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Caboclo da Selva de Pedra

Geralamente sou um esperançoso realista
E às vezes, um pessimista sonhador
Meu comportamento é catastrófico e sofista
E de retórica em retórica, o bom humor

Uso do sarcasmo com o meu próprio tropeço
Dou risadas daquilo que me machuca
E não que isso mascare a dor ou me faça cego
Mas aprendo quando alguém empurra

Principalmente quando vem e me derruba
Porque sei que o mundo não para
E já aprendi a me levantar, a vida continua
Falem pelas costas ou na sua cara

Fazer o mal, não te torna melhor que o outro
Até para ser sincero, é preciso de alguns filtros
Não será herói fazendo do adversário, monstro
Afinal, é você quem cria seus próprios inimigos

E de traumas amigo, o mundo tá cheio
Vai se tratar, se você ainda não sabe para o que veio
Isso se quiser entender os seus receios
Saiba que até para acelerar é preciso ter bons freios

Então para, respira, senta e observa
Isso tudo ao seu redor é uma floresta
É preciso se adaptar, sobreviver a ela
Concentre-se e ouça o som da flecha 

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias