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Morpheus e Metamorfoses

O que está por trás dos portais
Não é nada mais do que a insegurança 
É a nossa falta de fé, nossa falta de esperança 

O que temos em nosso passado 
É a nostálgica saudade do que não se vive
Mas que em fotografias insiste, ainda sobrevive

O que temos de nosso futuro, eu temo
E não é nada menos do que a insegurança
É mais do que o medo, é a incerteza nas mudanças 

Pois de metamorfose em metamorfose 
Trilhamos um caminho de volta a nossa essência 
Queremos ser quem já somos em reticências 

Infinitas possibilidades de revoltar, se revoltar
E ressignificar tudo aquilo que parece fúria 
É o incômodo para sair desse cômodo de loucuras 

Muitas vezes introspectivo ao que reativo
Observo antes, para não ser o intrometido 
Então me aproximo, faço contato com os nativos

E aí sim visto a máscara social do extrovertido 
Desinibido, acessível, amigável e comunicativo
Ainda assim com um dos pés para fora desses ciclos

Eu ainda não confio muito humanidade
Mas é que sonhar sozinho é continuar a dormir
E como muitos, quero realizar meus sonhos, voltar a sorrir

Então me liberto dessa prisão que é estar só
O que antes parecia liberdade, agora é aceitação
Não sou perfeito e não preciso esperar pela perfeição

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Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias