Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de julho, 2021

Ondas

Socos na parede não mudam acontecimentos Apenas causarão fraturas na mão e no pulso E controlar a raiva causando mais ferimentos É algo irracional advinda de nossos impulsos Sim, nos ferimos porque nós mesmos já nos machucamos Estamos sempre socializando de uma forma teatral E para sermos aceitos, é nos sorrisos que nos disfarçamos É dizendo que está tudo bem, quando vai tudo mal Me disseram que tudo que bate, uma hora volta Não creio que seja exatamente dessa forma, acredito no movimento É como os rios fazem seus caminhos, os moldam Ou como os mares desenharam montanhas tão lindas com o tempo A vida é essa água e os erros e tentativas, são as ondas Nos moldam, criam rachaduras e deixam a parte mais forte aparente Criam uma paisagem bela, de que não mais a escondam A força da natureza é o que nós temos, setenta por cento água presente Onde vamos, também podemos moldar

Solo

Com poucos eu me encontro E por muitos eu passo Observo as peças que monto Pra ver onde me encaixo Eu imponho os meus prazos Acredito mais na lei atração do que na do acaso Não debato contra discurso raso Quando o percebo, deixo falando sozinho e vazo Sou mais do que mero reflexo Sou um mergulho fundo na alma Sou uma fúria aos perplexos Sou a calma perante aos traumas As batalhas deixaram cicatrizes Muitas e a maioria delas, ninguém vê Não são superficiais, são raízes  Que me fortalecem e me fazem crescer E de armadura, eu sei que aquilo que não me mata me deixa mais forte Mas não deixo de agradecer todo dia à Deus, o tamanho da minha sorte

Impulsivos

As composições mudaram As formas de criação E meus demônios lutaram Entre si, em vão Fui a um santuário Complexo, sem chão Me deram escapulários  Pediram oração E ponho a me deitar Tentar meditação Penso em me editar Fração por fração Sou passado presente De um futuro ausente Sou sonhos frequentes E desejos permanentes Sou a liga que me desliga Sou a libra que desequilibra Sou as novas frases antigas A criança que ainda se fascina Sou quem olha pra longe Perdendo os medos  E observo o horizonte Recriando enredos Sou apaixonado pela assimetria Que irrita os obsessivos compulsivos  Sou apaixonado pelas fantasias Dos impulsivos que fazem o impossível