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Mostrando postagens de outubro, 2013

Faixa de Pedestre

Rugas do passado Cicatrizes do aprendizado Dores do calçado Meretrizes de seu Mestrado Aprendeu com Ninguém A ser, Ninguém... Nariz empinado Sem olhar para os lados Sorriso estampado De assessórios, enfeitado Aprendeu com Alguém A não ser...

Armadura de Poupa

A distancia é algo que atrapalha, Mas fortalece. A beleza é algo que se espalha, Mas favorece. Muito sonhos são Platônicos, E, utopias da observação. Muitos dos atos são Irônicos, E, átomos de uma oração. Descascar uma laranja, Morder e descobrir se é doce ou amarga. Descansar na esperança, Beber, sorrir, cantar e cair numa praça. É onde você busca sua força ou fraqueza, Com sutileza, um olhar pra natureza. Com tristeza ao reclamar da sua pobreza, Com rudez, um olhar para a nobreza. Quem te deu o poder de ser tão fraco assim?

Lápis Perdido

Ah... o menos improvável e o mais simples, Procurar em um só lugar, o que poderia estar de baixo do sofá. Ah... se eu soubesse como é após os vinte, Estaria brincando, desenhando ou rabiscando nas paredes do lar.

Os Céticos, os Poéticos e os Incredulos

O que podemos aprender aos sete anos? E até o quanto ela poderia aprender após essa idade? Por que a história tem estranhos planos? Fazer espíritos fortes e almas em busca de verdades? Esse mundo pagão com roupas de cristão, Esses surdos querendo tirar ligação da canção. Esses mudos com sabedorias para a nação, Esses cegos pulando os muros sem fazer a lição. Efeitos do som, de um sábado à noite, Eleitos com seus dons, cortados pela corte. Defeitos de um foi, forçado pela foice, O sujeito suspeito de se atirar daquela torre. Quem o empurrou foi sua demência, Causada pela consciência. Era um ser de sua certa inteligência, Talvez de muita carência. A curiosidade com o outro lado, E a vontade de fugir do passado. Não importa como foram, eles se foram... Só não me leve a mau, Mas observem a Capa do Jornal. Que vende notícia igual, Com curiosidades sobre o Animal. O Teorismo e o Ateísmo estão em alta, Porém em Auta, sem qualquer Pauta... Banal!

Pequena de Longe, Mas de Perto...

Uma estrela muito distante, De presença contante. A sua voz em um instante, Dissonante ou soante. Travas nas consoantes, Um tanto que apaixonante... Consigo reunir, Nesse céu escuro e sem Arco-ires. Consigo sorrir, Para que minha prece possa atingires. Para que possa sentires... Sem pires e mais que isso, sem fugires, Para que possa despir-se, antes de dormires. Sem cair aos sonhos que tu perseguires, Devo estar na mesma loucura que tu adquires. Te devo, cobrir-nos, cobrires...

Ex-Tremo

Esses caminhos ainda sem capítulos, Esses livros ainda sem títulos. Estes sozinhos ainda sentindo o frio, Estas bomba com seus pavios. Curto ou não, um dia explode, O peito e a mente que sacode...

De Sá

Platônico enquanto és um horizonte, Sorriso que se esconde. Maratônico enquanto vem de monte, O paraíso e a sua fonte. É Samba de Raiz Que pra ti, eu fiz...

Manta

O solo de um corpo, Onde sinto tocar os pés. O solo de um sopro, Onde ressuscito minha fé. Grão de areia na praia, Que de longe prepara sua mala. Sorri e tira a sandália, Canta em portunhol sem pátria. A intenção é a de sempre viajar...

Conjugar Valores

Temos um vago hábito de julgar forçado, O caso entre amores e dores. Temos o ato de ficarmos entusiasmados, Contemplando sabores e cores. Tudo com seus certos valores, Ledores, escritores, autores e professores. Odores, vapores e os frescores, Os colecionadores sentados nos corredores. Os descobridores e os opressores, Estão aqui como simples sonhadores. Os devoradores e nossos gestores, Entre os compositores e lenhadores.

Segurar o Segundo

Um momento para mostrar o meu valor, Uma composição que mais ninguém ouviu. Breves palavras e a suave voz de clamor, Em leves arrepios que tu ainda não sentiu. Um raio de Sol ou diferentes reflexos Lunares, O Céu sempre colorido, dividido em seus Lugares. Que a fé não seja mais uma alienação, Pois estar de pé, já é a nossa maior lição. Que o Pajé saiba controlar a sua nação, Pequena como a Maré, sem uma direção. Só queremos a chance de mudar o Mundo, Sem entendermos o que é segurar o Segundo.

Sétimas e Pentatônicas

Entre deslocados e descolados, O informado e o formulado. Entre o enfeitado e o castigado, Um misturado e um injuriado. O estimulado, declarado, elucidado E mais do que explicado, o assustado. Entre o derramado e o segregado, Aquilo que foi assoprado e aquilo que foi estragado. Entre o declarado e o desanimado, Quem está do seu lado e quem está lá do outro lado. Até os solos mais incríveis, Precisam de um acompanhamento. Até os solos mais incríveis, Precisam do concreto e do cimento.

Trilhas, Notas e Fones

No caminho há mais do que horizontes, Há um rio de água límpida de baixo dessa ponte. É só olhar pro lado que verá uma fonte, E no monte, pra onde aponte, será a nova fronte. Se olhar pro chão, Poderá encontrar uma nota que ninguém nota. É onde cai o grão, E onde há pouca grama, que tu enxerga a rota. Vejo sempre um novo clipe com fones de ouvido, É sempre um novo e estranho sorriso...

Vem cá, Vai...

Vem cá me abraçar, vai Vem cá paralisar no meio de minhas pernas aos bocejos Vem cá me trazer a paz Vem cá ficar me olhando, esperando um de meus beijos Terá todos os seus direitos Sobre os esquerdos de meu peito, tire proveito Por enquanto em pensamento Vou com um olhar suspeito, te deixar sem jeito Espere por seus cafunés E por sua longa massagem nos pés Assistir um filme quase sem volume Conversas abertas, bem próximas ao seu perfume As portas fechadas de: Não Perturbe Fazendo o eco sem tédio, do vício e dos costumes Hábitos e Rotinas Hálitos e Retinas... Acorde, temos muita coisa pra fazer hoje!

Desliga a Vitrola

Violão parado, Só esperando para ser tocado. Ser iluminado, Que sempre quero ao meu lado. Amigo de meu silencio, Às vezes, eu não sei as notas que estou fazendo. Amigo de meu momento, Abaixo a cabeça e faço a conexão ao seu templo. Composições que só nós ouvimos...

Muros e Múrmuros

Você acorda como se a raiva contra a sociedade, Te transformasse em algo a mais do que o simples resto. Você acorda com um único objetivo de felicidade, Se esquecendo do valor que pode ter um simples gesto. Armado de palavras, munição de bem e de mal, Protegido pela consciência que entende o que é o diferente e o igual. Mirando com sabedoria qual será seu ponto final, Erguendo as bandeira de sua escolha pessoal ou a sua visão espiritual. Entre a busca pela paz ou pela riqueza, Em tudo aquilo que você enxergar a beleza. Entre caminhos de surpresas e proezas, A pobreza e a realeza, a nobreza e a pureza. Muros pichados e Múrmuros calados...

Lendas

Há sempre uma renovação de nossos mitos, Nas criações e nas crenças. São heróis da mudança com o mesmo grito, Fazendo parte da diferença. De tempos em tempos, É sempre erguido um novo templo. De tempos em tempos, Um tirano morre como o exemplo. E na citação de uma parábola antiga, Um rebelde ignorante com a vida. No caos para que a população reflita, Poesia escrita, mas não entendida. Energia cega de falsa revolução, Assim se faz o impulso sem o pulso da nação. Novidade da mesma informação, A ampliação e aplicação em vão e a limitação.

Orar, Chorar... Curar-se

A luta parece estar nesse Universo, O peito, em um de meus versos. O passado, enterrado e encoberto, Os espíritos cada vez mais perto. Imerso em grande inverno, Um adverso de meu inferno. Às vezes eu até converso, Mas em muitas vezes me disperso. Balanço, foco e desperto, Observo quieto a tudo que quero. Meus verdadeiros sonhos, Horizontes e grandes planos.

SETE

Ouço o som de minha paz, É respiração. Oração, foco no eu, no mais, É a atenção. Tudo que vai e um dia volta, Pode até haver minha revolta. Posso ter a esperança torta, Mas que jamais estará morta. Um exercício,  Que se torna o vício. Um artifício, O difícil e o sacrífico. Estudar-se desde o início, O seu benefício e seu prestígio. Sem um desvio ao fictício, Entre o precipício e o domínio... O Desafio!

Listras

Assunto sem conteúdo, Astuto sem estudo. Abuso de certo intuito, Atributo de minuto. Adjunto e conjunto, Ao luto que eu nem luto. Absoluto e resoluto, Ao mútuo e ao tumultuo. Engula todo o seu ego e o seu orgulho, Mas não compreenda os erros do Mundo. Você fica o dia inteiro pedindo para o cansaço ir embora, E, na hora de dormir ele se transforma em insônia. Você fica o dia todo reclamando que não passam as horas, Um passageiro sentado na poltrona de sua carona.

Marx

Há filosofia no observar e interpretar, Onde há classes fracas a silenciar. Há teoria no que julgamos modificar, Onde há o capital a se reverenciar. Há muito tempo, não há busca por Paz...

Edredons

Sempre tira o meu boné Pede cafuné Adora massagem no pé Pede o café Se acalma mulher Tente ter paciência e muita fé Então ouça a maré Assim entenderá como tudo é Aqui tem vinho e Amy Aqui tem livros e um pouco mais de Amy

Oração e Vinho Tinto

Só vou aconselhar quando souber ouvir meus instintos, Mesmo que entre a minha alma e mente houver um labirinto. Não terei o meu impulso nem a minha aptidão extintos, Mas vou saber que serei o ilustre ou o culpado de meu destino. Odeio ter que me odiar...

Vira-Lata

A lei do sorriso e do bocejo São os recíprocos A lei dos abraços e desejos O mútuo, os ciclos A cara de satisfeito do cão É de tanto urinar Mas a face da sua reação Não é subliminar Não há mensagem alguma

Septem Radiis

Os dias da semana Cores da que se revelam na luz As claves e as notas Pecados capitais contra a cruz As maravilhas do mundo As Trombetas de arcanjos O antepassado dos justos Um ultimo dia ao descanso Setenta vezes sete Independente do intérprete

Semel

Sei que meu passado não se faz presença Nem que venha como presente Meu vaso está limpo e cheio de ausência Não enfrento, eu sigo em frente Olho pra trás quando não quero o mesmo erro E não para que eu possa tê-lo ou revê-lo...

Intercambio da Alma

Algumas estórias me foram contadas, E as linhas, me foram cortadas. Aqui tenho a busca de uma jornada, Mas não da pipa que foi levada. O vento jogou ela pra muito longe,  E, já vejo um monte de criança atrás. Hoje peço concelhos a um monge, Que me guia até a sabedoria e a paz. Muitas visões e muitos livros, Aos muitos vilões que me livro. Creio que estamos aqui para aprender, Entre se orgulhar e se arrepender. No espírito que necessita amadurecer, Entreter, resolver, proteger e fazer. Prometer e cumprir, Conceber e sorrir.

Chão de Cimento

A gravidade é quem fala mais alto E o buraco é mais fundo do que parece Não importa o impulso para o salto Aqui faz, aqui jaz e aqui é onde perece Sabemos sobre nosso agora E apenas imaginamos nosso depois Uma menina que já é senhora Olha pra trás, ora para quem se foi Na luta constante de uma batalha vaga A cura do instante com o que se apaga Palavra que destrói e olhar que esmaga A mente que aumente o luto e sua saga Há contos de fadas com final feliz Parágrafos que tu fez e vírgulas que eu fiz

A Carta que Não Chegou ao Rei

É quando perde armas e escudos, Que descobre a força que guardava. É quando derrubam os seus muros, Que descobre sua verdadeira morada. Se és filho de Rei ou de Guerreiro importante. Só vai tornar-se grande ao tornar-se navegante. Veja quem está ao seu lado e ouça o que ele tem falado, Quem são os fardados e quem são os acomodados. Veja naquilo que tem tropeçado e o que tens enfrentado, Quem você tem se tornado e quem tenha te tronado. Entre desajeitados e brutos, ao que foi quebrado. Entre julgados e vultos, aos que foram decapitados. Vejo os calados camponeses, Congelados estão os seus fregueses. E entusiasmados os burgueses, Naquela covardia de todas as vezes. E assim o caos segue em frente, Com toda calma do mundo. Todo plebe que a tirania enfrente, É simples mártir do segundo.

O Sono de Hades

Quando as correntes dos mares Te mostrarem a liberdade Quando as prisões do Tártaro Te mostrarem a verdade A morte de um Deus é seu esquecimento Deixa o ultimo ato de seu temperamento A vida há de ser levada ao conhecimento E não apenas atrevimento e divertimento Seguimos nossos sonhos e fugimos de nossos medos Os horizontes que observamos não são mais segredos

Sem Olhar Pros Lados

Velha Casa de Vinho, O Blues e o Piano. Na Vitrola sorrindo, Sem algum Plano. Apenas o momento, som. Os desenhos ao olhar pras nuvens, As poesias vindas da conversa. Uma magia sem precisar de truques, Dá a mão, não olha e atravessa. Apenas o momento, vento. Do outro lado da Rua, Querendo entender. E o outro lado da Lua, Sem querer saber. Apenas o momento, você. Só sei que é de noite, Eu não sei que horas. Seu verdadeiro perfume, Em meus braços agora.

Luau para o Castelo

Já nem lembrava como era sentir isso, Talvez, porque a intensidade seja diferente. Nunca desisti do Castelo em abismo, Procurei os alicerces mais fortes existentes. Agora posso colocar um campo, Um rio em volta e levantar a minha bandeira. Essa é a força que hoje estampo, Ao som de violão,a luz da Lua e uma fogueira.

Bela

Todos os seus tamanhos, Mãos e pés pequenos. Grandes olhos castanhos, E o seu sorriso sereno. Infectado como se fosse veneno, Mas que reflete ao deixar-me pleno. Bem de longe, eu te olho e aceno, Tu olha de lado, finge, vem correndo. Todo o resto da semana... Foi sem graça até chegar aqui!

Ande Quatro Casas

Não há uma ordem aleatória, O que há, são histórias de nossas memórias. Não há uma lei para a vitória, O que há são trajetórias em nossas oratórias. Inventado ou sentido, o valor da sua paixão, Torne realidade a sua invenção. Pegue o seu sentido e caminhe numa direção, Tudo é ponto de vista e decisão.

A Umidade se Condensa

Ela não vende, Mas adora a nossa conversa fiada. E ela entende, Está na caminhada sem ser guiada. Mas vem a geada, De modo bruto ao deixá-la congelada. Depois a trovoada, Jardim e céu cinza, imagem fotografada. De manhã, és minha paisagem preferida...

A Sintaxe e o Sinta-se

O verdadeiro homem, É aquele que e fala na sua cara tudo o que pensa sobre você. Fracos os que somem, Falam pelas costas, pelo medo que eles tem de se arrepender. Mas muitos te julgam, O homem sábio é o que entende que haverão as consequências. Muitos nem conjugam, Com frequência sem consciência, pessoas me dão alta sonolência. Sintaxe amada e sinta-se convidada, A entrar em meu livros. Sintaxe sonhada e sinta-se desejada, A enfrentar meus sorrisos. A morte não me importa, se isso te conforta. Sempre veja atrás da porta, se isso te conforma. Muitas vezes... Ouço meu quarto, arrumando minhas músicas!

Cavalheiro sem Rei

Entre Raios de Luz Solar, Por Raios e Trovões. Entre procurar o seu Lar, Horizonte e Reflexões. Entre a lei da Oferta e a lei do Alerta, Uma Pessoa Certa. Entre as Encobertas e as Descobertas, As Portas Abertas. Entre em Sonhar, Entre em Aventurar. Entre em Planejar, Entre em Acreditar. Não Lute contra suas Rochas, Seja Uma e ascenda a sua Tocha. Içar as Velas, Guiar a Carroça, Esperar pelo perfume das Rosas. Ainda em busca de um Reino, Caminha um Guerreiro em busca de sua Paz e Sossego. Ainda com o seu pouco Treino, Despreparado para defender um Terreno com Sucesso. Ele caminha e caminha... Espera que um dia chegue em algum Lugar!

Olá Ceifador

O Ceifador te pega de surpresa, Diz que logo você poderá ser a outra presa. Diz que seu peito não tem defesa, E diz, que também pode ser a sua princesa. -Não se apegue ao mundo ou à outra alma, Posso separar você disso tudo, tens a minha palavra.

A Mesma Peça de Teatro

É muito missionário e pouco visionário É muito funcionário querendo ser milionário É muito mercenário de vasto vocabulário É muito otário achando que é extraordinário E assim se faz esse cenário imaginário Nem pega o dicionário e já faz o questionário 

O Sábio Andarilho

Tenho uma mente, Com mais do que mil narradores presentes. Alguns indigentes, Mas cada um com mil histórias diferentes. Às vezes sinto-me maluco, E, em algumas delas, até um pouco confuso. Às vezes sinto-me caduco, Mas o bom intruso sabe que não será excluso. -Disse o cara das psicografias, Que por muitos lugares viajou. Ainda assim com o seu brilho, Me olhou, respirou e indagou; Você luta para mudar ou para punir? Deixe a punição para Deus, vamos sorrir!

Céu Deserto

Aos pesares da compreensão, No lápis da lição. Aos lugares aonde passarão, Linear à direção. Nos bares, embriagar. Nos mares, navegar. Gênio da filosofia alheia, Fazendo mais algum castelo de areia. Observando a Lua cheia, O preso e a cadeia, a aranha e a teia. Sem o som de um violão, Ou de algum pássaro. Sem compor sua canção, Sentir e julgar-se raro. As Luzes de suas Trevas, Tentam, mas não conseguem te ensinar nada. Pois você mesmo se cega, Pés descalços, chão frio e uma pegada suada.

Verdadeira Oração

Uma paz de não estar aqui Uma meditação para chorar e sorrir Um motivo de ser e sentir O corpo cobrir, a alma vestir e partir Quando o arrepio não é calafrio Quando o escuro não é sombrio Quando o silêncio não é desafio Quando distância não é hospício Faz contato com o seu Deus...

Audere est Facere

Um beijo em formato de palavra, Mas com a intenção de estar segurando tua mão. O meu desejo em ato de ressalva, Mas com uma sugestão de bonhos sonhos paixão. Não quero a sorte de um amor tranquilo, Nem o azar de um amor bandido. Não quero um final feliz igual aos escritos, Nem iluminar-me de vários mitos. Eu nem sei o que eu quero, nem ao menos o que procuro, Eu misturo, me torturo, me curo, mas sempre me aventuro.

O Ciano e o Oceano

Hoje eu acho que até posso entender, Cada grão de areia e Deus. Esse mundo tão grademente pequeno, Cheio de voltas e de adeus. Um abraço apertado da nua saudade, Mas de; não me siga pelas ruas cidade. Um laço infectado dessa tua realidade, Mas de; não me diga as suas verdades. O que quero é apenas caminhar, Deixar o vento me levar. Algumas vezes nortear e navegar, Outras, à apenas flutuar.

A Via...

Olhos vidrados de toda criança, Curiosidades da juventude. Velho de paciência e esperança, A via, a vida e suas virtudes. O que havia, o que há E o que haverá. Muitas vezes você está Onde não está.

Vinte Uns

Quais paixões Nos levam desse mundo? Quais razões Nos devolvem ao imundo? Eu sei sobre Quantas vezes eu já renasci. Eu sei sobre Quais foram os livros que eu li. Ainda assim, eu pergunto, Desde o que é adjunto ao que é conjunto. Ainda assim, eu pergunto, Sobre o que eu consulto à qualquer assunto. Mas às vezes é a vida que vem e me pergunta, Sobre aquilo que eu quero. Há vezes em que sinto-me até bem preparado, Mas às vezes me desespero.

Fim de Tarde

Como se um café, Fosse amenizar a dor da perca. Ou se roupas velhas, Livrassem o povo de sua seca. Como se um abraço, Tirasse o peso de minha lagrima. Ou se me ajoelhasse, Para poder limpar a minha alma. São os gestos singelos, Aqueles que sempre fazem a diferença. Sinto-me mais honesto, Ao enfrentar pela minha paz ou crença.

Rotina dos Infelizes

Um mundo de falsidades, Onde ser rude, é ter sinceridade. Queremos a eternidade, Quando vemos chegar a idade. A chuva vem leve, Mas eu sei que não será breve. Onde o sono leve, Antes que um som te desperte. Do sonho que se esquece, Ao edredom que te aquece. A chuva se parece com o ninar da canção, O pai e a sua benção. O frio que esquenta a tentação e a oração, Faz a prece da direção. Vira pro lado e diz, Sem o medo da sentença. Que minutos à mais, Não vão fazer diferença. Lava o rosto e come correndo, Depois diz que o seu dia foi corrido. Aí abraça o seu próprio veneno, Depois diz que o mundo foi vendido.

Gaveta do Meio

Um filosofo no quintal do Demônio, Um Antônio sem o tal Teotônio, mas sendo algum Petrônio. Uma leitura de um Anglo-Saxônico, Ou algum desenho Nipônico de olhos grandes e neurônios. Como se cavasse a Terra e saísse do outro lado do mundo. Livros e Hq's soltos na gaveta, sem que precise ir tão fundo.

Clarividência

Um sorriso para abrir os braços, Um olhar para abrir portas. Um toque pra extrair seus laços, Um beijo para sua derrota. Seus passos que se cruzam, Nas estradas que recuam ou curvam. Os caminhos que se turvam, Nas almas que ajudam e não julgam. Observar a imensidão, Tomar uma decisão. Colocar os pés no chão, É não sonhar em vão.

Teatro da Capital

Entre a justiça da fome E a injustiça de quem te consome Entre a justiça do homem E a injustiça do esforço que some Não deixe a queda te derrubar Não dê a sua sorte ao seu azar Não deixe o buraco te enterrar E não se guie pela maré do mar A não ser, que queira se afogar E fingir, se eternizar...

Pedais de Efeito e Expressão

Bom, para esse mundo moderno, O contato com a natureza é uma droga. Ou talvez seja apenas uma sogra, Que muitos falam mal e muitos gostam. O contato com a Terra, todos teremos, É esse ciclo entre o morrermos e o nascermos. Contamos todos os terrenos que temos, Sem nos darmos conta do que um dia seremos. Gosto solos de guitarras antigos, Aqueles que passamos horas ao lado de amigos. Os sons que remetem ao sorriso, E se fazem de abrigo ao sonho que eu ainda sigo. O de acreditar em mim...

Nortear ao Impulso

Nó em nossas pernas, o abraço apertado Respiração rente, que chega a ser quente Nó entre os fones, um fio todo enrolado Quando ausente, eu ouço o som da gente Uma semana inteira dos pertos e longes Nosso mês cheio das perguntas e responde Um minuto tolo de nosso silencio monge Nosso segundo bobo de; você está aonde? Às vezes eu ascendo a Luz quando saio do banheiro O escuro vem primeiro e depois o olhar um tanto que estreito Meu sorriso certeiro, que poucos veem o dia inteiro Muito de marinheiro e mochileiro, observando algum nevoeiro O importante é dar o próximo passo Qual? Às vezes eu nem sei o que faço...