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Montanhas

As flutuações dos planetas
E das cartas nos dizem muito
São desenhos nas estrelas
Frases de ternura e de insulto

Na luz e na escuridão perfeita
Entre o enxergar e o ofuscar
Em linha reta ou curva estreita
Não voltar, mas redirecionar

Somos como trilhas na escalada de uma montanha
Onde bem poucos querem chegar ao topo
Muitos preferem ficar nas suas casas, de campana
Sem sentir o vento, o sopro em seu corpo

Só querem chegar ao final
Os que sabem quão bonito é o horizonte visto de lá
Abrir os braços como ritual
E gritar bem alto que "É bem aqui onde quero estar"

Se você não é uma montanha
Tente ao menos encontrar a sua
Pode parecer singela façanha
Como observar as fases da Lua

Encontre algo que queira ser
E que esse estar, seja em você

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias