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Antunes

Quantas poesias a tristeza já me trouxe?
Em quantas teorias imparciais eu já me perdi?
E de escória em escória, há quem fosse
Remendos em remendos das vezes que sorri...

Não sou a cura de seu porre, eu nem ao menos tento
Não busco a cura de minhas neuras e deixo ao vento

Das vezes que a solidão me pareceu a melhor companhia
Coloquei nossas musicas antigas em meu bolso e saí 
Das vezes que a multidão se fazia de silencio em sinfonia
Era como um clipe cinza de bandas grunges pra mim

Óculos escuro e protetor solar de uma Terça qualquer
Observo o homem em sua cadeira de bar
Olhando pra nenhum lugar, talvez vazio, talvez cheio
Tão solitário e todos ao redor a conversar

O que se passa em cada Universo, nem dá pra saber
Não sei nem o que se passa no meu ou como proceder

Nem deu tempo de ler meu horóscopo hoje...

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias