As pessoas têm medo do que não podem ver
Daquilo que elas não podem controlar
O futuro é só o desejo que querem conceber
Bem muito antes da hora dele chegar
E por isso nem todo pagode acaba bem
Nem todo romance tem final feliz
Por isso nem tudo que vai, um dia vem
Precisa deixar ir se não criou raiz
São folhas secas nos ventos de outono
São princesas nas janelas esperando
São reis e rainhas sem castelo ou trono
São príncipes sem cavalo cavalgando
Nem nos livros ou nos filmes de heróis
Ninguém pode fazer por nós
Nem num sonho lindo ou pesadelo feroz
Ninguém pode cantar por nós
Somos a soma dos nossos traumas e curas
De ciclos e reciclos, de muitas aventuras
Mas às vezes somos só a postura da bravura
Doces e amargos, na mistura das leituras
Muito mais do que se pode ver
Sem limites para o que pode acontecer
E eternas crianças ao absorver
Desenhando diferente ao amadurecer
Para entender o seu erê, tem que voltar um pouco
E deixar o medo de ser julgado por parecer louco
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