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Mostrando postagens de julho, 2018

Concavos

Tem coisas que só enxergamos de olhos fechados Tem coisas que só podemos ouvir ficando calados É bem mais fácil peitar e afrontar Do que pedir perdão e se enfrentar É mais fácil fingir e talvez sonhar Do que dormir e tentar se levantar São as faces desta insônia, olheiras e um mau humor Não se disfarça em colônia, nada que possa sobrepor Hoje em dia a realidade se tornou algo superficial A verdade baseada em um fato virtual Uma conexão que não mais conecta, só faz o mal E se torna habitual, um ritual irracional Momentos que o Universo fornece Depende se é paz ou experiência, caos ou tormentas Mas é sempre assim que acontece Depende de como as usa, são armas ou ferramentas Um pesadelo dessa mente acordada, totalmente cansada Não espero por anjos ou fadas, não espero por mais nada Toca o despertador de manhã E dá vontade de acordar só depois do almoço Uma mordida rápida na maçã Corre atrasado e muito desesperado ao ponto Sentimos muito que por doer, nós devem

Inativismo

Vai levar ou está só olhando? Realizar ou ficar sonhando? Desenhar ou não sair do rabiscando? Enquanto algum céu desabava E por dentro alguém sangrava Nos deram desculpas de que o tempo curava Senti que o vazio preenchia e levava minha alma Que a escuridão me tomava E eu não sabia no que me tornara Aprendi a cortar as frequências Me desligar das interferências Mas sou de explosão e impaciência Aprendi a modular meus ambientes A deixar o silencio mais presente Mas sou de ranger os dentes, socar paredes Teoricamente tudo é bem simples Retóricamente aos que fingem Mascarando sorrisos e pedindo um brinde E eu, eu sou transparente Quando é amor você sente Mas quando é ódio, sai da frente Estou cansado de gente com muita estória e pouca realidade Que pra si mesmos, são a mera falsidade Mas pra sair disso eu teria que sumir dessa cidade... E quem sai da sociedade?

(In)Quietude Inebria

Não sei se eu sinto a sua falta Ou se essa falta, qualquer outro corpo me faria A lacuna de alguém que inspira E não simplesmente a de uma consciência fria Coloquei meus ressentimentos no papel, queimei E as cinzas subiram como se fossem almas Um cemitério repleto de todos os adeus que já dei O sentimento livre de uma concepção salva O sorriso sádico, de quem meramente finge demência O canto sólido de alguém que está cheio de ausências O passo para trás não serve apenas de impulso Mas para te lembrar do caminho percorrido Uma frase mal intencionada e o insulto intruso O semblante de um universo deserto, vazio E eu tive mais pena de quem sorria, do que de quem sofria Tive mais pena de quem não sentia, do que de quem fingia Confuso não? É o Céu de inverno, de tons vermelhos entre o Nascer e o Pôr do Sol É o Reflexo da Lua e das estrelas à margem de um abandonado farol Sinto falta, são náuseas da ressaca Em temperatura baixa, quase deitado na vala Sinto asma, s