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Mostrando postagens de setembro, 2023

Caboclo da Selva de Pedra

Geralamente sou um esperançoso realista E às vezes, um pessimista sonhador Meu comportamento é catastrófico e sofista E de retórica em retórica, o bom humor Uso do sarcasmo com o meu próprio tropeço Dou risadas daquilo que me machuca E não que isso mascare a dor ou me faça cego Mas aprendo quando alguém empurra Principalmente quando vem e me derruba Porque sei que o mundo não para E já aprendi a me levantar, a vida continua Falem pelas costas ou na sua cara Fazer o mal, não te torna melhor que o outro Até para ser sincero, é preciso de alguns filtros Não será herói fazendo do adversário, monstro Afinal, é você quem cria seus próprios inimigos E de traumas amigo, o mundo tá cheio Vai se tratar, se você ainda não sabe para o que veio Isso se quiser entender os seus receios Saiba que até para acelerar é preciso ter bons freios Então para, respira, senta e observa Isso tudo ao seu redor é uma floresta É preciso se adaptar, sobreviver a ela Concentre-se e ouça o som da flecha 

O Verbo

Você nunca vai aprender o que acha que já sabe E olha, tem sempre algo novo para explorar Você nunca vai entender nem um terço da metade Porque é preciso investigar e se aprofundar A verdade que você conhece hoje, é apenas a sua verdade Mas tem muito mais coisas do outro lado da porta Dentro do seu mundo, nunca vai compreender a realidade Viverá no raso daquele do que não conheceu lá fora Então meu caro amigo... Consegue entender isso? Mas esse é o medo de quem te controla Não é e nunca deveria ser o seu Então saia dessas amarras, se desenrola  Para ser cético não precisa ser ateu A fé é composta e muito maior do que meros dogmas e rédeas  Aprenda com a sua caminhada e não com quem inventa regras O verbo se fez carne e habitou entre nós Cheio de graça, curou a sua cegueira Sussurrou aos poucos que ouviam sua voz E disse "vai, que essa vida é passageira"

Desenhando diferente

As pessoas têm medo do que não podem ver Daquilo que elas não podem controlar O futuro é só o desejo que querem conceber Bem muito antes da hora dele chegar  E por isso nem todo pagode acaba bem Nem todo romance tem final feliz Por isso nem tudo que vai, um dia vem  Precisa deixar ir se não criou raiz  São folhas secas nos ventos de outono  São princesas nas janelas esperando  São reis e rainhas sem castelo ou trono São príncipes sem cavalo cavalgando Nem nos livros ou nos filmes de heróis Ninguém pode fazer por nós Nem num sonho lindo ou pesadelo feroz Ninguém pode cantar por nós  Somos a soma dos nossos traumas e curas De ciclos e reciclos, de muitas aventuras  Mas às vezes somos só a postura da bravura Doces e amargos, na mistura das leituras Muito mais do que se pode ver Sem limites para o que pode acontecer E eternas crianças ao absorver Desenhando diferente ao amadurecer  Para entender o seu erê, tem que voltar um pouco E deixar o medo de ser julgado por parecer louco