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Vamos fazer uma nova?

No silencio dos olhares, uma frase que faltou
Se se arrepende ou não, não me importo com o que restou
E o que restou são cacos incoláveis para alma
É como um quebra cabeça de mil peças, cascas e traumas 

Me reconstruí bem torto, espalhado ao chão
Ainda tento me ajeitar, mas me parece em vão
Se levantar, se reerguer e sem ter onde pisar
Sem ter onde se encostar, ou, apenas se apoiar

Vamos fazer uma nova história
Uma nova trilha
Sem oferecimentos, dedicatórias
Uma nova armadilha

Vamos tomar uma nova direção
Cada um pro seu lado
Ritos de passagens ao coração
O passado é aprendizado

Como um pássaro livre, eu pousei em seus galhos
Cantei para as suas raízes e voltei ao céu vasto
Como um peixe de água salgada, não sei ir ao raso
Conheci os sete mares e não entro em aquários

Se aprendeu algo aqui ou não, eu não me importo
Pois eu aprendi a ser livre e para jaulas, não volto

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O Verbo

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Dilê

Podem falar o que quiser Eu tenho a arte da refuta Mas eu não gasto com quem não escuta Me ponho no meu lugar de fé De boa firmeza e conduta Pois é todo dia uma nova luta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta Quem anda comigo é Dilê Sarvá meus Pais, meus Ancestrais  Que me protegem do sofrer E me guiam no caminho pela paz Podem falar o que quiser Mas se me colocar na disputa Se prepare pr'uma retórica astuta Me ponho no meu lugar de fé E se essa calmaria te frustra De meditação e respiração robusta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta (...) Mar calmo não faz bons marinheiros, eu sei Pois por onde eu ando é bem turbulento É frio e sombrio, missão que raros irão escolher Mas fazer o que? Eu disse que - Aguento!