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(De)Linear em meio à Insônia

Esperava a vinda do sono
Que já estava atrasado há horas
Que passa por aqui e se vai, sem demora

Morpheu deixou poucas poeiras
Já passava da meia noite a essa abobora
Sem ter receio, apenas me olhou e foi embora

As noites em brancos ganharam linhas
E as linhas ganharam frases cheias de rimas
As rimas refletiam o que eu queria e assim sentia

Às vezes o branco ganhava personagens
Anônimos em meus desenhos, poesias e viagens
Pontes que nenhum de meus sonhos me dariam de passagem

A realidade de criar, inventar em ventar
Sentir o sopro de uma narrativa a soar, sussurrar
Em mil vozes que chegam com mil histórias a me ditar, meditar

Quando o sono chega, já sonhei bastante
Dividi o que espero multiplicar aos plebes e elegantes
Frases distantes, que desejo que sejam penetrantes e interessantes

E por que não, até chocantes?
Consoantes, constantes e ofegantes!
A todo instante vibrante e radiante e não, irritante...

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias