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Inativismo

Vai levar ou está só olhando?
Realizar ou ficar sonhando?
Desenhar ou não sair do rabiscando?

Enquanto algum céu desabava
E por dentro alguém sangrava
Nos deram desculpas de que o tempo curava

Senti que o vazio preenchia e levava minha alma
Que a escuridão me tomava
E eu não sabia no que me tornara

Aprendi a cortar as frequências
Me desligar das interferências
Mas sou de explosão e impaciência

Aprendi a modular meus ambientes
A deixar o silencio mais presente
Mas sou de ranger os dentes, socar paredes

Teoricamente tudo é bem simples
Retóricamente aos que fingem
Mascarando sorrisos e pedindo um brinde

E eu, eu sou transparente
Quando é amor você sente
Mas quando é ódio, sai da frente

Estou cansado de gente com muita estória e pouca realidade
Que pra si mesmos, são a mera falsidade
Mas pra sair disso eu teria que sumir dessa cidade... E quem sai da sociedade?

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias