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Metáfora do Poço (A parábola do moço)

Existia um poço bem fundo
Escondido num pântano, imundo
Dois jovens curiosos caíram lá
Um na metade e o outro no final

O que caiu na metade tinha como subir
E por horas tentou esticar a mão para puxar o amigo
Porém a distância era alta, não iria conseguir
Então ele subiu o poço e por horas deixou-o em perigo

A falta de ar, a escuridão que chegava, ele perdeu a fé
O tempo se passou dentro da solidão
E quando não tinha mais forças, sentiu algo em seu pé
Ecoou um grito de "-MEU IRMÃO"

Ele trazia uma corda
Que teve que buscar bem longe
E isso nos dá a resposta
Os meios, os fins e a sua fonte

É preciso sair do poço para salvar quem está no fundo
Não adianta falar de Deus, se não fala com Ele
Não adianta falar de paz, se sente ódio
Não adianta falar de liberdade estando preso

Do que adianta falar de seguir em frente
Se você mesmo
Está parado no Tempo?

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias