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Mostrando postagens de outubro, 2015

De Primeira à Terceira, sem a Segunda Pessoa

Nosso descanso é fundamental Enquanto não se afunda em sua mente Enxergar é mais que essencial É saber andar pra frente, ser prudente Escolher o tipo da semente Entender a hora de sua colheita Recolher-se a quem mente Entender a hora de sua suspeita (...) Galhos pra lareira Alimentos, frutas na mesa Sucos da limeira Recomponha a sua defesa Country club, discos e acervos Machado meio encostado na parede Espingarda e cabeças de cervo Deitado de chapéu de palha na rede Na mesma casa vive um caçador e um lenhador A sobreviver Na mesma sala, sem culpa, sem amor ou valor Sobre viver Eles são um só E dizem que o escritor conta muito sobre si Eu até sei disso Mas são mais notas pra se ver do que sentir Senti e mesmo sem ti Acordei... e me reergui

(A)Linear

Até quando dura Segurar a mão Curar o coração Até quando criatura Aventura e ração Cultura de alienação Até quando se figura Haikai, juras de paixão Toda amargura em fração Fractais de sua cintura Ou espessura do colchão Loucuras, até no chão Entre o eterno e a ternura Agricultura da imensidão E toda abertura é expansão Pra almas gêmeas da mesma busca Fuga da fúria e da solidão Injusta, porém sobreposta pela razão Antes só, é só conversa fiada Piada para o ceifador, que... Reconhece aqui, rimas entre amor e dor

Joãozinho

As sabedorias do mundo conectam E sugam um pouco da nossa alma Há teorias que em refluxo, infectam Tirando a nossa posse pela calma (...) De baixo do Sol, com carinho Eu pintei de vazo, um potinho E plantei um feijão no algodão Mas a Dona nunca devolveu Quem roubou foi o tal do João Ou sei lá, será que ela comeu? A professora não me disse Deve estar com todos os ovos de Ouro Ô menino, deixa de chatice Mas ela tinha uma bolsa nova de couro Vou rabiscar toda a parede Cortar braço e cabeça das bonecas Devolve o mini galho verde Se não atrapalho a hora da soneca Eu trouxe os rock do Pai E daqui eu não saio mais

Poesias de Varal

Músicas de Sarau Para sarar o seu tédio Atingindo Oliveiras E até Silvas e Sergios Com muitos temas seguros Sinceros, puros e honestos Sem limites ao significado Entre o que é luto ou credo O Latin do nosso povo brasileiro Em sotaques que chegam até parecer de estrangeiros Bonito do mais correto ao cangaceiro Acolhedor, hospitaleiro, sambas pra bar e travesseiros Undergrounds de praça Mais um Round na raça

Conchas sem o Som do Mar

Nosso corpo pede prazer E nossa alma, divisão Uma soma com você Em resultado de multiplicação Pecado é tentar ser feliz na solidão De tomar sozinho Um gole ou uma dose de decisão Taça barata de vinho Vai se embriagar Mas nunca matar a sua sede Vai se enfeitar Precisando de um sorriso verde Todos os Nós em linhas tênues De sonhos vividos e sonhos sofridos Surreais de pesadelos, às vezes De sonos dormidos, insonoros feridos Dormindo acordado Ou andando de olhos fechados Sonambulo aos dados Perambulo, errante aos jogados Vemos horizontes nos olhos E temos um céu na boca Andamos em caminhos tortos E eu amo sua voz fina, roca (...) Do amanhã, ser E do amanhecer

Recos

Desequalizando só um pouco Pra segurar um pouco da viagem Bits, riffs e cliques em socos Há um norte de maré, de margem Pés no raso, vai empurrando o seu barco Observa o horizonte O quadro e seus traços, a Íris e seu arco Cores de sua ponte Reequalizando só um pouco Pra interferir no ácido do sangue Tiques, linques, mix e sopros Arrepios fortes, do porém infame Mas logo atingindo o vento Soando como um sino, um ensino Mas logo atingindo um tento Sonhando como um menino, Hino Na mesa desse xadrez do crer, ser e crescer Há quantos passos de vencer, quem vem ser

Seus Dois Mundos

O platônico não é só um segredo É mais uma mentira que tu conta a si mesmo Em um turbilhão turvo de enredos Sonhos jogados ao vento, deixados no tempo Sua mente se diverte por alguns segundos Mas a solidão reaparece nos dois mundos Viver são esses sonhos que temos acordados E também pesadelos com o que não foi planejado São essas páginas que sempre temos virado E também são alguns capítulos a serem revisados Sua alma se diverte por alguns segundos Em pinturas abstratas E até poderá sofrer em seus dois mundos Mas a sua fé te salva

Tambaque

Em cada clave que se passa Cada bastidor que foge Em cada base que extravasa Cada nome que escolhe Ruídos, rugidos e crianças Títulos, filhos e esperanças No exterior de seu silêncio Se interna o grito No posterior de seu lamento Se paterna o rito Notas e claves Suas consciências Portas e chaves Suas experiências No peito, um tambor E na alma, um tumor

Soldado da Segunda

Acordando pra batalha Antes do canto da galo Seu uniforme na sala E já conta os centavos Meio pão e dois dedos de café Sambas no fone, testa no vidro Dá o lugar pra senhora Nazaré E ela diz - Obrigado meu filho! Na labuta, lida, sofrida Um Sergio Vaz de bolso Estufa sua vida corrida Respira sua fé no esforço Todo os dias à mercê De algumas Mercedes lotadas Voltando para a casa Depois de um dia na fornalha Dá um beijo em sua senhora Ajoelha e chora Acredita que um dia melhora Agradece e ora Obrigado por mais um dia Senhor De onde vem as minhas forças Obrigado pelo favor e pelo fervor Chegar e ver o sorriso da moça Amém...

Incondicional

Em um rio que cai E vira uma bela cachoeira O olhar de um Pai Sentado à bolsas de areia A conexão e o nexo Universos paralelos e tudo isso, sem sairmos daqui Expansão e aspecto Singelos castelos de versos e diversos, a se divertir Orgulho do Criador Que não só cria e atura, ele ama sua criatura Observa todo valor Vê nos pequenos, a expansão de sua pintura Os detalhes no quadro Brilhos nos poros Nos retalhos do retrato Sangue dos olhos A Atmosfera dos sentimentos Evolução Átomos, feras em crescimento Execução É sobre um amor que nem todos entendem E saber que não são só sorrisos nos dentes

Ao Eu

Os olhares podem ter o poder de jugar o bom e o maldito Mas não de dar algum veredito Sempre paro e reflito naquilo que eu acredito, no infinito Nada restrito à um manuscrito Eu existo e não exito Quero viajar nesse mundo onde habito Nada de rumos resumidos Assim como os mitos em cada distrito Quero o meu rito De silêncios e gritos Dizer o que sinto E ouvir os recintos Atravessar labirintos Conhecer outros destinos Aos cinzas que pinto Com meu sangue retinto Fazer com que quadros abstratos sejam mais que interpretativos Mas não de dar algum veredito Fazer com que pinturas mortas te falem muito mais que os vivos Nada restrito à um manuscrito Eu existo e não exito Ao eu extinto Eu existo e não exito Ao eu instinto

Em Miragens e Desertos, a Reza

Interferência sonora Divergência, vertigem Em ondas na concha Mar dos olhos virgens Mãos na grade, nas cercas Antes que se erga Preces de uma noite cheia Antes que te perca Lua mais que meia Em ventos, sem areia A alma em correia Foi sugada pela sereia A cadeia que me candeia Te ter, mas em tua teia Ser audaz, em sua aldeia Semear ao ser sua ceia Alternar do que me alimenta Almejar do que me aumenta Sua voz É o que me dá forças em silêncios Ter nós É o que apertam os laços sedentos (...) Pela liberdade de ceder Ser de alguém Na verdade do vir e ver Viver o amém

Entre Rumos e Rumores

Uma síndrome de nostalgiar as coisas Dizendo que são boas Em listas saudosistas de livros, filmes Fotos cheias de pessoas Uma síndrome de sonhador solitário Otário, querendo tudo na mão Programação de um projeto autoritário E tem pressa, por sua oração Preces preciosas a si mesmo Dizendo que faz parte de um plano maior E injeta no peito um veneno De acreditar que poderá ser muito melhor Mas há escadas e há quedas E o pior cego é o que se veda

Rasto

Marca de batom Num beijo-trago Um cigarro abandonado Pisado, amassado Indo pelo ralo Perdido aos centavos Destino findável Que encontra o resto do maço Mas todos, apagados...

O Homem dos Pés Secos

Mais um, dos jogados ao silencio Sujeito sem pronome É mais um, julgado sem engenho Substantivo coliforme Deixa morrer Faz parte do ciclo Deixa sofrer Faz parte do circo Aos olhares Números ou armas Tetos solares Sem lar, sem almas Uma fotografia cinza Que esconde o aroma das dores Apaga o som, a brisa Torna-se desconsolo sem cores O homem dos pés secos Cabisbaixo, com os cotovelos sobre os joelhos O homem sem fé no beco Sem berço, soberbo, é só barba, sem espelhos Tem consciência de sua situação Mas já sem forças, sem ter ação... Ou, reação!

Teimosos

Não temos tudo que queremos Nesse exato momento São os termos ao que teremos Cada um à seu tempo O esperar e o se operar São nossas forças ou fraquezas O espreitar, o despertar São todas penúrias ou riquezas Reféns de nossas escolhas Ficamos nos perguntando De onde tiramos essa força Ficamos nos perguntando As repostas não vem com o vento Não estão nos embaralhar dessas cartas As respostas chegam com o tempo Mas elas nos dão o abrir de novas aspas Novo ciclo de questões, perguntas Vamos deixando nossa essência ou vamos nos limpando de impurezas? Livres na paz ou presos em fúrias Vamos deixando nossa essência ou vamos nos limpando de impurezas? Lótus também podem nascer em terras inférteis Assim coma água vira vinho e vinho, vinagre Mesmo assim abrilhantam alguns olhares infiéis Dividir o mar e andar sobre o lago, milagres Se não você não acredita em nada Ao menos que acredite em ti Se não dormir com contos de fada Ao menos acorde para sorrir Não que i

Ceras e Barros

Em uma colisão de prece e pressa De quem ultrapassa e quem atravessa De quem omite e quem confessa Quem faz o passe ou quem arremessa Eu sou refém na fúria e sou livre na paz Solitário na busca e otário por doar Sou refém no menos e sou livre no mais Solitário no medo e otário ao perdoar E em meus vários Universos paralelos Brutalmente e bruscamente singelos Em destroços que chegam a ser belos Na espera da sentença e do martelo Caminho, faço escolhas e me culpo do meu destino Sorrio e desenho em folhas, como um velho menino

Um Teatro da Luz, nos Olhos

Vamos botar nossas mãos na massa Os violões nas praças E limpar dos livros, suas poeiras e traças Vamos invadir de poesias suas casas Fazendo-os sentir asas Depois da caça, brindar a graça nas taças Um sonho se realizando é tão intenso É o feixe de incenso nesse Universo imenso Por extenso penso, suspenso ao denso Colidindo com bom senso, mas em consenso Tão confuso como as linhas O embaralhar das poesias Mas sincero em sabedorias Em teorias, em categorias E de várias ironias, uma prece Que nunca me tire essa inspiração que vem, cresce E como uma chama aparece Nessa tamanha escuridão de quem a alma, oferece Dividindo e multiplicando orações, acrescenta Inventa, representa Onde a gente só se arrepende quando não tenta Inventa, representa

Tarimbeiro

Cortesia das escolhas A felicidade à quem você entregou ou vendeu a sua alma Busca por sabedorias O corpo é sábio e te explica muito através de toda a asma Poderão vir fantasmas Mas o caminho optado e selecionado Trazem fúrias, calmas Quedas ou ascensão, planos ou lados Isolado ao selecionar Você é o grande culpado ou heróis de suas trilhas Reflexões em seu mar Amar ou  odiar, insular dos seus castelos ou ilhas Qual bandeira você levanta guerreiro? Quais sonhos você tira do travesseiro?