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Salmo Zero

Um Salmo bem escondido
Há 7 palmos de alguns pisos

Dizia assim:

Ao ser que diz estar sem carinho
E de tudo que ele tem, reclama
Ao ser que sempre deita sozinho
Mesmo assim, tem uma cama

Muitos que já caíram ao seu lado
E você, simplesmente não viu
De muito, se achou o fracassado
Com vasto esforço, não sorriu

Observará e será invisível aos nobres
Verá brilho de ouro no que é cobre
Obterá pedidos de esmolas dos pobres
Será cego ao que o mundo encobre

Será surdo à várias histórias
Enquanto viverá aos vultos da glória
Será lúcido para as estórias
Enquanto será chamado de escória

Perderá alguns dos seus
Não terá tempo de dizer o adeus
Abraçará todos os plebeus
E nessa hora, acreditará em Deus

De relance, dance, então avance
A redenção será sua segunda chance
Uma ressurreição ao seu alcance
Poderá em paz, viver algum romance

A partir do momento que a sua visão se liberta
Haverá novos caminhos e muitas portas serão abertas

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O Verbo

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Dilê

Podem falar o que quiser Eu tenho a arte da refuta Mas eu não gasto com quem não escuta Me ponho no meu lugar de fé De boa firmeza e conduta Pois é todo dia uma nova luta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta Quem anda comigo é Dilê Sarvá meus Pais, meus Ancestrais  Que me protegem do sofrer E me guiam no caminho pela paz Podem falar o que quiser Mas se me colocar na disputa Se prepare pr'uma retórica astuta Me ponho no meu lugar de fé E se essa calmaria te frustra De meditação e respiração robusta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta (...) Mar calmo não faz bons marinheiros, eu sei Pois por onde eu ando é bem turbulento É frio e sombrio, missão que raros irão escolher Mas fazer o que? Eu disse que - Aguento!