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Mostrando postagens de setembro, 2017

Sentimentos Agudos em Notas Tristes

O que acabamos nos tornando? Como chegamos onde estamos? Aos detalhes que se calibra E mesmo assim se desequilibra Caminha ao que se imagina Enfraquece meus ossos e fibras A gente dorme de um jeito e acorda de outro Em que casa a Lua deve estar? A gente some quando nos convém desesforço Qualquer varanda, sala de estar Somos inconsciência E somos impaciência Tenho minhas manias estranhas e lineares Que bagunçam toda uma estrutura Quando volto a te ver em todos os lugares Tento me convencer que é loucura Nossas baterias estão cheias de contratempo Mas eu ainda consigo acompanhá-las Eu abraço nossa contramão e corro desatento Em vozes que só eu consigo escutá-las Durmo em pesadelos feitos de neve e Luz opaca, astral Não consigo ler as placas, é a insônia, é a ressaca moral

Sagitta

O que o sorriso esconde? Garras ou solidão? O que o silencio esconde? Planos ou indecisão? O que escondemos do mundo Desenhamos mapas e colocamos em garrafas sem vida Para talvez, alguém encontrar Mas as possibilidades são pequenas e sua fé menor ainda O seu quarto torna-se escuro e bagunçado E nem o feche de luz do Sol te faz bem As escolhas de músicas, são seu pior lado Mas o que te faz mal, na real, vai além No Big Bang, o Universo que criou pra ti É você mesmo Em meio à Supernovas que vão explodir Estão aí dentro E por isso parece tão vazio...

Cruzeiro do Sul

Somos cheios de linhas tênues Entre o arriscar e a insegurança Somos cheios de linhas tênues Entre todas ilusões e esperanças Desabafa, desaba ou deságua Reprimido e é nítido que está destruído Diz, abafa, mas não diz nada Observa tudo enquanto embaça o vidro A verdade pode até te machucar Mas é totalmente libertadora e criadora Onde a paranoia pode complicar Entre mentes vencedoras e acolhedoras A sua fé o curou Somos os nossos anjos e demônios O seu lobo uivou Somos feitos de coração e neurônios Ainda ouço mil vozes Que me contam mil histórias diferentes Entre mansos e ferozes O meu Eu interiormente e inteiramente Ao que é se descobrir ou se destruir Se contém para não ter que explodir

Montanhas

As flutuações dos planetas E das cartas nos dizem muito São desenhos nas estrelas Frases de ternura e de insulto Na luz e na escuridão perfeita Entre o enxergar e o ofuscar Em linha reta ou curva estreita Não voltar, mas redirecionar Somos como trilhas na escalada de uma montanha Onde bem poucos querem chegar ao topo Muitos preferem ficar nas suas casas, de campana Sem sentir o vento, o sopro em seu corpo Só querem chegar ao final Os que sabem quão bonito é o horizonte visto de lá Abrir os braços como ritual E gritar bem alto que "É bem aqui onde quero estar" Se você não é uma montanha Tente ao menos encontrar a sua Pode parecer singela façanha Como observar as fases da Lua Encontre algo que queira ser E que esse estar, seja em você

Se Repete

Vamos do Maquiavel ao maquiável Em tudo o que você espera que esperem de você E da síndrome do TOC ao intocável Da limpeza superficial sob o tapete que não se vê Nós não somos nem raízes ainda Somos frutos de sementes que nem plantamos De onde toda chuva é bem vinda Somos a pressa nas preces de alguns cânticos De todas as vezes que eu chorei pra dentro Me remoendo em remendos Ou das vezes que me enforquei por dentro Entre os nós de meu silencio Tive algum lampejo esperança Pouca, mas foi o suficiente Onde sobrevivência é herança Decrescente e descendente Você sabe quais sementes se tornam árvores? Ninguém sabe, nem a própria semente Você sabe quais sementes se tornam árvores? Ninguém sabe, nem a própria semente

Castelo de Gelo (parte 2)

Silencio e você sabe disso Não tem destino incerto Discreto e você sabe disso Decreto que és concreto Mas e a força das palavras As honras em medalhas no peito Mas e a marcha pra batalha Nas linhas de frente que enfrento Saber o que dizer Mas não saber como Saber o que vencer Mas não saber como Em minha insônia da calada Minhas poesias em vão amassadas O que era teu e sobrou nada Sobre refazer a canção fracassada Tiveram outros nomes Tiveram outras almas Mas só tu és uniforme Mas só tu foi escalda Onde a ferro e fogo tornei-me a espada O escudo e a armadura Devasto caminhos ao tornar-me estrada Horizonte sem pintura Hoje eu deixo a noite me abraçar Desabafo com todos os meus demônios Eu deixo a escuridão me iluminar Desmascaro todos os infames sinônimos Calo-me com o meu despertar Meu relógio atemporal vem me acordar As ondas chegam de outro mar Das conchas de minhas mãos, o sonhar Distraído com a paixão Seguei mente e coração Era bom pensar o

Melindre e Esmere

Queria falar das flores, suas cores e perfumes Mas, algumas são cheias de espinhos e venenos Queria falar do horizonte, de sonhos e futuros Mas o que está distante, não está em seus dedos Aquilo que não se guarda, é algo que se perde Desaparece sem deixar pista E creio que a confiança seja um mero presente É algo que não se conquista Nem ao menos se reconquista ou simplesmente se caça Queres a paz, então que você mesmo a faça Nem tudo que brilha é taça ou nem todo olhar é ameaça Sobre a esmola ser demais ou nem de graça Sei que o menos é mais E quem fala demais, eu nem paro pra ouvir Sei que o menos é mais E que eu jamais deixo de parar para refletir Gosto dos mínimos detalhes E de contrariar as suas informações Não observo muito os lugares E te contaria todas minhas infrações Mas ainda não assumo o compromisso De tirar horas de prosas ou para fazer novas amizades Muitas vezes desconfiado, sou omisso Embora eu tente em sonora desconstruir essa realidade So

Chuva Negra (parte 2)

Me refaço nítido Transparente no olhar De pouco sorriso Minha Orbe, seu Luar Deixo a ti, meu melhor E todo o meu pior Deixo a ti, os meus nós Desamarrados e só Em formato desastral E olhar submerso Sou o espaço sideral Que te une versos Mas sem a gravidade Para te pender ao meu solo Vácuo de neutralidade Sou o nada aos seus olhos Há mil anos luz Amassei nossa poesia Sei de minha cruz E de minha kriptonita A me enfraquecer Ou a me fortalecer

Antunes

Quantas poesias a tristeza já me trouxe? Em quantas teorias imparciais eu já me perdi? E de escória em escória, há quem fosse Remendos em remendos das vezes que sorri... Não sou a cura de seu porre, eu nem ao menos tento Não busco a cura de minhas neuras e deixo ao vento Das vezes que a solidão me pareceu a melhor companhia Coloquei nossas musicas antigas em meu bolso e saí  Das vezes que a multidão se fazia de silencio em sinfonia Era como um clipe cinza de bandas grunges pra mim Óculos escuro e protetor solar de uma Terça qualquer Observo o homem em sua cadeira de bar Olhando pra nenhum lugar, talvez vazio, talvez cheio Tão solitário e todos ao redor a conversar O que se passa em cada Universo, nem dá pra saber Não sei nem o que se passa no meu ou como proceder Nem deu tempo de ler meu horóscopo hoje...

Suco de Laranja

É tão difícil te adiar E é tão fácil me odiar Não é simples esperar Por mais paciência Que eu tenha adquirido Com a experiência O passar dos anos Traz de volta Vários planos Do mesmo modo Que desapega Se senta, cala e sossega Faz-me ir de um dia vazio À um dia inteiro Na mesa, um copo sempre cheio Para alguns, é bem simples adiar Deixar o domingo te procrastinar Mas eu odeio postergar ou prorrogar Mesmo num cochilo pós almoço - Vamos! Nós sabemos muito bem onde estamos Onde nos encontramos e acabamos Sendo mais...

Ninguém vence uma Guerra (Quando muito se perde)

De longe é tudo tão pequeno Menos a imensidão desse Universo Costumo aparentar-me sereno No conforto da escuridão, confesso Sinto-me limitado e tento me superar Talvez por fé, ou ao menos para eu tentar provar O gosto que tem os sonhos, fantasiar Talvez é pela solidão que eu tente me solidificar O peito é um apartamento A nossa mente está no ultimo andar Em um, olhamos pra dentro E o outro é quem nos faz deslumbrar Mas tudo aquilo nos maravilha Também brilha, vem e nos ofusca E aquilo que não se compartilha Não merce ser chamado de busca Já se perguntou o porque das pessoas gostarem tanto de você? Por que estão ao seu lado, ou, por que elas confiam em você? (...) Sobre nós, nós nunca estaremos preparados E por isso cada dia é um desafio, ao que vai se ocorrer Não sabemos nem o que está ao nosso lado Imagina então, o que está à um segundo de acontecer Por que tentamos tanto nos engrandecer? Não precisamos disso para viver, acontecer Nos vendem trunfo para p