Pular para o conteúdo principal

Em Miragens e Desertos, a Reza

Interferência sonora
Divergência, vertigem
Em ondas na concha
Mar dos olhos virgens

Mãos na grade, nas cercas
Antes que se erga
Preces de uma noite cheia
Antes que te perca

Lua mais que meia
Em ventos, sem areia
A alma em correia
Foi sugada pela sereia

A cadeia que me candeia
Te ter, mas em tua teia
Ser audaz, em sua aldeia
Semear ao ser sua ceia

Alternar do que me alimenta
Almejar do que me aumenta

Sua voz
É o que me dá forças em silêncios
Ter nós
É o que apertam os laços sedentos

(...)
Pela liberdade de ceder
Ser de alguém
Na verdade do vir e ver
Viver o amém

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias