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Vamos fazer uma nova?

No silencio dos olhares, uma frase que faltou
Se se arrepende ou não, não me importo com o que restou
E o que restou são cacos incoláveis para alma
É como um quebra cabeça de mil peças, cascas e traumas 

Me reconstruí bem torto, espalhado ao chão
Ainda tento me ajeitar, mas me parece em vão
Se levantar, se reerguer e sem ter onde pisar
Sem ter onde se encostar, ou, apenas se apoiar

Vamos fazer uma nova história
Uma nova trilha
Sem oferecimentos, dedicatórias
Uma nova armadilha

Vamos tomar uma nova direção
Cada um pro seu lado
Ritos de passagens ao coração
O passado é aprendizado

Como um pássaro livre, eu pousei em seus galhos
Cantei para as suas raízes e voltei ao céu vasto
Como um peixe de água salgada, não sei ir ao raso
Conheci os sete mares e não entro em aquários

Se aprendeu algo aqui ou não, eu não me importo
Pois eu aprendi a ser livre e para jaulas, não volto

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias