Eu tentei entender se ela era essa sina
Ou se era apenas uma assassina de sonhos
Mas com o tempo a vida nos ensina
A por fermento de reciprocidade no forno
Pra ser sincero, é que de casca em casca
Eu acabei me tornando impenetrável
Muitas vezes senti saudades de bater asas
Pois era raridade me sentir confortável
Mas bastou um olhar, um breve soar de voz
E eu não enxergava mais nada
Quem poderia imaginar, eu ressignicar o nós
Ou que eu reveria anjos e fadas
Hoje quando o som externo nos atrapalha
Nós nos entendemos pela língua dos sinais
E é com pouca luz no quarto ou na sala
Que nos enxergamos com a leitura em braile
A língua no corpo fala em nosso silêncio
É o respirar ofegante do sereno
A língua no corpo fala em nosso silêncio
É o respirar ofegante do sereno
O vidro embaça e o mundo fica pequeno
Dá lugar ao suor nos escorrendo
E hoje eu digo que o mundo dá voltas
Só bastou um olhar, um breve soar de voz
E eu não enxergava mais nada
Quem poderia imaginar, eu ressignicar o nós
Ou que eu reveria anjos e fadas
E hoje eu digo que o mundo dá voltas
E quando para, para na esquina
Erra por fração de milímetros em rota
Mas que acerta ao que se destina
No fundo, talvez a gente já se conhecia
Ou tínhamos tudo para termos nos conhecido antes
No fundo, talvez a gente já se conhecia
Ou tínhamos tudo para termos nos conhecido antes
Uma luz no fim do túnel, antes vazia
Preenche aquilo que parecia faltar em um instante
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