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Castelo de Gelo (parte 2)

Silencio e você sabe disso
Não tem destino incerto
Discreto e você sabe disso
Decreto que és concreto

Mas e a força das palavras
As honras em medalhas no peito
Mas e a marcha pra batalha
Nas linhas de frente que enfrento

Saber o que dizer
Mas não saber como
Saber o que vencer
Mas não saber como

Em minha insônia da calada
Minhas poesias em vão amassadas
O que era teu e sobrou nada
Sobre refazer a canção fracassada

Tiveram outros nomes
Tiveram outras almas
Mas só tu és uniforme
Mas só tu foi escalda

Onde a ferro e fogo tornei-me a espada
O escudo e a armadura
Devasto caminhos ao tornar-me estrada
Horizonte sem pintura

Hoje eu deixo a noite me abraçar
Desabafo com todos os meus demônios
Eu deixo a escuridão me iluminar
Desmascaro todos os infames sinônimos

Calo-me com o meu despertar
Meu relógio atemporal vem me acordar
As ondas chegam de outro mar
Das conchas de minhas mãos, o sonhar

Distraído com a paixão
Seguei mente e coração

Era bom pensar o dia inteiro numa pessoa só
Incansavelmente sorrir para o tudo e para o nada
Era bom pensar o dia inteiro numa pessoa só
Era, mas agora é apenas a cicatriz dessa flechada

A decoração é algo solido e frio
Já evaporou, já choveu
Na fase congelada desse meu rio
Castelo que adormeceu

Entre seu Inferno e meu Inverno Astral, continuo tentando...

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias