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Soldado da Segunda

Acordando pra batalha
Antes do canto da galo
Seu uniforme na sala
E já conta os centavos

Meio pão e dois dedos de café
Sambas no fone, testa no vidro
Dá o lugar pra senhora Nazaré
E ela diz - Obrigado meu filho!

Na labuta, lida, sofrida
Um Sergio Vaz de bolso
Estufa sua vida corrida
Respira sua fé no esforço

Todo os dias à mercê
De algumas Mercedes lotadas
Voltando para a casa
Depois de um dia na fornalha

Dá um beijo em sua senhora
Ajoelha e chora
Acredita que um dia melhora
Agradece e ora

Obrigado por mais um dia Senhor
De onde vem as minhas forças
Obrigado pelo favor e pelo fervor
Chegar e ver o sorriso da moça

Amém...

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias