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(A)Pesar

A dependência é um ato tóxico
Assim como a solidão também é e bem lá no fundo
É preciso se dosar, reequilibrar
E entender a culpa de seus atos solos e em conjunto

Você soma ou subtrai, você divide ou multiplica?
Podemos até perguntar, mas nem sempre se explica
Normalmente tudo se complica e pouca coisa fica
A loucura se intensifica e nossa sanidade se esquiva

Contamos mentiras para nós mesmos
Porque é cômodo demais se tornar um grande herói da própria história
E assim fica fácil fazer o vilão ir preso
Pois tudo que o outro faz ou fez, vai contra o que pensamos em retórica

Na sua mente e na sua concepção de Universo, é errado
Mas existe mais de um lado da percepção sobre os fatos

Normalmente para quem vê de fora é tudo muito simples
Por isso entramos em catarse eufórica aos dramas
Sabemos para onde o personagem deve ir, onde é o limite
Mas quando é sobre nós, não há um real panorama

Só obstáculos, porque sentir na pele é bem mais complicado
E sem cálculos, onde a empatia se torna uma palavra vazia
Realmente sentimos o que o outro sente em diferentes calos?
Sentimos calafrios semelhantes na alma em uma noite fria?

Ou nós só fingimos entender a dor do outro?
Não que a dor do outro precise doer em seu corpo
Mas a empatia é real em meio a esse confronto?
Conflitos internos sobre "se eu realmente concordo"

Ele nos deixou ou quando foi que deixou de viver?
(...) Eu não sei, a gente nunca percebe até perder!

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias