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Mostrando postagens de dezembro, 2013

Parvulus

Há essa altura não dá pra ver muita coisa Tenho um metro e setenta e me torturo Uma loucura em querer observar a moça Então corro, salto e subo em um muro Mas ela me viu Desequilibrei e depois caí Ela apenas sorriu E então, eu também sorri Porra, eu ia fazer o que?

Prefiro Musicas Tristes

Ser livre e que amem a nossa verdade Ali é a nação em alienação Ser livre e clamem por nossa liberdade Entre educação ou sedução Ser Livre e Amém? Tudo aquilo que nos faz tão longe dessa realidade O legalize de uma geração Marchando diferente de soldados em honestidade Decorando vossa reação Ser Livre e Amém? Pra dentro da cabeça e da saudade Expectativas com a evolução Indo por ralo à baixo em intensidade Nossa enchente em escoação Eu só queria me apaixonar e não, ter pena deles! O raro está em liquidação E o caro, é uma dissonante e obscena canção O faro é função de intuição E o farol é o que nos guia pra uma só direção Minha playlist está cheia de musica triste e escassa de pessoas...

Teoria Geral da Gravidade

Há vários caminhos sem um beco de saída Dias, semanas, anos, meses e décadas que em vão se renovam A percepção unica de vários modos de vida Passos e corridas, passes e lançamentos que não nos colaboram O tempo que dura uma ideia cheia de modificações Um publico ansioso pelas respostas que mudarão as suas opiniões O espaço tempo, relativo em todas as gravitações Levantando, levitando e evitando quaisquer as ações e as reações Loucuras proféticas Escondidas por nossa ética Falsa moral patética E a alusão de nossa poética A equação descartada ainda estava ali Para o corrigir e fazê-lo sorrir Velho mistério astronômico a descobrir E a orbita de Mercúrio enfim Porém esperar para comprovar Enquanto uma unica teoria há...

Casa de Mármore

Era a sinfonia que invadia Na linha estrondosa da mente que se abria Era a cristalina que sorria Lançava o olhar, me paralisava e me tremia Era o arrepio da alma Que me levava da calma ao caos em segundos Era seu lábio e sua fala Me tirava da sala e me arrastava ao seu mundo Era a ilusão em paisagem Filmes que passavam numa velocidade descomunal Era a delusão da viagem Ansiava e abraçava-me, deitava e eu passando mal Não era bom sinal Era parar o meu coração Talvez fosse o final Da droga de uma paixão

Lágrimas ao Ultimo Capitulo

Composição com imposição... Vem a criação, paixão e coração, Ou a imaginação, a ilusão e alienação. Vem a vocação, geração e perdão, Ou inquisição, religião e interrogação. Meus heróis foram morrendo aos poucos, Alguns se mataram e outros, eu mesmo fui e matei. Meus monstros saíram da jaula pra loucos, Alguns se libertaram e outros, eu mesmo os libertei. A escuridão começa a parecer verdade, A intuição começa a parecer espiritualidade. A inspiração começa a parecer saudade, A ficção começa a parecer nossa realidade. O fim, em continuação mental por algumas semanas.

Ipsum

Estou onde não estou Isso é mais confuso do que parece Sempre vou aonde sou Sem vela, oração, capela ou prece Estou onde a musica se refaz de poesia Onde não importam os estudos Estou onde estrelas dançam na ventania Onde chove e derrubam muros Na livraria das sinfonias Na valentia das fantasias Na cortesia da teimosia Na pontaria de analogias Estou onde realmente queria estar...

Pré Ressaca

A mente é um pequeno mundo O interior é um imenso universo Com meus pés nas nuvens E a minha cabeça no chão No panorama de detalhes Nossos cálculos de ficção Gaiolas e aquários Na intenção de intensificar Torto ao vocabulário A densidade em identificar Tudo ao contrário Sem contato ao contrato Mundo temerário Sem contrato ao contato

Saudosista (Fuga da Rotina)

Errante E andante Amante Do semblante Antes De sonante Mirante Ao semelhante Durante Ao volante Adiante Luz gigante Da noite em paz tocante Horizontal e então, cante Em meio ao som de Jhonny Cash Leituras paradas de Nietzsche, Lispector e Cury Sem bandas na camisa que veste Neil Young, Bob Dylan e segura ao que vos cure O peito na mão E a alma na canção Mesmo assim O Saudosista procura musicas novas Por aqui ou ali Perto e longe, em folk e bossa nossa

Sétimo Andar, é Péssimo Andar...

Um tanto preto e branco, Com detalhes cinzas. Seu pranto nada franco, Em gavetas vazias. Os retratos escondidos, Quadros enfeitando as armadilhas. A janela e o fosco brilho, Ofuscam reflexos de suas mentiras. Ditadas na Tela, Astros distantes em constelações próximas. Rifadas na Vela, Diante e adiante por suas colisões remotas. Ouço aos conselhos E queimo as profecias. Senhores do espelho De dedicadas poesias. Algumas que eu amaço, Ao tremular em visões. Algumas eu nem abraço, A fugir de suas ilusões. E de todas as minhas linhas, Adeus carretel. Sem detalhes aqui de cima, Próximo ao céu. Às vezes fico aqui Esperando a criança voltar. Ao dançar, cantar E sonhar sem se preocupar... Com o que vão pensar Ou até mesmo, falar (...)

Quem Soul

A arte poética de amar E não se apaixonar Pintura ética a sangrar E não se aproximar E as escolhas que fiz Eu só trocarei pela vida Tudo aquilo que quis São bandeiras erguidas Minhas vitórias Minhas batalhas Minhas histórias Minhas navalhas A alma que espera o seu fim E não desiste do que batalhou Isso que ninguém tira de mim E eu não vão mudar quem soul

Enfez

Desamando Desalmado Desolado Desarmado Desorientado Despedaçado Desenfreado Desperdiçado Definhado Desafinado Delineado Desatinado A luz de um túnel escuro Parecem mentira pichadas em um muro Cruz de Profecia ao futuro Seus destinos escritos ao vulto e ao luto

Et Resurgent

Entre neve e praia Entre ou saia Entre profetas e maias Em ralé e laia Levanta ou caia O ganho e a falha Fronteira e raia A agulha e palha O pódio e a medalha Fartura e migalha A carne e a fornalha A tolha e a malha O gentil e o canalha Guerra e batalha Escultura que entalha Telhado e calha Grão de areia Estrelas de um céu Na Lua cheia A sentença ao réu Que não tira a visão de uma nova Utopia

Canto de Bar

Não é musica de fundo Você conversa ou me ouve Não falo sobre seu tudo Com verso do que se houve Tela em branco Eu pautando as sete Sustenido manco E sem bemol às sete Cores maiores Quadro de violão Sons menores Quarto sem salão

Pub

Válvula de escape Placa de não ultrapasse Embaraço e impasse Cale-se, em cálice e face Pontos inexistentes Tenentes Contos textualmente Ausentes Poesia de boteco Fazia eco Trancas a xaveco Tira jaleco Imagem de cinema Silencio em poema

Latir em Latim

Toca-se um coração Com uma linguagem grega Toca-se a lamentação Com alguma poesia à cega Toca-se a mente Com a teoria inteligente Toca-se o descente Corrente, indiretamente Do coerente ao mais carente De repente, rente De aparente, mascaradamente De frente, enfrente Começa a ficar confuso Espanam-se os parafusos E sem hora com o fuso De Espanhóis para Lusos Poucas notas Muitas rotas

Si Bemol

Afim de estar bem longe do fim De visão ampla que não contemplam os detalhes Enfim, retalhos e atalhos do fim Pense e cale, repense e fale, agir ates que falhe Aposta composta por proposta Resposta oposta em que recosta Quase lá, sem dó E em si, só ao Sol

Imortal, Enquanto...

Fica em branco Fio de cabelo Roga em pranto Rugas de velho Diário mental Páginas empoeiradas Sumário astral As capas enfileiradas  É mentira dizer que não lembro de sua face Ainda faço as mesmas caretas e barulhos de corneta Seria inesquecível mesmo se não apaixonasse  Pegaria qualquer cometa com destino ao seu planeta Imortal enquanto minha mente existir Imortal enquanto poeticamente resistir

Limo

Da praça ao terraço Da laça ao laço Da taça ao cansaço Da traça ao traço Das fumaças ao maço Da carcaça ao palhaço Da couraça ao espaço Da cachaça ao embaço Pés no chão sentindo a terra e a grama Braços abertos à chuva, vento e lama Perfume e valsa sem a dama e o drama Âmbar de reflexo, chama que inflama

Ruínas de Ouro

Os horizontes de dentro da gaiola Um canto, dos quatro em derrota Semblantes daquilo que se molda Um tanto, dos quadros sem rotas Adestrados ao nada Onde liberdade é morrer Sentados na escada Onde verdade é perecer As tintas imitam a paisagem As letras representam a nossa viagem As visões admiram a imagem As peças movimentam a engrenagem Portal de mentiras Mortal em feridas

Vago Olhar

Distraído à observar Para, concentrado ao olhar para o olhar Descabido à sonhar Presas, línguas, caninos à molhar o molar Lábios de sangue, pescoço molhado Nunca na nuca, pro chão e pro lado Vago olhar que vaga E se há vaga, vago ao seu nada Vaso olhar que vaza E se é vazio, um frio que apaga Esmaga na cachaça Na saga do peito em chagas Clama ao que para As chamas se chamam valas Não existe adeus, apenas não volta ao lar Não há preces ao Deus e nem ela para lá... Fá, Sol Bem mol...

Luna (parte 2)

Fura o estofado, sofá e moletom Borra rímel e mancha-me de seu batom Observo e nem ouço mais o som Saiu do salão e me levou ao seu colchão Paraíso sem horizonte O chiado no alto-falante Aonde ela se esconde Uma afinação dissonante A noite se vai tão depressa Atravessa a rua de um olhar que nada confessa A semana se vai sem promessa A conversa se dispersa cheia de frases incertas

Luvas Furadas, Vazias na Vala

Aos que morrem bandido Ou se matam pelo salário mínimo Perdem seu ente querido Ao suicídio lento, sendo um vício Saudades de quem se foi E de quem era há muito tempo antes de ter ido Uma tristeza que sambou Cantou e ecoou a quem não salvou o seu amigo

Bandeira Cinza

Rancores aos horrores, Dividido em cores. Sem perfume nas flores, Espinhos nos valores. Veneno de sabores, Vedando amores. Velando os atores, Veia de motores. Apaga a luz, E então caminhe para a sua escuridão. Colar de cruz, Pulseira de ouro que não estende a mão. Bandeira Cinza, Sem simbolo. Bandagem, linha, Sem vinculo. Arrisca quem atravessa a risca, Para, olha e sai de sua gaiola...

A Voz das Avós

A riqueza é o brilho de graça A pessoa corre com saudade e abraça A beleza de um sorriso na praça Aplica, explica e implica, não é a raça É a alma, o osso e o sangue Que vem do interior Longe dessa cidade grande Na paz e no amor Mato, gramado Dá pra contar as estrelas Cavalo, gado Café e doce da Dona Benta A Dona Maria que sorria Sempre que me via, com toda alegria A dona Mélia a menos velha Bolos de coméias e o dedo que mela

De Raiz, De Bar

O sonho toca o folk em paisagem, Do sucesso até o sucessor. O malandro e a sua malandragem, Do ingresso que ingressou. Malandro de carteira assinada é o sambista, A garota da pista nem se compara à passista. Aqui jazz mas não jaz, Um blues que nos traz a paz. Rock que só raro faz, Hip hop, rap que é bem mais. 16 toneladas escondidas, Colar não, é calor bem gelado no colarinho. Terno não, a terna vida, Indo não, eternamente vindo com um vinho, De raiz, De bar. De país, De par.

A Luz se Apaga

Num lado da mesa, uma taça de vinho E uma marca de batom abandonada Um dedo de cerveja e o cinzeiro vazio Cadeiras separadas e esparramadas Mais uma vez a luz se apaga Para os detalhes que no céu aparecerem Mais uma vez a noite é amarga Para os que querem e pouco merecem Há deuses que invejam a nossa mortalidade Depreciam nossa falsa moralidade Amam nossos sonhos com toda a imensidade Nossa identidade em intensidade Já eu, me deito pra dormir, mas sonhei essa tarde toda Uso a escuridão pra descansar, pois já fiz as minhas escolhas

Nosso Samba

Na percussão do beat box Bumbo no peito e no estalo da alma A canção que não se anote Coro sem uma poesia e muitas palmas Poeticamente nossos ritmos de soul samba Solo da voz que vem e nos encanta Morena que deixa maduro de perna bamba Passos de dança que a todos levanta

Viaja, a Viola...

De olhos fechados Passa a mão por todas as notas Embaralha a poesia Dedilha e dedica aos de costas Embarulha com alegria Não canta nada mal Afinal, nem sei que musica é ou em que tom está Não canta nada mais Aos finais de semana sai e vai pra qualquer lugar

(Pô) Exista

O ser mais fantasista É um poeta desenhista Ao claro é pessimista E ao horizonte, otimista À frente é extremista No meio, idealista Atrás é um mecanista Que tem conquista Várias ideias em uma só lista Um piano ao solista Ele quer e consegue, solicita Mesmo que só, sinta Levanta a crista Entra na pista No palco à vista És um artista Ele sabe muito bem o que é sonhar Mas ainda não entendeu o que é amar

Amacei sua Valsa...

Escrevi uma valsa pra você dançar Na sua festinha de sala de estar Mas se essa canção eu fosse tocar Como eu poderia vir te abraçar? E falar bem baixinho Que és o meu mundo E receber o carinho Por ser seu barbudo Se bem que a valsa eu não pude continuar Pois tive que te deixar, pra em outro mundo eu caminhar Hoje sei que as escolhas podem sufocar Podem machucar e também cicatrizar, não, não vou chorar Hoje eu vou sorrir Porque sempre foi assim Não espere por mim Mas saiba que estou aqui Eu amacei sua valsa Mas não joguei no lixo Eu embrulhei na alma E ela fica aqui comigo

Janelas Amarelas

Nessa cidade E na necessidade Sua liberdade O que é verdade A verdade os libertará A riqueza na alma que salvará A musica que cantará A pintura natural que encantará A lágrima que proporciona sorriso O abraço da saudade que ainda nem sentimos Ao olhar carinhoso de pai pra filho Nos passos e nas escolhas dos nossos destinos Muita parte de mim vai embora Mas o mundo roda e há muito que volta

Comendas

Não era a sua hora de acordar Era vossa ansiedade Não conseguia dormir ao se virar Peça de imobilidade Quem protege o nosso Rei é um tático Pois deixamos nos guiar pelo mais prático e simpático Num mar de silencio devastador e sádico Sistemático aos fanáticos do problemático matemático Bandeiras nas praças da cidade Paradas sem vento e vaidade Peão em duas casas sem vontade Cavalos pedindo sua piedade Onde somem os dogmáticos gramáticos É preciso de seres vedados ao democrático São números de frases impostas Lições de pronta resposta Mentiras em forma de proposta Compostas por apostas Uma fila de obrigação e eles da cúpula a sorrir Só queria entender como eles conseguem dormir

O que o Rádio não Sambou

Aqui sentado Conversei com pessoas que nem me olharam nos olhos Aqui calado Senti as respostas acumuladas e energizadas em sonhos Fluidos de motores que bombeiam sangue em peças Ruídos de cantores que bambeiam arranjes em pernas Aqui sintonizado Sem se quer cantar nas rádios ou navegações piratas Aqui sincronizado Sem a dança, sem o samba de quem revira nossas latas Cães sem dono Mães sem sono...

Folclores Decorados

Migalhas na mão E os pássaros que vêm comer no chão Medos da prisão Esses que têm zelo à não cantar em vão Os caçadores e os livres Uma observação fixa e outra por entre seus ombros Os narradores mais tristes Contando histórias de quem seremos, fomos e somos O violão não empoeira Nem em dia de feira É o calor de uma lareira Que meu olhar enfeita Canto meus folclores decorados Que em mais corados, têm me curado

Care

Desprovidos de começo Jogados ao nada Abraçando a vala Decaídos sem um apreço Mente paralisada Vidrados na sala As drogas de uma imagem criada Gramas sem a noite calada Nascidos na porrada e na pancada Delírios, sorrisos de fachada Ninguém vem estender a mão E aos trocados, recebe um não Raros que vêm em uma missão E os santos, vedam a sua visão Não existe recomeço Pra quem ainda não conseguiu começar Não existe arremesso De quem não está em quadra pra jogar

Raios Solares

Receber e partilhar Dividir um sonho de multiplicar Refletir e brilhar Unir o que foi se separar no ar O que não muda, é essa minha paz muda Encontrando na meditação, medidas para uma ação O que não muda, é essa resposta muda Encontrando no coração, a minha verdadeira oração Ao corpo, comida À alma, sabedoria Ao espírito, sorria À um, sua partilha

Saudosista

Guitarras pesadas Há samba, há bossa Efeitos à armadas Musica, galera nossa Gosto daquilo que é culturalmente, o nosso Brasil Menos corrupção, alienação, crime, novelas e fuzil Silencio de teoria Forma formal dessa poesia Taberna de nostalgia Onde o saudosismo crescia Gosto daquilo que é velho, bem aglomerado e empoeirado Observo as minhas revista, meus discos e livros empilhados Há muita coisa ausente A minha paisagem é diferente É um passado presente Não é o mesmo que tu sente Saudações, esse é meu quarto de criança anciã Onde posso guardar tudo aquilo que ainda sou fã

Silveira

Em escuro a fresta Luz de festa Infesta pela frecha Mira e flecha Concreto de floresta Cinza e brecha Crase de indigestas Cor e mecha Máscara no estilo Teatro de sorrisos Infecta e conexa  Detecta avessa Complexa diversa Sem circunflexa

Ens

Bem agora, não era a chuva lá fora Era a dona lavando o quintal Senhora que mora ao lado do aurora Era a espera voando ao final Afinal em outrora houve demora A víspora, a víbora e a metáfora

Tapados

O fim de ano E todas aquelas suas retrospetivas Fogos voando E as perspectivas com as iniciativas Relatos falando Do astro que morreu e da festa da diva Povo sonhando Planalto roubando e dando explicativas O mundo gira e recomeça sempre igual E ainda o ser se julga ser animal racional

Ah... Judas!

Não colha no agora Aquilo que plantou à pouco tempo Não se recolha à hora Saiba que é interno seu crescimento Externo é apenas teu ego Marcas de cruz, cicatrizes e prego Para mais um Tomé cego Ou aos Judas que também carrego Um Iscariotes chamado de Consciência E um Tadeu remunerado pela Paciência A cura e a doença O crime e a sentença Olhar de penitência E erros em frequência Sequência e consequência Na resistência ou na residência Soul, sonolência...

Fictor

É complicado pensar em qualquer coisa, Que se assemelhe a julgar. Não sabemos a índole daquilo que é novo, Verdade em sonhar e jogar. A intenção inicial é a de se apaixonar, O que vem depois é o que decide. A colisão principal é afogar e afobar, O que vem depois é o que coincide. Nas Luzes e nas Escuridões, Os Pecados e os Perdões. Nas Poesias e nos Bordões, As Mentes e os Corações.

Despertador

Baseado em uma ficção Interessados em alucinação Desenfreado, sem lição Desfigurado atrás da direção E a luz refletida era muito forte Tirou o transporte de meu norte Arriscou-me à morte, sem sorte Fora do jornal e recorte, suporte Mesmo que ninguém se importe Mesmo que não seja mais o seu ultimo passaporte Mesmo que seja um quase corte Mesmo sem correr, parecia praticar algum esporte O peito agitado O meu olhar mais assustado Passo paralisado Bem tremulo e desacreditado

Miscigenação

Entre laços e lenços Lábios e beiços Em rastros e remos Passos e pensos Na divisão que se multiplica A intenção que não se explica Não existe padrão Nem perdão ao ladrão De leilão à ilusão Culpado dessa junção Mesmo na história que intensifica Retórica e teórica que não justifica Meios e fins Do mal para o bem Anseios e afins Ao que a baiana tem

Escuridão Ascendente

Notas simples Pássaro e alpiste Poesias tristes Gaiola que reside O Sol é livre O vento, é Não me evite Eu tenho fé Por isso canto ao lado de seu violão Poemas e teoremas da paixão pela visão Por isso tanto folego para sua reação Problemas e temas que nunca entenderão Canto a liberdade Que já não faz parte de mim Canto a saudade Do que não tive, ao meu fim

Pré Interlúdio

Céu azul de poucas nuvens, Vozes de meu silêncio. O som das águas que vem, Cadastro de remendos. Aqui fora, agora, Vontade de ir embora. Logo em metáfora, A demora desse aurora. Outrora senhora, Mas sem hora. Vazio onde mora, Dor que piora. Mesa velha, couro e espora, Vaso rachado, rosas e floras. O céu já começa a escurecer, As pessoas chegam a desaparecer. O caminho vago a enlouquecer, A metade da Lua que vem aparecer. O quarto de um sozinho, Até ela surgir em seu caminho.

Contas e Contos

Falsas prendas Leis de oferendas Preso ao sistema Sem usar algemas Onde entram as poesias e poemas Na arte de conviver com seus problemas Cânticos e salmos do mesmo tema Teoremas, edemas, esquemas e fonemas Telefonemas que não chegam E extremas que não se ergam As faces inclinadas Abraçadas a si Imagens assustadas Fechadas aqui Observo que os desistentes Já se fazem de ausentes São o passado no presente Estão parados e carentes Aprenda o que é prenda Então ganhe ou surpreenda Atenda em uma tenda Faça-os acreditar e se venda Ciclo de lixo Bicho matando bicho Ciclo de vício Livre-se em um livro

Vou e Voe

Pouco a pouco Passo a passo Louco a louco Laço a laço Nó desamarrado Cortado Nós despedaçados Cicatrizados Gavetas bagunçadas Memórias sempre apegadas Quadros na entrada Lembranças nunca apagadas Não que o passado me faça mal Mas é a ponte dessa magia Não estou tão interessado no final Mas à toda fonte de poesia O que me entristecia Hoje é minha cura O tétrico que sorria Parece até tortura Loucura Ou fúria Mas não é É mais um café Maré e fé O cabaré e a ralé

Não Procurar e Encontrar

Caminho invertido Sozinho ao destino Atrás de um abrigo E um ombro amigo Alguém para abrir o sorriso Ao andar comigo Enfrentar os vários perigos Do mesmo trilho Delineados à sonhar E parar em qualquer lugar Chamar lá de meu lar Não procurar e encontrar

Velho Infecto

Mais um velho infecto, Indo pra mais um buteco. O que tiver mais perto, Dar xaveco nos travecos. Um dia já foi esperto, Hoje, sabe menos que seu neto. Os olhares são o veto, Não vale uma rachadura do teto. Sofrimento interno, De mais um rigoroso inverno. Que parece eterno, Onde já se veste com o terno. O ultimo, Para poder visitar o Céu ou o Inferno. Deslucido, Espera o Ceifador anotá-lo no caderno. Mas a demora, O faz subir num prédio. Sem destino, N'um caminho incerto. Ninguém chora, Por um homem, que já nem vivia mais. Mas alguém ora, Sua Senhora, para que descanse em paz.

Salmo Zero

Um Salmo bem escondido Há 7 palmos de alguns pisos Dizia assim: Ao ser que diz estar sem carinho E de tudo que ele tem, reclama Ao ser que sempre deita sozinho Mesmo assim, tem uma cama Muitos que já caíram ao seu lado E você, simplesmente não viu De muito, se achou o fracassado Com vasto esforço, não sorriu Observará e será invisível aos nobres Verá brilho de ouro no que é cobre Obterá pedidos de esmolas dos pobres Será cego ao que o mundo encobre Será surdo à várias histórias Enquanto viverá aos vultos da glória Será lúcido para as estórias Enquanto será chamado de escória Perderá alguns dos seus Não terá tempo de dizer o adeus Abraçará todos os plebeus E nessa hora, acreditará em Deus De relance, dance, então avance A redenção será sua segunda chance Uma ressurreição ao seu alcance Poderá em paz, viver algum romance A partir do momento que a sua visão se liberta Haverá novos caminhos e muitas portas serão abertas

Semente

Semente Ser mente Enfrente De repente Bem em frente Ao estar ciente Ver todo poente Porém, crente Suavemente Infalivelmente Fisicamente E proeminente Ou doente Decretalmente Insolente Discretamente Meditante Inquietante Em instante Interessante Você planta E tem que esperar a hora de colher Se arranca Saberá que poderá sorrir ou sofrer Dependemos do fruto Estar maduro Que a colheita do agora É nosso futuro

Só Mais Cinco Minutos Pro Lado

Na direta Reta Indiscreta Seta É esta? Uma meta Um poeta Não profeta Na indireta Mira Um cometa Na direção do planeta Uma trombeta Soltando pétalas violetas Violentas Como o pouso da borboleta Na gaveta Com o efeito de corneta O peito em disparada A fúria calada Levanta assustado De face amassada Olhar emburrado Enxergando nada Quase atrasado Vamos, saia logo da cama Quase uma fada No Despertar que te chama

Clap

Recolha-se Mas não se encolha Reponha-se Liste suas escolhas Fuja de modelos Priorize horizontes Assuma pesadelos Mesmo sem pontes Às vezes nem em seus sonhos Te deixarão descansar Às vezes em meio aos rebanhos Demonstra não estar Não estar lá E sim em mente Verdadeiro lar Longe do presente

Castanhos

A paciência está rara A negligência, cara A carência não sara A ciência que para Onde consigo observar Escondo o abrigo a que esquivar Onde transpiro o calar Desconto antigo para se acalmar O silencio que te traz paz É o mesmo que traz sua fúria Aquele ponto de seu corte Será ponto de cicatriz e cura

N'uma

Numa fração de segundos Numa facção do mundo Numa função de estar mudo Numa ficção de sortudo Numa feição de estudo Numa canção de um vagabundo Numa oração de escudo Numa benção ao que é absurdo Acabam as notas Em cerca de poucos minutos Acabam as rotas Lembranças de um antigo futuro

Ultima Página

Não somos de uma mesma ilha Embora tenhamos nos encontrado em alguma trilha Olhamos pra mesma Lua que brilha Emboscados e acorrentados, caímos na mesma armadilha O destino que estranhamente une e partilha Vestido de compartilha, esgotando a nossa bateria e pilha Enquanto nos escondemos de toda matilha O Mártir com a carta manilha, nos mostra toda maravilha Não, não somos da mesma Terra E estamos em Guerra Sim, mais um ser que você enterra A neblina da Serra Aqui se encerra mais um livro Ultimo cigarro do maço, ultimo gole de vinho

Reclusa, Chave de Prata

Era pra ser prazer Uma nova era de todo lazer Mas o que foi fazer Se aquecer e não esquecer Era pro outro ser ir Não te olhar e sorrir Mas, de novo aqui Acenar e ela bem alí Os atos eram pra ser só esses Só entre o quarto e quatro paredes Mas não O peito vem e te sufoca Em vão Pois se vira e vai embora

Três Seis

Detonado e destronado Enforcado, mas focado Derrotado de todo lado Encaminhado, sentenciado Lá se vão os pecados de um insano Lá, em vão, sub-recados nos planos Lá de baixo de toda a mesa e pano Lá fuçando, fulano dos mais profanos Então... Cadeira de morte, se tiver sorte

Des (Controle)

Sofrendo da mente falha A expectativa ativa Agulha no meio da palha Alternativa na saliva Revendo o estar da sala A tentativa negativa Prevendo ao que se cala Na iniciativa restrita A mudança acontece Na criança e na prece O diamante que vem da lama A caça e a raça do ser cheio de vingança O sonho de viver de sua fama A graça sem a farsa e cheio de esperança Ok, achei meu controle...

Pés na Grama, Pise, Deite, Sinta...

Irritabilidade emocional Impermanência e temporalidade Flutuações sem um sinal Final espiritual da materialidade Meditações continuas Infiltrações nas paredes da pele Sol, Chuvas e as Luas Fases, frases e tudo que se vele Vai atracar em qualquer lugar Pois está cansado de navegar sem direção Luz no fim do túnel a sussurrar Que nada fará, pra qual seja a sua oração Terá de decidir no escuro da noite Em maré turbulenta Segure mastros, rastros e suportes Astros da mente lenta O tempo parece passar muito rápido Gráficos de indecisão, sistema tático Prático e democrático ao ser estático Sistemático, apático e problemático Na fúria seja bem simpático No a sós, um aromático Nas verdades, o dogmático Na mentira, pragmático Leis e mandamentos Teorias e pensamentos Paz e crescimentos Luto e renascimentos

Prandium

Entre fartar e faltar Calar e acabar Entre sonhar e somar Andar e respirar Entre, mas limpe os pés de barro Deixe lá fora seu cheiro de cigarro Entre, mas não guarde seu carro Então saia rápido enquanto narro Uma dose qualquer, de qualquer bebida Penso em morte, enquanto tu fala da vida

Fanal

Frases pseudo-corretas Aspas do olhar em linha reta Calaram os profetas Num papel de dietas e metas Virou e não deu seta Xingou sem ser discreta Porta traseira aberta Um alerta, fique esperta Oferta incerta Cálice da descoberta Oferta do poeta Cale-se e encoberta

Lapa

Segregar segredos Entregar pr'os íntegros Sossegar seus egos Renegar nossos medos Não acreditar no que estou vendo Não solicitar, há venda de remendos

Novelo

Eles dizem que sapato é melhor que chinelo, Não deixam fazer tattoo e dividem o seu cabelo, Eles te alienam ao que é feio e o que é belo, Jogue lixo aos bichos e aos livros, tenha mais zelo. Não que mentalmente não possa criar o seu castelo, Ou que não possa ver beleza no singelo. Mas há muita coisa acontecendo em nosso paralelo, O apelo do modelo magrelo em flagelo. As ruas não estão sujas de homens invisíveis ao tutelo, Nós é que estamos lapidados ao rezo e velo. Mas não resolvê-lo, a ação que temos é de dar o veto, É por muitas visões embaçadas que eu apelo. Não existe época ou data certa para Campanha do Agasalho, A pouca esmola que tu dá, já te faz feliz e sorrir um bocado...

O Imperador

Precisar de ajuda até que é válido, Mas sempre, é um grande fracasso. Tem o seu próprio caminho e lado, Nem todos seguem o mesmo passo. Sabe que sonhar, É aquilo que se faz com uma só mente. Mas que realizar, É quando se tem mais alguém presente. Mesmo assim, Se estiver só, vá, enfrente e tente passar, Mesmo no fim, Saia das correntes, ninguém vai te parar.

Por Trás de um Jornal Velho, na Biblioteca do Centro

É aqui que se faz, Desfaz, caucás Castanhos de paz Demais, refaz Não vou atrás E não corro mais À beira do cais Observai, chagais Atracado na Ilha do Náufragos O azul, o verde e as pegadas na areia Abraçado por tantos pássaros Ouço e observo o canto das Sereias Não acordo Não concordo É muito ódio Pra pouco pódio É preciso pr'agora, se levantar Acordar e assim, ir, partir Mas também é preciso sambar Dançar e aqui, se divertir Contrastes de comédia e tragédia Jornal de idade média, várias percas inéditas Não busco nada nas enciclopédias Apenas te observar pela fresta que me resta

É Só

É só começar, Se vai parar, Só o freio dirá. Ou o que realmente há, Do lado de lá. É só sonhar, Se vai realizar, Só o tempo dirá. Ou o que realmente há, Do lado de lá. É só pensar, Se vai falar, A coragem dirá. Ou o que realmente há, Do lado de lá. É só, que se procura mais alguém...

Se deixar...

Se deixar, No calor, eu tomo várias duchas. Se deixar, No frio, coloco as blusas e luvas. Se deixar, De tarde, eu durmo a tarde inteira. Se deixar, De noite, te ligo pra falar besteiras. Se deixar, No centro, eu poderia caminhar sozinho. Se deixar, No mato, eu traria todos os meus amigos. Se deixar, O aspirante, pode se tornar o inspirante. Se deixar, Que se levante, o tático torna-se praticante. Mas quem tem que deixar? Quem tem o poder de te libertar?

Disse um Lago...

Recebo o Sol e a Chuva, como seres iguais, Mas é a Lua, que mais me traz Paz. Posso até me irritar com o calor, com o frio, Mas vê-la cheia, liberta o meu vazio. O dia acontece para iluminar, De noite, com pouca Luz, ela se destaca a brilhar. A Luz que recebe ao drenar, Não a deixe escapar, saia à resplandecer e cintilar. -Faça como a Lua...

Vertunt

Na alvorada, Do seu alvo mais voraz. Descontrolada, O lábio que encontrarás. A parte cicatrizada, Que sangrará muito mais. A sua face fechada, Que se abrirá ao tanto faz, E tão já, Aqui jaz, um incapaz. Então cá, A renascença, eficaz. Das cinzas, um novo rapaz, De nova veemência mordaz.

Legos

Uma esteira do destino Correr, para perder alguns quilos Uma besteira de supinos Sofre, para ganhar alguns sorrisos A arte de esculpir apenas por fora Aproveitar a beleza de seu agora Mas saber que uma hora vai embora Um dia ficará a mente que chora Um Nocaute em cima do Round Pra onde foram suas teorias de Workout?

Quedo

O bêbado e todo seu enredo Aquele, de voltar cedo O sol nasceu, não é segredo A escultura do rochedo Se levanta todo torto e tremulo Olha pro lixo e se faz de arremesso

VIII

Impulsionado a gritar Iludido a sonhar Intencionado a ajustar Intruido a segurar Pare e pense A ação tem um certo peso Tática florense A gravidade é o que eu vejo Cuidado com topo E a queda ao fundo do poço

Não entendo muito de Religião...

Palavras rápidas, Acelerantes e contagiantes. Táticas e práticas, Gritantes em auto-falantes. Leituras temáticas, Mente vibrante, sem amante. Fissura gramática, Alucinante como um diamante. Sei o valor de minha mente, É ela a que menos me limita de persistir, sonhar. Sei que devia estar contente, Mas enquanto jorrar e sangrar, não irá cicatrizar. Cirurgicamente sem anestesia, Causa-me incompreensão e afasia. Periodicamente me traz a asia, Ânsia com o que acontecia e fazia. A fraqueza da carne e o Inferno, Tudo mais, que será um Eterno. Ele não disse que viria de Terno, Mas vai saber, é tudo moderno. Não entendo muito de Religião...

Quebra de Rotina

Arcano maior, o Mago, Conselhos de uma mudança. Troque o vazo quebrado, Pois o novo é sua esperança. Aceite alguns livros que nunca imaginou ler, Ouça palavras sábias de quem nunca imaginou te entender. Entre nas trilhas que nunca imaginou conhecer, Aproveite todos períodos, pois tudo que tens é pra crescer. Renovar, para fazer diferente, Arrebente as correntes. Mergulhar, é nascer novamente, Abra a mente ao presente.

NOZ

Ouvi dizer que a palavra é de Prata, Mas o silencio vale ouro. Consigo ver vária pessoas ingratas, Em busca de tesouros. Homens de Lata em busca de coração, Leões atrás de ter coragem. Voltar pra casa com uma simples oração, Seres sonhadores na viagem. Planos pro futuro misturado à fantasias, Cheios de orgulho e incrédulos na ironia.

Fronteiras e Rosas

Que seja viciante, Enquanto contagiar. Que seja alucinante, Enquanto se deliciar. É aspirina ao tirar minhas dores, É a tinta que multiplica as cores. É esquina desses novos sabores, É, respira e inspira com as flores. Um caminho de espinhos, De perfumes, sem os mal odores. Um carinho de sorrisos, Sem volumes, cegos aos valores. Atravesse a fronteira do Paraíso, Mesmo que pareça besteira perder o Juízo.

Majorem

Não se comporte Não se importe com o que falam da sorte Não, não encoste Não derrube o suporte da bussola sem norte O que já foi, é o que já foi Tudo o que falam são conselhos pras paredes Nem vi, passou da meia noite Tudo o que eles dormem, são sonhos e sedes Completamente, tiros pra cima Não parei com as rimas sobre o clima São tempos diferentes Vidas e razões completamente opostas São gestos ausentes De só uma proposta e só uma resposta Quando as perguntas eram muitas, onde vocês estavam?

Verão Rigoroso

A distancia e o olhar silencioso Entre a bonança e o veto rancoroso A ganancia e o passo religioso Entre a vingança e o mero suposto Um vitorioso e um grandioso Um tenebroso e um engenhoso Um ambicioso e um cauteloso Um espantoso e um impetuoso Não me lembro muito bem do sonho Mas de muitas coisas eu até suponho Não me lembro muito bem do tombo Mas já estou de pé, ao que proponho

Ex-Quadrilha

É fato, É vasto, um fardo. É gasto, O rastro, no pasto. Então sobe o mastro, Sobre o padastro. O holocausto, nefasto, Onde me arrasto. Cai o astro, Um pedido a ser pago. O cadeado, Prisão que me afasto. A trova está de um lado, Do outro, um gado. A tropa e o povo marcado, Passos congelados. Ouvimos calados, Impacientes ao Estado. Subimos paralisados, Contra o golpe do Senado. Porém vivemos num quarto, Poente de um belo Quadro...

Tem que Chover...

É difícil a notícia da perca, Mas não é tão difícil assim partir. Pegue sua cabeça e erga, Mesmo que hoje seja difícil sorrir. A vida precisa parar um pouco De ser corrida, enquanto se estabiliza. A ferida do nosso sufoco louco, Aquela que não cicatriza e nem ameniza. Irônico é tudo parecer platônico, Um tanto daltônico, num momento crônico. Sincrônico aos passos eletrônicos, A vibe e o sinfônico, diferente e até clônico. Precisa chover, para que você possa correr pra casa, Ou simplesmente abrir os seus braço e lavar a sua Alma.

É Tanto Santo

O povo que se cega com todos esses mitos, Me deito e nem reflito sobre isso. O povo se aliena com aquilo que foi escrito, Eu nem repito tudo o que foi dito. Mas, todo dia há um novo Cristo...

Olá Dezembro

Perdido no sorriso, Onde meu mero peito sente-se aflito. Perdido no brilho, Na covardia de não dizer o que sinto. Foi então que tive dois reflexos, Um de tentar ir e um de ficar paralisado. A gravidade parecia sem nexo, Mas era mais forte ao me deixar calado. Perdido na mente, Minha alma, na calma e na trilha. Perdido na corrente, Que me atrai para uma armadilha. Mesmo assim, observo, Eu quero esse amor perverso. Mesmo assim, sem versos, Gaguejar e cartear ao paralelo. É tão ruim partir sem abraços e beijos, É tão péssimo estagnar todos esses desejos.