Ser livre dentro da própria gaiola Fatos são factoides e o voo é o abismo Distorce partes da verdade por fora Explica tudo o que pode com teorias rasas Se esconde dentro de sua casa E por baixo da máscara, não assume a farsa Pior, ainda acredita que arrasa É sério, não dá para levar a sério Vira piada de que é estéril ou que sofre adultério Mas é sério, poderia estar no cemitério Não faria e não faz falta para quem tem critério Vai dormir meu caro patrício Volte para o armário de onde nunca deveria ter saído Não é o fim e nem é o início É apenas o meio e você, a consequência do prejuízo

Siga a trilha

Para tudo se tem um sacrifício  O de ir e vir, mas principalmente o de ficar Ficamos entre vícios e exercícios  Sentimos o que foi por doer e o que é perdoar Pois só nós temos o poder de escolher O que queremos ganhar ou queremos perder Só não escolhemos a hora do anoitecer E assim entendemos o tempo ao amadurecer Agora, quem vai ou quem fica Não está no nosso controle ou em nossa posse Talvez no dom de ter carisma Mas não vai conseguir de volta com outra dose Nem esquecer, apenas sofrer mais Se o que quer é ser feliz numa taça de vinho E se é no passado que encontra paz Deve ter algo muito errado em seu caminho Porque a direção deve ser para frente, pro horizonte  Independente de Sul ou norte Nem que a ponte desmonte, dá o seu jeito, remonte Escale, pule, enfrente, suporte A velocidade em que você se levanta de cada tombo Tem a mesma proporção do quanto você é forte Às vezes paramos para respirar e entender o estrago E nessas viagens o que não é morte é passaporte Então, siga a trilha

Não sei

A vontade que tenho é de jogar tudo pro alto Virar a mesa e saciar a minha fúria com a ira A sensação é a de não querer estar acordado Virar para o lado e me cobrir sem curar a birra Nós damos passos maiores que a perna nessa rotina Os olhos estão abertos e a cabeça nem está aqui Onde a saudade bate forte no vapor salgado da retina É um quarto escuro no silencio que grita sem fim E geralmente me sinto solitário em meio a multidão Mas o pior é quando me sinto só em meio aos meus O que aconteceu com aqueles que falavam de união? O que aconteceu com amor nas palavras de seu Deus? O mundo está tão maluco ou sou eu, não sei... É sério, NÃO SEI!

Forças para continuar

Pontos de observação de uma paranoia saldável Ser feliz é bem simples, o difícil é ser bem simples nessas horas Traços de alienação de uma poltrona confortável De que nessa vida é complicado demais não complicar as coisas A complexidade vem de respostas incompletas A sanidade é vazia e cheia de seres rasos e mascarados O medo de errar te impede de acertar e te afeta Pois o vencedor é aquele que já experimentou o fracasso  Nós perdemos pessoas nas mesma proporção que elas nos perdem Mesmo que a partida seja amedrontadora ou um susto Hoje eu valorizo mais o esforço do que conquistas que se sucedem  Pois se ainda tenho forças para continuar, tenho muito E sim, eu tenho muito!

Drinks e Olhares

Entre drinks e olhares, muito se passa despercebido Lugares pra chamar de lar, outros de lar temporário Entre o horizonte e o Luar, observar sem tomar partido Não precisa, pois sente-se inteiro na utopia do cenário É futuro e é sonho, onde e quando pode planejar, vai longe Sua mente fica do tamanho do Universo e nada se esconde Na escalada busca o topo, a visão que terá no pico do monte Lembre-se quais foram suas fontes, quais foram suas pontes E levante-se, ande e chegue até lá, diga o que está sentindo

Tabuleiros (parte 2)

Quem se defende com mentiras Não aguenta ser confrontado com a verdade Quem culpa os outros ou a vida Permanece na zona de conforto, em vaidade Ou você aprende a apagar da sua vida Ou entra e sempre se apega Ou você se remonta em meio as feridas Ou volta ao passado, escorrega No fundo do poço você renasce ou simplesmente se enterra A alma que tem é a essência do que deseja é ser É no foço que se suja ou se lava, que se externa ou se interna E as armas que tem, estão apontadas para você Eu gosto de todas as rivalidades positivas Gente que ainda sabe levar na esportiva Ganhando ou perdendo, continuasua  amiga Igual a uma parceria que te põe pra cima Somos peças de tabuleiro nesse jogo Onde só quem é guerreiro defende o outro E metamorfos em cada canto ou topo Nos fortalecemos de meros mortais, ogros Pois entre cavalos e torres, reis e rainha Nem todo cheque mate é o fim da linha

Dualidades Viciosas

Na ressaca, é fácil dizer que vai parar de beber Assim como muitos dizem quando vão parar de fumar  Outros entram na dieta, tentam controlar o que vão comer Mas tem que ter força de vontade para parar de se intoxicar Não é fácil, porque por falta dos grandes prazeres Nós nos acomodamos e acostumamos aos pequenos Então voltamos no tempo e nos lembramos dos clichés Que nos menores frascos estão os maiores venenos Mas por que voltamos sempre nesse círculo vicioso? E então esperamos que o tempo faça seu papel e seja milagroso Damos desculpas de um dia preguiçoso e ocioso Pois são raros os momentos que somos corajosos ou impetuosos  Parece até um filme de Sessão da Tarde Que geral já viu, mas às vezes é o que tem Mais repetido que falar - Quem sabe? Mas quem sabe, ainda são vários poréms  Na ressaca, é fácil dizer que vai parar de beber Assim como muitos dizem quando vão parar de fumar  Outros entram na dieta, tentam controlar o que vão comer E você, ainda sonha com aquela pessoa que decidi

Sublime

Eu tentei entender se ela era essa sina Ou se era apenas uma assassina de sonhos Mas com o tempo a vida nos ensina A por fermento de reciprocidade no forno Pra ser sincero, é que de casca em casca Eu acabei me tornando impenetrável Muitas vezes senti saudades de bater asas Pois era raridade me sentir confortável Mas bastou um olhar, um breve soar de voz E eu  não enxergava mais nada Quem poderia imaginar, eu ressignicar o nós Ou que eu reveria anjos e fadas Hoje quando o som externo nos atrapalha Nós nos entendemos pela língua dos sinais E é com pouca luz no quarto ou na sala Que nos enxergamos com a leitura em braile A língua no corpo fala em nosso silêncio É o respirar ofegante do sereno O vidro embaça e o mundo fica pequeno Dá lugar ao suor nos escorrendo Só bastou um olhar, um breve soar de voz E eu  não enxergava mais nada Quem poderia imaginar, eu ressignicar o nós Ou que eu reveria anjos e fadas E hoje eu digo que o mundo dá voltas E quando para, para na esquina Erra por fração

Caderno de rascunhos

A sanidade é uma loucura E os sonhos tem sido um pesadelo Os pagamentos são faturas Fecho os olhos tarde e levanto cedo Ainda não desisti de sonhar E as batalhas são feitas de desanimo e cansaço Às vezes a luta é internalizar  Onde abaixar a cabeça para ela não é fracasso É entender o momento, Que ele não é eterno e amanhã tem mais Então cansado de lamentos, Superar a si mesmo em busca da sua paz Geralmente Só você sabe quem você realmente é Você sabe? Ou espera acreditarem em ti ou tem fé Os dois, não dá Pois quem espera, sempre depende dos outros Os dois, não dá Quem faz, se remonta em meio aos escombros  E simplesmente, é!

Eterna Metamorfose (parte 2)

A caminhada é feita de passos e de tropeços Escolhas e consequências, erros e acertos A caminhada é feita de términos e recomeços Presente e passado, novidades e desapegos Só é futuro quando você já se sabe o que quer São desejos profundos de quem em sua essência você é Quando navega e não se deixa levar pela maré Controla o vento, entende a tempestade e mantém a fé É bem mais fácil chegar a algum lugar estando decidido Pois não deseja ser, você é  Evolui, se aperfeiçoa, requinta e aprimora seus sentidos Pois não deseja ser, você é  Disposto a uma metamorfose diária, voa Renasce das próprias cinzas Atravessa barreiras, se equaliza e ressoa Não apenas ilumina, brilha Mas só você sabe a dor que é de passar por esse estágio De sempre se levantar quando é mais fácil ficar deitado

Pôr do Sol

Me sinto frágil a ponto de partir Mas não prestes a me repartir Nem dividir para tentar te suprir Pois não sou muito de sorrir Eu não sou de usar máscaras Sou de deixar os meus personagens, livros Seja introspectivo ou de farras Sou quem quero ser e ao morro, sobrevivo Sou de refletir e de reparar Significo muito mais do que o meu sonhar E no caminhar ao observar Busco a hora de cantar e a hora de me calar Sou presa fácil querendo romance Sou estrelas florescentes no teto ao alcance Sou peça enferrujada no desmanche Sou imortal em busca de mais uma chance De novo, me sinto frágil a ponto de partir Sei que fui ferido, mas também feri E eu, estou sempre disposto a reconstruir As coisas se encaixam se deixar fluir Eu não sou de usar máscaras Sou de deixar os meus personagens livres Seja introspectivo ou de farras Sou eu quem morre, sou eu quem sobrevive Sou de refletir e de reparar Significo muito mais do que o meu sonhar E no caminhar ao observar Busco a hora de cantar e a hora de me cal

Eterna Metamorfose

Quando algo não lhe cabe mais Fica desconfortável Se você veste, parece que não sai Reflete o desfavorável É mais difícil pra sair do que entrar Você até se esforça Se contorce todo até a peça se rasgar E só assim, joga fora O tempo passa rápido e os dias também Algumas pessoas se vão e logo a gente pode ser levado Talvez para nos encontrarmos no além Mas sei lá, não tenho certeza do que está do outro lado Tem tanta coisa para se desapegar E as lembranças boas ficam fotografadas Mesmo que elas nos façam chorar É como cutucar uma cicatriz aberta na alma A gente retorna várias vezes até não mais ceder  Abraçamos quem não nos abraça mais Quem nunca mais veremos ou não podemos ver De olhos fechados, a sensação é de paz Mas a nostalgia pode ser um caminho sem volta Então, não se deixe levar Pois as trilhas precisam ser percorridas em rotas Sem inércia, sem estacionar Ao parar, se encontrará perdido A floresta se tornará pântano Lamas do que não foi resolvido Chamas que vão se apagando Permi

(A)Pesar

A dependência é um ato tóxico Assim como a solidão também é e bem lá no fundo É preciso se dosar, reequilibrar E entender a culpa de seus atos solos e em conjunto Você soma ou subtrai, você divide ou multiplica? Podemos até perguntar, mas nem sempre se explica Normalmente tudo se complica e pouca coisa fica A loucura se intensifica e nossa sanidade se esquiva Contamos mentiras para nós mesmos Porque é cômodo demais se tornar um grande herói da própria história E assim fica fácil fazer o vilão ir preso Pois tudo que o outro faz ou fez, vai contra o que pensamos em retórica Na sua mente e na sua concepção de Universo, é errado Mas existe mais de um lado da percepção sobre os fatos Normalmente para quem vê de fora é tudo muito simples Por isso entramos em catarse eufórica aos dramas Sabemos para onde o personagem deve ir, onde é o limite Mas quando é sobre nós, não há um real panorama Só obstáculos, porque sentir na pele é bem mais complicado E sem cálculos, onde a empatia se torna uma pa

Cantigas de ninar dissonantes

Dentro de um condomínio não se enxerga a desigualdade externa Sentindo o ar condicionado não se percebe o calor do fim dos tempos Na busca pela luz onde muitos preferem se aprisionar na caverna Poucos abrem os braços para sentir a chuva, a tempestade e os ventos Só entende a luta quem sobe no ringue, independente da batalha Pode demorar, tudo se recupera, mas nem tudo tem saída Então não menospreze aquele que a única opção é usar a navalha Os riscos de quem tem pouco a perder e o pouco é a vida Essa disparidade só vê aquele que está do lado ou que já passou por isso Tem familiares levados por essa guerra daqueles que já nascem pra perder E quando vence tem que ficar provando diariamente como compromisso A luta não acaba pra quem nasceu fora dessa falsa meritocracia do vencer O progresso não virá como nos contos de fada Nem tudo é tão belo quanto você acha, criança mimada De dentro do castelo é simples de se dar risadas Mas se tivesse na nossa pele, seria mais uma fracassada 

Morpheus e Metamorfoses

O que está por trás dos portais Não é nada mais do que a insegurança  É a nossa falta de fé, nossa falta de esperança  O que temos em nosso passado  É a nostálgica saudade do que não se vive Mas que em fotografias insiste, ainda sobrevive O que temos de nosso futuro, eu temo E não é nada menos do que a insegurança É mais do que o medo, é a incerteza nas mudanças  Pois de metamorfose em metamorfose  Trilhamos um caminho de volta a nossa essência  Queremos ser quem já somos em reticências  Infinitas possibilidades de revoltar, se revoltar E ressignificar tudo aquilo que parece fúria  É o incômodo para sair desse cômodo de loucuras  Muitas vezes introspectivo ao que reativo Observo antes, para não ser o intrometido  Então me aproximo, faço contato com os nativos E aí sim visto a máscara social do extrovertido  Desinibido, acessível, amigável e comunicativo Ainda assim com um dos pés para fora desses ciclos Eu ainda não confio muito humanidade Mas é que sonhar sozinho é continuar a dormir

Vamos fazer uma nova?

No silencio dos olhares, uma frase que faltou Se se arrepende ou não, não me importo com o que restou E o que restou são cacos incoláveis para alma É como um quebra cabeça de mil peças, cascas e traumas  Me reconstruí bem torto, espalhado ao chão Ainda tento me ajeitar, mas me parece em vão Se levantar, se reerguer e sem ter onde pisar Sem ter onde se encostar, ou, apenas se apoiar Vamos fazer uma nova história Uma nova trilha Sem oferecimentos, dedicatórias Uma nova armadilha Vamos tomar uma nova direção Cada um pro seu lado Ritos de passagens ao coração O passado é aprendizado Como um pássaro livre, eu pousei em seus galhos Cantei para as suas raízes e voltei ao céu vasto Como um peixe de água salgada, não sei ir ao raso Conheci os sete mares e não entro em aquários Se aprendeu algo aqui ou não, eu não me importo Pois eu aprendi a ser livre e para jaulas, não volto

Folclórica

A mente cria, o corpo atua E a plateia observa esperando o desfecho O mito da Verdade nua e crua  Entre a realidade dos trechos e dos becos Alguns esperam pelas fases da Lua Não se arriscam aos sonhos e dormem em berços Outros se revoltam em frases da rua Caem e se levantam em um looping de tropeços São realidades diferentes na mesma realidade Em contos de fadas ou utopias Se dizem de bem e agem apenas com maldade Encontros de fardas e euforias  A Mentira levou as roupas da Verdade Que por vergonha demorou muito a sair As vestiu e saiu pelas ruas da cidade No quem é quem desse poço sem refletir E até hoje a Mentira vem vestida de Verdade Enquanto a Verdade, ela já nem se veste mais Pois os conservadores se conservam covardes Preferem a guerra vestida e não a despida paz São felicidades e são vitórias folclóricas Em uma vitrine cheia de troféus e glórias

Preces

Tudo o que eu quero é estar  Onde eu possa observar O horizonte e o sonhar O por do Sol e o Luar Tudo que eu quero é estar Onde eu possa subir e cantar Sorrir, contar histórias E também fantasiar Tudo o que eu quero é estar Poder ser eu, poder falar E com o som desenhar O que sua mente vai filmar As gotas chegando ao mar Levando do ar, o arco-íris  Pintando os peixes e as rochas Nos livrando desse Apocalipse  Tudo o que eu quero é estar Onde todos possam se equilibrar Dar as mãos, se abraçar Poder voltar a acreditar

Acordes e Cronos

O que eu procuro nesse tempo curto É um tempo extra para mim Às vezes entre os insultos e os surtos Eu temo e me assusto com o fim Eu não queria nada disso Me tornar um espelhos de achismos  Você silenciava em abismos Enquanto eu falava de compromisso Não quero me prender a incertezas Pois eu sei bem o que quero Me deixei levar por suas correntezas E eu fui do céu ao inferno Hoje procuro paz e eu procuro por mim Não sou o meu pirata, sou as minhas grandes riquezas Hoje busco o mais e encontro em mim Entendo qual é a minha força e qual é a minha fraqueza Existem pedaços de você que ainda tento recolher Mas são apenas cacos que me machucam quando eu piso Existem fragmentos do saber, do singelo aprender Todo sentido e tudo o que ando sentindo, já eram avisos Não estou só quando estou comigo Posso ser meu melhor amigo e meu pior inimigo É cliché eu sei e é muito repetido Mas é o que ando refletindo no caminho escolhido Me amar mais, me fez deixar tanta coisa para trás Coisas que no começo

As fases da sua própria Lua

Entender a si mesmo é um desafio Pois estamos sempre em constantes mudanças e evolução Somos como a correnteza de um rio Rasos ou transbordando, alternando velocidade e direção Ser evolução é gratificante, mas é muito doloroso E ser mudança é algo bem inconstante de se ter compreensão Tentamos trazer para o consciente o que é curioso Em negação, raiva, negociação, depressão e por fim aceitação Entender as fases da sua própria Lua  É como estar numa montanha Russa E somos crianças nesse ciclo De entrar na fila, se divertir, sentir adrenalina e enjoo De entrar na fila, se divertir, sentir adrenalina e enjoo  Até que uma hora as luzes do parque se apagam E você tem que voltar pra casa...