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O Olhar de Lata, não Dilata

Eu não reconheço mais em ti
A pessoa que eu conhecia
Cheia de suas vãs filosofias
E encapuzada nas teorias

Talvez não enxerguei
Do que os seus olhos realmente se enchiam
Talvez nem apreciei
Pois eles nada pareciam e apenas pereciam

Em um vazio que nada preenchia
E nem ao menos desejava ficar, ou, estar cheio
Fez de seus afazeres mera afasia
E na hora de correr, pisava fundo, mas no freio

Suas poesias eram sobre as tristezas e nada mais
Agora se chama Saudade, deixou de ser a Nostalgia
E seu recolhimento é uma eterna busca pela paz
Agora reclama com a verdade - Cadê minha Utopia?

Trocou seu personagem que sorria, por um de pura melancolia
Seus movimentos são inércia e não mais energia
Trocou o personagem cheio de empatia por um cheio de apatia
Seu olhar agora tem muita indiferença e agonia

Foi diamante, foi ouro, foi prata e agora é só lata
Só espero que essa corda, não seja sua gravata

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias