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A Carta que Não Chegou ao Rei

É quando perde armas e escudos,
Que descobre a força que guardava.
É quando derrubam os seus muros,
Que descobre sua verdadeira morada.

Se és filho de Rei ou de Guerreiro importante.
Só vai tornar-se grande ao tornar-se navegante.

Veja quem está ao seu lado e ouça o que ele tem falado,
Quem são os fardados e quem são os acomodados.
Veja naquilo que tem tropeçado e o que tens enfrentado,
Quem você tem se tornado e quem tenha te tronado.

Entre desajeitados e brutos, ao que foi quebrado.
Entre julgados e vultos, aos que foram decapitados.

Vejo os calados camponeses,
Congelados estão os seus fregueses.
E entusiasmados os burgueses,
Naquela covardia de todas as vezes.

E assim o caos segue em frente,
Com toda calma do mundo.
Todo plebe que a tirania enfrente,
É simples mártir do segundo.

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias