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Desenhando diferente

As pessoas têm medo do que não podem ver
Daquilo que elas não podem controlar
O futuro é só o desejo que querem conceber
Bem muito antes da hora dele chegar 

E por isso nem todo pagode acaba bem
Nem todo romance tem final feliz
Por isso nem tudo que vai, um dia vem 
Precisa deixar ir se não criou raiz 

São folhas secas nos ventos de outono 
São princesas nas janelas esperando 
São reis e rainhas sem castelo ou trono
São príncipes sem cavalo cavalgando

Nem nos livros ou nos filmes de heróis
Ninguém pode fazer por nós
Nem num sonho lindo ou pesadelo feroz
Ninguém pode cantar por nós 

Somos a soma dos nossos traumas e curas
De ciclos e reciclos, de muitas aventuras 
Mas às vezes somos só a postura da bravura
Doces e amargos, na mistura das leituras

Muito mais do que se pode ver
Sem limites para o que pode acontecer
E eternas crianças ao absorver
Desenhando diferente ao amadurecer 

Para entender o seu erê, tem que voltar um pouco
E deixar o medo de ser julgado por parecer louco 

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias